"Qual de vocês, se quiser construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o preço, para ver se tem dinheiro suficiente para completá-la? Pois, se lançar o alicerce e não for capaz de terminá-la, todos os que a virem rirão dele, dizendo: ‘Este homem começou a construir e não foi capaz de terminar’. Ou, qual é o rei que, pretendendo sair à guerra contra outro rei, primeiro não se assenta e pensa se com dez mil homens é capaz de enfrentar aquele que vem contra ele com vinte mil? Se não for capaz, enviará uma delegação, enquanto o outro ainda está longe, e pedirá um acordo de paz." (palavras de Jesus de Nazaré em Lucas 14:28-32; NVI)
A histórica votação em favor da admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, ocorrida no comecinho da manhã de hoje (12/05), com o placar de 55 a 22, certamente foi um resultado esmagador. Sem dúvida, tornou-se algo que o PT não desejava que acontecesse.
Embora fosse necessária apenas uma aprovação por maioria simples dos senadores presentes, os 55 votos apurados significam quase uma certeza de que a presidenta afastada deverá ser cassada quando finalmente ocorrer o seu julgamento no prazo de até 180 dias. Ou seja, tivemos nesta data mais de dois terços dos membros de nossa Câmara Alta contra a governante petista dando a entender que as chances de Dilma evitar a cassação são praticamente inexistentes. Só se houver uma crise política decisiva capaz de mudar o posicionamento dos parlamentares, o que, a meu ver, dificilmente ocorrerá.
Diante do fato desta manhã, podemos esperar o resgate da confiança na governabilidade perante os mercados. Isto quer dizer que o investidor internacional vai contar com uma estabilidade política capaz de arrumar a economia brasileira, criando um cenário favorável para a retomada do crescimento do país ainda esta década. Tanto o capital produtivo como o financeiro passará a ver o Brasil com bons olhos. Será um processo cuja conquista da credibilidade se dará a cada dia.
Assim sendo, seria mais honroso para a própria presidente afastada renunciar ao mandato, quando fizer daqui a pouco o seu pronunciamento previsto, já que lhe falta uma base política necessária para manter-se no cargo e menos ainda governar o país. Ressalte-se que tão pouco ela possui amplo apoio popular entre os eleitores tendo em vista ser a sua popularidade notoriamente baixa, impossível de contradizer as decisões tomadas pelos nossos parlamentares. Portanto, bom seria que, após o resultado, Dilma manifeste um pingo de bom senso deixando o caminho livre. Afinal, como bem ensinam as duas parábolas ensinadas por Jesus, as quais citei acima, resistir agora será uma luta irracional.
OBS: Créditos autorais da imagem acima atribuídos a Marcos Oliveira / Agência Senado, conforme consta em http://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2016/05/12/senado-abre-processo-de-impeachment-contra-dilma-rousseff
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