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segunda-feira, 30 de abril de 2018

A renúncia do prefeito seria a melhor saida



Boa tarde, meus amigos. Para encerrar as postagens de abril, escreverei um pouco sobre política local mas que tem a ver com muitos lugares do nosso país.

Mangaratiba, assim como outras dezenas cidades do Brasil, vive a expectativa de ter novas eleições municipais (suplementares) com o julgamento do recurso no TSE a respeito do registro de candidatura do prefeito Aarão de Moura Brito Neto por motivo de aplicação da Lei da Ficha Limpa a casos anteriores à sua vigência, conforme já pacificado pela jurisprudência do STF.

Tal processo encontra-se atualmente no gabinete da Exma. Min. Rosa Weber desde 09/04 e pode ser colocado em pauta nas próximas semanas de maio. E havendo o provimento do recurso e a publicação da decisão do TSE, espera-se nos dias subsequentes a formação de um governo interino que irá administrar a cidade até às eleições suplementares, a qual precisa seguir o calendário eleitoral.

A meu ver, porém, tudo ficaria bem mais fácil se o atual mandatário renunciasse logo ao cargo que ocupa juntamente com o seu vice, possibilitando que seja feita uma transição. Tratar-se-ia, pois, de pensar no bem da cidade e seria um inegável ato de grandeza.

Que o bom senso passe a nortear a nossa cidade!

Convivência significativa

Ontem eu estava refletindo sobre a importância de melhorarmos a qualidade da nossa convivência com as pessoas do nosso presente e, principalmente, com as que estão próximas de nós.

Conviver é um desafio. Ainda mais quando nem sempre somos nós quem escolhemos as pessoas a exemplo dos nossos familiares e colegas de trabalho, ao contrário do que ocorre nas amizades e nos relacionamentos amorosos. São situações em que a vida, aleatoriamente, nos aproxima do outro e, com isso, nos leva a ter que lidar com as diferenças.

Por outro lado, vejo esse desafio como um aprendizado em que nem sempre conseguimos tirar nota 10 e muitas das vezes há situações que fogem do nosso controle por não dependerem das escolhas conscientes que fazemos. Por isso, chego à conclusão de que nunca devemos nos sentir culpados ou fracassados por não termos atingido um padrão ideal de convivência com o outro. Até mesmo quando somos a causa da discórdia visto que a culpa não leva a nada.

Fato é que esse aprendizado precisa ser encarado como uma oportunidade para melhorarmos como pessoas, mas há momento a em que o convívio também pode nos fazer mal. É quando o outro passa a assediar a nossa consciência, nos agredir, sufocar a nossa personalidade e, enfim, nos prejudicar. Então chega o momento em que precisamos tomar decisões nem sempre agradáveis pelo nosso próprio bem e até pelos outros na escolha de um afastamento ou da separação.

Por outro lado, posso dizer que o Evangelho me ensinou algo muito importante chamado perdão e que, apesar da religião nem sempre saber refletir adequadamente sobre isso, cuida-se de uma atitude importantíssima. Pois tendo em vista os conflitos existentes entre os seres humanos, pode-se dizer que a vida seria insustentável neste planeta se não houvesse uma certa dose de perdão liberada entre as pessoas.

Perdoar eu diria que é uma atitude humilde. É quando abrimos mão de exigir o que entendemos ser nosso por direito para reiniciarmos o relacionamento sobre novas bases. Em outras palavras, é  o entendimento de que é melhor sermos felizes do que querer ter razão.

Certamente que perdoar não significa abrir mão do amor próprio e nem se submeter a uma situação contínua de indignidade. Daí eu entender que muitas das vezes a religião não aborda o assunto com a clareza necessária pois muitas das vezes ela pouco desenvolve os seus conceitos da Bíblia e/ou da tradição.  Sem contarmos que é preciso levar em conta a necessidade de evitarmos a repetição dos erros que levaram ao conflito anterior.

Nesta segunda-feira, que para muitos de nós é parte de um feriadão de quatro dias, teremos nas despreocupadas horas de hoje uma grande oportunidade para convivernos melhor com aqueles que a vida aproximou de nós ou com quem escolhemos nos relacionar. Poderá ser o momento de quem sabe ficarmos menos na internet e tentarmos uma outra conexão mais direta e verdadeira com essas pessoas que compõem de fato a nossa breve passagem por este mundo como são os pais, filhos, irmãos, cônjuge e amigos.

