Há
tempos que o IBAMA, outros órgãos ambientais e ONGs têm se posicionado
contrariamente ao cativeiro de aves em gaiolas. Inúmeras campanhas já
foram lançadas pelo país, mas parece que, em várias cidades brasileiras, inclusive aqui em Mangaratiba, isso ainda não
pegou totalmente na sociedade. Já venho
observando que, bem na entrada de uma escola infantil, situada pertinho de minha casa, a instituição mantém presa num restrito espaço voltado para a
rua pássaros e galinhas, algo que considero nada educativo.
Verdade
é que o costume de criar aves em cativeiro, inclusive animais
capturados na mata, é algo que vem de muitas gerações no Brasil. Eu
mesmo, quando criança, recordo muito bem dos pássaros que minha bisavó
Maria de Nazareth cuidava no pequeno quintal de sua humilde casa de vila
no bairro Grajaú, Zona Norte do Rio de Janeiro. Além de um casal de
canarinhos, havia outra ave todo amarelinha e um lindo bico-de-lacre. Cresci
achando que era normal tê-los ali ao invés de reintegrá-los à natureza.
Felizmente,
os tempos mudaram e hoje existe tanto as ideias de preservação das
espécies silvestres como também as de bem estar animal, mesmo que se
trate de um bicho doméstico ou oriundo de algum criadouro legalizado.
Até mesmo os zoológicos tornaram-se ambientes questionáveis em que
alguns pensadores entendem não ser correto que aves, mamíferos e répteis
fiquem expostos para a estressante visitação do público.
Sendo
assim, deixo minha sugestão para que os órgãos ambientais juntamente com as ONGs ecológicas promovam novas
ações de conscientização nos municípios brasileiros a fim de que seja desestimulada a
criação de animais em cativeiro. Inclusive dentro de escolas e creches,
coisa que já poderia ser proibida por lei
tendo em vista o caráter educacional das instituições de ensino. Pois,
como bem ensinou Gandhi, "o grau de evolução de uma sociedade pode ser
avaliado pelo modo como são tratados as suas crianças, os seus idosos e os seus
animais".
OBS: A imagem acima foi extraída de uma página do IBAMA onde mostra a soltura de uma arara-canindé em Goiás, sendo a autoria da foto atribuída a Augusto Motta, conforme consta em http://www.ibama.gov.br/noticias-ambientais/ibama-solta-araras-em-aragoiania
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