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segunda-feira, 30 de maio de 2016

Respeitemos a diversidade!




Posso não me identificar com o estilo de comportamento dos homossexuais, porém a vida ensinou ser preciso respeitar para sermos respeitados. Não só por causa da reação revoltada das minorias mas, sim, devido ao fato de que muitas das vezes nós também não nos enquadramos totalmente no padrão estabelecido pela maioria.

Eu diria que o vocábulo liberdade resumiria quase todas as bandeiras do movimento LGBT. Considero mais do que justo um homossexual querer viver em matrimônio civil ou companheirismo com quem ele bem entender, inclusive em relações poliafetivas, sendo respeitado nos ambientes de moradia, de consumo, de trabalho, de ensino, de lazer e de convivência comunitária, podendo expressar os sentimentos que têm em público sem sofrerem qualquer agressão por isso. E, caso alguns os julguem pecadores e/ou imorais, não pode a opinião alheia interferir no exercício dos direitos individuais de cada um.

Neste ano de 2016, parece que umas das principais reivindicações da 20ª edição da parada gay paulista foi em relação ao uso do chamado "nome social" pelos transexuais. Os integrantes de tal grupo, que é uma minoria entre os LGTB, pretendem desse modo receber um tratamento digno no meio social sempre que a identidade civil deles não corresponder à orientação sexual que têm. E, sinceramente, acho bem justo. Inclusive, entendo que todo ser humano, independentemente de ser trans ou não, deveria ter o direito de escolher um segundo nome, podendo ainda alterá-lo no decorrer de sua vida.

Concordo que, nas escolas, alunos transexuais não devam ser obrigados a vestir determinados modelos de uniformes que para eles seriam constrangedores. Aliás, exceto num estabelecimento de ensino militar, em via de regra os estudantes devem ter assegurado o direito de usar os trajes que bem entender. Lógico que esta liberdade não significará que um adolescente possa ir para a sala de aula com roupa de banho como se estivesse na praia ou fantasiado de super herói pronto para um desfile carnavalesco porque seriam condutas inapropriadas. Porém, se um rapaz resolver se apresentar ao professor de saia, o que temos nós com isso?!

Obviamente que algumas exigências do movimento LGBT devem ser vistas com cautela a exemplo do uso de um banheiro feminino por uma pessoa com características biológicas do sexo masculino. Até mesmo porque muitos homens tarados iriam se aproveitar da situação para espiarem as mulheres nesses ambientes, o que geraria enormes preocupações para os pais quanto à segurança de suas filhas nas escolas. Logo, enquanto não for possível disponibilizar um local de uso individualizado para quem for trans nos estabelecimentos de ensino (pode ser o mesmo banheiro destinado aos usuários cadeirantes), tal minoria precisará aprender a conviver com as barreiras ainda existentes. Pois isso faz parte da vida e acho que o sofrimento torna-se mais suportável quando estamos numa esfera social de compreensão.


Embora eu não conseguiria me ver participando de uma passeata de gays, confesso que ainda preferiria estar na tal da Parada do Orgulho LGBT, ocorrida ontem na Avenida Paulista, do que ir numa dessas reacionárias Marcha para Jesus ouvindo o Silas Malafaia pregando. Aliás, bato palmas para o criativo protesto feito ontem pela transexual Viviany Beleboni, de 27 anos, quando ela subiu em um dos 17 trios elétricos da manifestação com uma fantasia que fazia referência a uma representação da Bíblia, a qual abria e fechava mostrando notas de dólares na parte de trás. Afinal, o que certos "pastores" fazem em nome da fé é um, verdadeiro charlatanismo.

Enfim, ninguém é obrigado a curtir os protestos pacíficos desse grupo da sociedade e tão pouco concordar com suas pautas. Porém, temos o dever de respeitá-los, zelando para que a tolerância e liberdade continuem prevalecendo em todas as relações pessoais.

Tenham todos uma excelente segunda-feira!


OBS: Créditos autorais da imagem acima atribuídos a Rovena Rosa da Agência Brasil conforme consta numa página de notícias do portal EBC em http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-05/parada-lgbt-reune-multidao-na-avenida-paulista

2 comentários:

  1. Penso da mesma maneira que você, parabéns pela postagem, se todos pensassem assim, o mundo seria melhor. Não ganhamos nada em agredir ou julgar uma pessoa por conta de sua orientação sexual, somos todos filhos amados de Deus e eles merecem todo respeito, assim como todas as pessoas ! Um grande abraço !

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    1. Boa tarde, Andréa.

      Sem dúvida somos todos iguais e pertencemos a mesma família humana, feitos do mesmo barro.

      No Evangelho, embora não exista uma passagem que mostre Jesus tratando com um homossexual, acredito que várias passagens ali se apliquem a esse grupo por analogia.

      Um abraço e tudo de bom.

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