Ótima segunda-feira a todos e que tenhamos ótimas conexões presenciais no decorrer deste dia.

sábado, 28 de abril de 2018

Chegando ao finalzinho de abril



Eta época boa! Como gosto do outono e acho os dias desta estação deliciosos. A cada semana, o clima vai ficando mais agradável.

Conforme previsto, as chuvas já diminuíram bem em relação ao verão e as manhãs têm sido convidativas para uma caminhada. Mesmo para quem não curte acordar muito cedo, pode-se dizer que, até umas nove e pouco, o ambiente ainda está propício para sair de casa e pôr as pernas em exercício.

O frio ainda não chegou apesar de estarmos dormindo já com uma mantinha mais um lençol, sem o ventilador ligado. Porém, não tivemos necessidade, por enquanto, de vestir um casaco. Dá tranquilamente para caminhar na rua de bermuda, camiseta e sandálias durante o dia (e até de noite também).

Neste último final de semana do mês, estou buscando curtir os agradáveis momentos da maneira que dá. Passei a manhã toda descansando em casa, fui ao quintal ver minhas plantas (esta da foto é o pé de amora) e logo mais pretendo dar uma voltinha com a esposa para comemorarmos o aniversário dela que ocorreu na quinta-feira  (26/04), mas que não foi possível festejarmos na data exata pois fiquei a maior parte do dia trabalhando. Talvez a gente coma um bolinho simples à noite.

Quanto ao feriado emendado com o final de semana, eis que Muriqui ainda não encheu e nem deve receber muitos visitantes desta vez. Pois, sendo uma localidade balneária, os turistas costumam vir para cá mais no verão e também na primavera de modo que, quando passa a Semana Santa, a visitação diminui bastante para o sossego dos moradores locais e aperto dos comerciantes.

Todavia, creio que não irei descansar plenamente porque tenho trabalhado com advocacia partidária visto que, na segunda-feira (30/04), será o prazo limite para cada partido político apresentar a prestação de contas anuais à Justiça Eleitoral. E, por conta disto, ainda estou esperando a documentação que, em regra, acabo recebendo só na última hora de certos clientes. Logo, mesmo se tivesse condições financeiras de viajar para fora (como eu gostaria de sair um pouco daqui com Núbia), ficarei à disposição para o trabalho depois de amanhã.

Seja como for, vou aproveitando as oportunidades e procuro passear aqui por perto de casa, tanto em Mangaratiba como nos municípios vizinhos que são Itaguaí, Rio Claro e Angra dos Reis. E, com muito orgulho, posso dizer que percorri muitas trilhas daqui da região. Dependendo só dos meus pés, já fui para cada lugar fantástico.

Bem, por aqui eu fico e aproveito para desejar a todos um excelente final de semana e para agradecer pelos recentes comentários recebidos nas postagens anteriores. 

Abração.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

O problema de se ideologizar problemas

Na semana passada, o comandante do Exército, general Villas Boas, muito bem expressou a sua lúcida opinião quando disse que a corrupção, a impunidade e a "ideologização dos problemas nacionais" constituem uma ameaça à democracia.

Nesta postagem, vou deter-me mais na última parte da fala quando o militar tocou no delicado assunto da ideologização dos problemas nacionais, algo que, a meu ver constitui um recado tanto para a esquerda quanto para a direita da política brasileira. Se é que de fato ainda podemos fazer uso de tal conceituação nos dias de hoje quando o mundo não mais se divide entre os blocos capitalista e socialista.

Não sou fã do Lula e menos ainda do Jair Bolsonaro, porém ambos os pretensos candidatos à Presidência da República são mestres em explorar a nefasta ideologização dos problemas. Pois, apelando para sofismas e para argumentos com fortes apelos emocionais, cada qual busca a concordância de seus respectivos eleitores sem incentivar o uso da racionalidade. Agem de uma maneira a ponto de deturparem a percepção de causa é efeito do destinatário de suas mensagens.

