"Naquela época não havia rei em Israel; cada um fazia o que lhe parecia certo." (Juízes 21:25; NVI)
A que ponto chega a humanidade? Os apocalípticos que me perdoem, mas não há nada novo debaixo do sol. O estupro coletivo da adolescente de 16 anos, ocorrido no último sábado, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (ler a matéria 'A Índia é aqui': Impunidade fez estupro coletivo virar motivo de ostentação, diz promotora no G1), lembrou-me aquele episódio da Bíblia quando os homens da cidade de Gibeá violentaram a concubina de um levita, conforme encontra-se narrado no capítulo 19 do Livro de Juízes:
"Mas os homens não quiseram ouvi-lo. Então o levita mandou a sua concubina para fora, e eles a violentaram e abusaram dela a noite toda. Ao alvorecer a deixaram. Ao romper do dia a mulher voltou para a casa onde o seu senhor estava hospedado, caiu junto à porta e ali ficou até o dia clarear. Quando o seu senhor se levantou de manhã, abriu a porta da casa e saiu para prosseguir viagem, lá estava a sua concubina, caída à entrada da casa, com as mãos na soleira da porta." (Juízes 19:25-27; NVI)
Felizmente, no episódio do Rio, a vítima sobreviveu. Somente hoje a adolescente foi levada para o Hospital Souza Aguiar onde passou por exames e tomou um coquetel de medicamentos para evitar a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis. No entanto, os abusos sofridos e que foram gravados no vídeo são revoltantes. Expõem uma inversão de valores éticos, uma total desumanidade e crueldade. Algo que não pode ficar por isso mesmo! Pois, como bem comentou a promotora de São Paulo na referida matéria do G1, trata-se da certeza da impunidade que esses criminosos têm ao cometerem a ação delituosa:
"A impunidade anda de mãos dadas com a violência. Precisa haver uma punição exemplar e essa punição tem que ser divulgada para que a sociedade saiba. Temos que conscientizar essa sociedade de que quem compartilha, quem faz piada, (está agindo de modo) tão grave quanto ao do estuprador."
Chega de impunidade!
OBS: Foto - Reprodução/G1
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