Um dos debates em que as pessoas mais fogem da realidade diz respeito justamente à problemática da violência. E, nestas horas, surge o oportunismo dos politiqueiros da "bancada da bala" que propõem medidas tipo a liberação do armamento para a população. Como se o fato de mais cidadãos andarem nas ruas portando uma pistola irá reduzir a criminalidade diante de facções do tráfico de drogas que hoje importam fuzis.

Ao contrário do que se prega, é certo que teremos um aumento absurdo de homicídios e de outros delitos mais quando o acesso à arma de fogo tornar-se facilitado no país. Isto porque, diante de meros desentendimentos de trânsito, brigas de bar, traições amorosas, discussões nas filas e suspeitas de assaltos, cidadãos de bem poderão ser baleados. Sem contar com a hipótese de menores utilizarem indevidamente o revólver do pai para atirar nos coleguinhas da escola conforme ocorreu ano passado em Goiás onde o autor dos disparos era filho de um policial.

Todavia, vejo que erros semelhantes são cometidos também pela esquerda radical quando, por exemplo, alguns falam levianamente das desconhecidas causas da morte da vereadora do PSOL do Rio de Janeiro, Marielle Franco, a ponto de levantarem suspeitas de associação dos fatos do delito à intervenção federal no RJ. Pois, se bem refletimos, o covarde assassinato da vítima em nada tem a ver com a presença das Forças Armadas na unidade federativa cujo objetivo é restabelecer a segurança das pessoas na tentativa não só de recuperar territórios do controle do crime organizado como também reestruturar as polícias fluminenses.

Para finalizar, quero dizer que não tenho nada contra o cidadão ter um seguimento ideológico pois é o prisma pelo qual ele irá entender a política e buscar um ideal de sociedade. Porém, diante da compreensão de um problema, torna-se indispensável procurarmos entender a realidade tal como de fato ela é, formulando respostas dentro da mais ampla racionalidade.

Que, nas eleições deste ano e no acompanhamento dos problemas que atormentam a vida nacional, o bom senso nunca nos falte. E que sejamos capazes de encontrar sempre soluções maduras e tomando decisões com base em fatos provados, números verdadeiros e em raciocínios plausíveis.

Ótima segunda-feira a todos!

domingo, 22 de abril de 2018

O dia do encontro

Por esses dias, várias datas são comemoradas no Brasil, sendo algumas delas feriado enquanto outras não.

Em 19/04, temos o Dia do Índio que foi o primeiro habitante deste continente. Dois dias depois, como já comentei em postagens anteriores, é o feriado de Tiradentes, o mártir da Inconfidência Mineira (primeiro movimento emancipacionista no Brasil enquanto colônia) e hoje comemora-se o "Descobrimento".

Não gosto do termo descobrimento. Pois a ideia que o vocábulo nos passa é que teria sido com as caravelas de Pedro Álvares Cabral que o homem teria chegado a essas terras como, na verdade, já havia inúmeros povos morando pela extensão do território brasileiro. E também houve a presença de europeus antes de 1500 e Colombo (1492). Pois, além da presença dos vikings na América do Norte, por volta dos séculos X e XI, há quem considere que os romanos, gregos e fenícios teriam cruzado o Atlântico em algumas viagens marítimas.

Seja como for, há uma longa História não contada sobre as Américas que inclui não só o desenvolvimento de povos tribais como de civilizações mais avançadas, muito embora estas se situassem fora do limites do atual território brasileiro a exemplo dos incas, maias e astecas. E, no caso dos incas, estes construíram um verdadeiro império no Peru.

Todavia, podemos avaliar tal momento da História sob outra ótica. O índio brasileiro, "descoberto" em 22/04/1500, poderia ser considerado bem adiantado pelos seus valores e modos de vida adaptados à natureza. Afinal, eles sabiam conviver com a floresta sem destruí-la, respeitavam os animais, as águas e os tempos. Viviam num igualitarismo exemplar em que compartilhavam entre si os bens concedidos pela natureza que, por sua vez, eram devolvidos à Terra da qual se consideravam "filhos".

Não quero criar aqui uma ideia muito romantizada dos nossos índios. Porém, no conjunto de tudo, considero que eles eram mais avançados em sabedoria do que os brancos de 518 anos atrás (e acho que do presente também). E, na época, nada precisavam de nós de modo que o Dia do Encontro  (prefiro falar assim) foi para eles uma experiência deficitária.

Entretanto, eis que, na atualidade, os povos indígenas precisam muito desenvolver intercâmbios positivos com o homem branco para que possam sobreviver nesse mundo hostil, o qual temos cada vez mais desequilibrado com os impactos da nossa economia desigual. Pois, numa era em que o conhecimento científico tornou-se essencial, mais do que nunca os habitantes originais do continente precisam se atualizar, enviar seus filhos para as universidades, eleger representantes para os parlamentos e participar democraticamente da gestão territorial. Já não podem mais viver confinados em reservas e devem ter o direito de optar pelo desenvolvimento das suas glebas transformando-as em municípios e, futuramente, constituindo regiões autônomas.

Coincidência ou não, a data de hoje é considerada pela ONU como o Dia da Terra e entendo ser de grande importância a sua valorização. Logo, podemos entender que a conquista marítima de Cabral feita há 518 anos agora começa a ser redescoberta com os bons valores que os povos indígenas podem influenciar a humanidade dita civilizada quanto ao seu melhoramento evolutivo e na relação de cuidado que precisamos estabelecer com o planeta, incluindo nao só o homem como todas as manifestações de vida existentes.

Ótimo domingo a todos!

sábado, 21 de abril de 2018

Prestigiando o Beco Livre



Neste sábado (21/04), feriado de Tiradentes, vim com Núbia prestigiar o evento cultural chamado "Beco Livre" que está completando um ano de existência em Mangaratiba.

No entanto, esta foi a primeira oportunidade em que pude prestigiar essa notável realização que muito tem contribuído para promover o entretenimento, a convivência saudável e o comércio alternativo no Centro de Mangaratiba. Pois, desde o ano passado, eu acompanhava as divulgações feitas nas redes sociais e nunca me preparei ou  me organizei o suficiente para ir até lá prestigiar os trabalhos.

O nome "beco" deve-se à denominação da travessa Beco da Poesia, localizada na parte central da cidade, onde tudo começou com apenas duas barracas. E, graças à continuidade dos trabalhos que foi se repetindo em edições mensais, o evento se tornou um sucesso capaz de dar um novo rumo ao turismo decadente de Mangaratiba.

Núbia, minha esposa gostou muito e, com a minha colaboração, expôs suas impressões ilustrando com várias fotos no seu blogue, tendo também postado mais imagens no site de relacionamentos Facebook. E ficaram muito boas.

Embora eu não tenha controlado o tempo, acredito que permanecemos lá mais de três horas conversando com pessoas e nos divertindo bastante. Também degustamos alguns doces, salgados e bebemos um excelente café artesanal purinho cultivado nas serras do Município. 

Na volta, pegamos uma carona e, finalmente, viemos descansar na nossa casa em Muriqui (4° Distrito de Mangaratiba) com ótimas recordações. Valeu a pena termos passeado!

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Deliciosos dias de abril

O mês está passando rápido, tenho trabalhado muito, porém sempre tiro um tempinho para reparar os detalhes da estação.

Outono é a época que mais gosto pois os dias são amenos e vão gradativamente esfriando até que mergulhamos finalmente no tempo do frio. É quando tiramos do guarda roupa os nossos agasalhos, dormimos com cobertor (às vezes dois) e mudamos muitos dos nossos hábitos.

Eu mesmo, neste mês, já tenho desligado o ventilador de teto e me aquecido de noite com uma mantinha mais um lençol em que, dependendo do dia, eu descubro uma das camadas. E, se esfria um pouco mais, ponho meias nos pés como fiz quando fiquei três noites na casa de minha mãe em Brasília, há dois finais de semana atrás.

Em relação às chuvas, elas diminuíram bem em relação ao verão. Porém, ainda tivemos uns dias muito chuvosos. E também considero que as temperaturas do mês estão um pouco abaixo se comparadas com abril de anos anteriores, sendo uma diferença enorme para o calor que enfrentamos em 2016.

Talvez por isso, algumas frutas da estação estão demorando a ser colhidas em 2018. Por exemplo, só agora estou encontrando pocan nas vendas e as que comprei hoje no hortifruti não estavam doces ao contrário do cajá e do caqui que também levei para casa.

Este final de semana teremos um feriado nacional que será amanhã em homenagem ao mártir da Inconfidência Mineira, o Tiradentes. Porém, no Estado do Rio de Janeiro, a folga se prolongará até segunda (23/04), quando é comemorado o Dia de São Jorge para a alegria dos umbandistas e dos católicos que são devotos do santo, sendo também uma data muito criticada pelos evangélicos mais radicais que não sabem ver os fatos pelo prisma da cultura.

Eu, no entanto, quero aproveitar esses dias para descansar e curtir os bons momentos de folga já que para a próxima semana, como sempre, terei vários compromissos profissionais. E, se não fosse pelo São Jorge (e pelos deputados estaduais do RJ que fizeram a Lei), o feriado do Tiradentes deste ano não teria diferença alguma para outro final de semana comum já que 21/04 cairá num sábado.

Deste modo, aproveito para desejar a todos um excelente final de semana com ou sem feriado. Curtam bastante o descanso e a estação!

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Aproveitando cada oportunidade nova para turismar



Sempre gosto de conhecer novos lugares e de me aventurar. Se algum dia eu não mais estiver afim de empreender roteiros diferentes é porque já terei morrido.

Há cerca de três anos e meio que acompanho Núbia em seu tratamento contra a obesidade que ela iniciou no segundo semestre de 2014 indo a uma clínica em Botafogo, tradicional bairro do Rio de Janeiro. De lá pra cá, ela operou o estômago, mediante uma ordem judicial contra a operadora do plano de saúde, veio a perder bastante peso, tornou a engordar, emagreceu outra vez e agora, com 60 quilos, pretende fazer uma plástica reparadora.

Entretanto, nas vezes em que passei de carro em direção à clínica, reparei com grande curiosidade uma espécie de bonde que se locomove inclinadamente através de trilhos para o alto do Morro Dona Marta onde se encontra uma comunidade carente dentro de Botafogo. Trata-se de uma obra que foi inaugurada ainda no primeiro mandato do governo Sérgio Cabral sendo, se não me engano, seria anterior aos teleféricos do Complexo do Alemão e do Morro da Providência, os quais já havia conhecido.

Pois bem. Desta vez, tendo terminado a consulta médica, preferi adiar por algumas horas a volta para casa. Deixamos a clínica e fomos até o início do Dona Marta procurar onde ficava o tal bondinho que eu desejava tanto conhecer. Pedimos informações a algumas pessoas no trajeto e, rapidamente. chegamos lá, apesar de Núbia ter se sentido cansada logo no comecinho da caminhada.

Confesso que achei a estação do bonde meio que mal cuidada e necessitando hoje de uma boa reforma após mais de uma década de inauguração. Logo que se chega ao local de embarque, há bastante bicicletas estacionadas pertencentes aos próprios moradores e quase nenhuma placa de informação com direcionamento ao turista. Porém, ainda assim o morro recebe um número considerável de visitantes, sobretudo de estrangeiros.

O tipo de bonde que andei nesta segunda-feira eu já conhecia pois se assemelha ao que certa vez peguei quando fui conhecer, em março de 2012, a Igreja de Nossa Senhora da Penha, situada na Zona Norte do Rio de Janeiro. Só que, no caso do Morro da Dona Marta, são cinco estações, tendo que mudar de veículo na terceira para prosseguimento da viagem até à parte mais alta da comunidade, numa altitude que chega quase a 200 metros em relação ao nível do mar.


A vista dali é fantástica e permite o reconhecimento de vários lugares da Zona Sul do Rio como a Lagoa Rodrigo de Freitas, uma parte de Copacabana, o monumento do Cristo Redentor e, obviamente, trechos do próprio bairro Botafogo. O tempo, mesmo com uma previsão ruim para o começo da semana, até que ajudou naquela tarde de modo que só choveu quando já passavam das quatro horas.



Todavia, depois da última estação do bondinho, o visitante com alguma disposição pode subir mais um pouco andando a pé até o mirante da comunidade que fica bem no alto do morro. Porém, como é necessário percorrer uma trilha até lá e Núbia não estava com disposição (sendo que eu trajava uma roupa social, usando sapatos ao invés de tênis), preferi deixar essa aventura para uma outra oportunidade. Até porque não teria tanta graça deixar minha esposa sozinha por quase uma hora me esperando.


Durante o passeio, tivemos a oportunidade de conhecer Marisa, a qual trabalha como guia turística, além de ser também artista plástica e designer. Ela estava acompanhando uma visitante russa e nos deu muitas informações sobre o local. 


Juntos seguimos pelas escadarias do morro até o Espaço Michael Jackson que fica próximo à quarta estação do bonde. Trata-se do local onde o cantor, no ano de 1996, visitou o Dona Marta e gravou parte do videoclipe They don't care about us, havendo hoje ali uma estátua em homenagem ao popstar.



Este passeio acabou sendo muito breve porque tínhamos que retornar para Muriqui na mesma data e não queríamos pegar chuva. Por isso, não permanecemos muito tempo no Dona Marta de modo que, da laje do Michael Jackson, fomos direto para o bonde a fim de pegar o caminho de volta.

Apesar dos problemas relacionados com a violência no Rio de Janeiro, isso não significa que toda a cidade esteja vivendo uma guerra. Há realmente um certo nível de risco, mas que, a meu ver, não impediria a visitação num horário diurno de algumas comunidades carentes mais tranquilas.





De qualquer modo, recomendo aos interessados que não conhecem suficientemente o Rio que procurem serviços de guias turísticos que possam levá-los aos pontos certos, mostrando o melhor da cidade e evitando dores de cabeça. Pois, inegavelmente, os trabalhos de um profissional da área sempre agregam valor a um passeio.

Nesta segunda-feira, embora fosse um dia útil e tivesse meus afazeres, preferi não perder a oportunidade de conhecer um novo lugar. E, a meu ver, valeu a pena ter saído da rotina. Pelo menos deu mais sabor ao meu dia.


Ótima noite a todos!

domingo, 15 de abril de 2018

Prisão que deu certo!



Uma semana após a prisão de Lula e o anúncio da pré-candidatura de Joaquim Barbosa pelo PSB, foi divulgada neste domingo (15/04) uma pesquisa do Instituto Datafolha pelo jornal "Folha de S.Paulo" com os índices de intenção de votos para a eleição presidencial de 2018. 

Com uma margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, as 4.194 entrevistas realizadas entre 11 e 13 de abril, em 227 municípios, verificaram que o ex-presidente passou a ter 31%, enquanto Bolsonaro (PSL) ficou nos 15% e Marina Silva (Rede) 10%, seguidos por Joaquim Barbosa com 8%, Geraldo Alckmin (PSDB) com 6%, Ciro Gomes (PDT) com 5%, Álvaro Dias (Pode) com 3%, Manuela D'Ávila (PCdoB) 2%, Fernando Collor de Mello (PTC) 1%, Rodrigo Maia (DEM) 1%, Henrique Meirelles (MDB) 1% e Flávio Rocha (PRB) 1%, sendo que os demais não pontuaram. 

Confesso que estou surpreso com o desempenho de Marina que, a meu ver, manteve-se bem colocada mesmo com a entrada de Joaquim Barbosa na disputa presidencial. Aliás, ele parece ter tirado mais votos do Alckmin e do Ciro Gomes, fazendo com que estes dois caíssem de colocação. E pode afetar o desempenho do Bolsonaro também.

Ao que tudo indica, a disputa maior deve ficar pelo terceiro lugar que, na verdade, acabará se tornando o segundo tendo em vista que os votos dados a Lula serão anulados devido à sua situação jurídica atual. Aliás, se o PT tentar registrar o seu nome junto ao TSE, certamente a candidatura deverá ser impugnada pelas coligações adversárias e pelo próprio Ministério Público Eleitoral de maneira que os votos recebidos pelo petista restarão zerados, indo o segundo e o terceiro colocados para o segundo turno.

Fato é que, segundo a pesquisa divulgada neste domingo pelo referido jornal, 54% dos entrevistados consideram que a prisão do ex-presidente Lula foi justa e injusta apenas para 40%, enquanto 6% não sabem. Ou seja, há uma concordância da maioria com a decisão determinada pelo Juiz Sérgio Moro.

Por sua vez, a entrada ou saída de Michel Temer nas eleições pouco afeta o quadro. E tão pouco o ingresso de Fernando Haddad no lugar de Lula ajudaria o PT já que o ex-prefeito da capital paulista ficaria com apenas 2%. Isto porque quem mais se beneficiaria com um cenário sem Lula seria o Ciro Gomes mas que ainda assim ficaria distante de Marina Silva.

Mais interessante ainda é vermos que, num eventual segundo turno entre Marina e Bolsonaro, a situação se inverte. Se a disputa entre os dois fosse hoje, Marina passa a ter 44% enquanto Bolsonaro 31%, o que dá uma diferença entre 11 e 15 pontos percentuais considerando a margem de erro.

Será que 2018 será a vez de Marina após duas tentativas  perdidas anteriormente?

Teremos pela terceira vez consecutiva uma mulher eleita presidente?

Importante destacar que, nessa pesquisa (num cenário construído com Lula lançado candidato mesmo sendo "ficha suja"), os votos em branco, nulo ou em nenhum candidato somariam 13%, sendo que 3% não souberam em quem vão votar. Ou seja, como estamos ainda em abril e a campanha só se inicia em agosto, ainda há tempo para que os votos indefinidos sejam conquistados de modo que seria muito cedo para Marina comemorar. Inclusive porque, em 2014, ela acabou "batendo no teto" muito rapidamente com a morte de Eduardo Campos e caiu.

Acredito que, caso Marina vença o pleito, aí sim poderemos considerar uma verdadeira vitória feminina conquistada meritoriamente por alguém não produzida por um antecessor. Vamos aguardar para ver e torço que a moderação ganhe o jogo com o Brasil recuperando o seu bom senso e evitando radicalizações à "esquerda" ou à "direita".

Ótima semana a todos!


OBS: Créditos autorais da imagem acima a André Richter e Agência Brasil/EBC

sábado, 14 de abril de 2018

Continuando com as caminhadas na floresta



Neste sábado, não resisti e fui pra floresta caminhar.

Já estava me sentindo um pouco enferrujado, porém resolvi não me acomodar e, quando deu dez horas da manhã, tomei banho, vesti uma roupa leve, calcei o tênis novo da Olympikus que ganhei de aniversário da minha mãe, botei uma garrafa d'água na mochila, besuntei a cara de protetor solar (que Núbia fez questão de passar em mim) e parti.

Desta vez, nada de fotos. Aliás, estou precisando de um celular novo. Porém, curto melhor os passeios sem carregar o aparelho. Ou melhor, sem ter que registrar o momento, podendo vivenciar intensamente cada instante com maior intensidade.

Subir a trilha que vai da cachoeira de Muriqui até à localidade de Rubião, na Serra do Piloto, pode ser cansativa. Porém, o caminho é atrativo pelo verde intenso da mata, pelo ar puro e todo aquele visual em volta do excursionista. Há vários córregos, nascentes e quedas d'água pelo trajeto. Nosso reservatório daqui de Muriqui, pelo qual passei logo no começo do trajeto, estava bem cheio felizmente.

Devo ter perdido a conta de quantas vezes já subi nesta trilha, coisa que repito desde 2003, quando nem morador era daqui do Município. Porém, é sempre recompensador quando se chega ao alto e vislumbramos o bucólico vale do Rubião cercado por morros, florestas e pastagens. As poucas residências ali existentes são em geral pequenos sítios usados mais para lazer do que como moradia fixa. E há um número considerável de pessoas vivendo no lugar.

Do alto da trilha até à rodovia RJ-149, anda-se quase dois terços do trajeto numa estrada de chão que, na maior parte do percurso, acompanha um rio. Encontrei no caminho pessoas de moto, uns pouquíssimos moradores andando à cavalo e vários cachorros soltos que ficam latindo para que nenhum estranho lhes tire o território perto de suas casas. Nas propriedades, o tipo de fruteira que mais chamou atenção pela época foram os pés de caqui que estavam carregados. Fiquei com água na boca.

Na rodovia RJ-149, resolvi dar uma esticada breve até Bela Vista que é a sede do Distrito da Serra do Piloto e dista uns poucos quilômetros da entrada da estrada para o Rubião. Como houve uma ruptura de um trecho da via, conforme informei na postagem de 08/04 (clique AQUI para ler), quase não tinha movimento de veículos, o que me deu mais tranquilidade para prosseguir a pé. Vez ou outra, vinha um automóvel.

Devido ao problema, Bela Vista estava simplesmente vazia com vários comércios fechados, inclusive a pousada. Não consegui achar um lugar para almoçar ali e acabei fazendo um lanche na padaria onde comi um pão com queijo mais café. Conversei com algumas pessoas do local que me falaram sobre a morte trágica da jovem que havia sido arrastada pela tromba d'água que caiu na sexta-feira semana passada e das dificuldades novas que surgiram com o isolamento do Distrito do restante do Município.

Minha volta foi bem tranquila. Resolvi descer a RJ-149 até à rodovia BR-101. Só que, numa parte do percurso (do Bebedouro da Barreira até o bairro Acampamento), peguei a velha Estrada do Atalho que é toda trabalhada em pedras desde a época da escravidão e segue paralelamente pela mata. Foi outro momento bem gostoso em contato com o verde.

Cheguei exausto no ponto de ônibus que tem próximo ao Fórum de Mangaratiba e dali retornei direto para Muriqui. Já deveriam ser quase cinco da tarde e creio ter andado entre 25 a 30 quilômetros. E pra quem já estava meio que fora de forma assim como ganhado peso por haver ficado mais sedentário nas atividades (desde meados de 2016), até que aguentei bem.

Agora já tarde e com o corpo moído, vou ver se daqui a pouco deito para descansar. Afinal, dormir depois de um passeio desses é tudo de bom.

Ótimo domingo a todos!

terça-feira, 10 de abril de 2018

Um nanico chamado PEN



Fico bobo de ver como a política brasileira e o nosso sistema jurídico abrem brechas para que partidos sem representatividade possam tentar tumultuar a vida nacional.

Por esses dias, fui surpreendido ao saber que uma legenda nanica denominada Partido Ecológico Nacional (PEN) propôs uma ação perante o Supremo Tribunal Federal (STF) visando rediscutir a possibilidade de prisão dos réus em processos criminais após a condenação em segunda instância. O pedido havia sido apresentado na manhã de 05/04 por um grupo de advogados em nome dessa agremiação buscando também soltar todos aqueles que já foram presos mas recorrem aos tribunais superiores para serem absolvidos.

Prontamente, o ministro Marco Aurélio Mello logo disse que pretendia levar o caso para a sessão desta quarta-feira (11/04) a fim de que o Plenário do STF julgasse um requerimento de liminar formulado pelos causídicos do partido que iniciaram a demanda. Porém, na noite desta terça (10/04), os novos advogados do PEN apresentaram um pedido para suspender por cinco dias o andamento da ação.

A meu ver, um partido desses não deveria ter tanto poder assim a ponto de se tornar uma instituição legitimada a acionar a mais alta Corte do país e ficar jogando com coisas sérias. Pois a prisão a partir da condenação em segunda instância foi uma conquista no meio jurídico do povo brasileiro que, há décadas, sofre com a impunidade dos seus caciques políticos, os quais só agora com a Operação Lava Jato estão indo para a cadeia.

Curioso é que essa ação foi proposta logo após o STF haver denegado a ordem no HC impetrado pela defesa do ex-presidente Lula que tentou de todos os meios evitar a sua prisão depois de condenado pelo TRF-4 no vergonhoso caso do triplex no Guarujá. Ou seja, no mesmo dia em que saiu a decisão do Supremo, o PEN resolveu provocar a Justiça para decidir acerca de uma tese que, recentemente, em 2016, havia sido pacificada pela maioria dos ministros. 

Também é curioso observar que o PEN esteve perto de mudar de nome para Patriotas visto que intencionava atrair para a legenda o pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro. Porém, como o deputado resolveu filiar-se ao PSL para concorrer à cadeira número um do país, parece que o PEN também teria passado a se voltar para outros interesses.

Com essa atitude de incoerência em termos de propostas e de ideologia, o PEN mostrou que só surgiu na política brasileira para ser mais uma instituição oportunista que busca aquilo que melhor atende a seus interesses imediatistas. Um partido que foi criado para apoiar a ambientalista de centro-esquerda Marina Silva e que depois pensou em mudar de nome a fim de atrair um parlamentar de extrema-direita para os seus quadros, agora está fazendo um verdadeiro papelão a ponto de usar a Justiça para causas vis numa possível litigância de má-fé.

Mais do que nunca precisamos de uma boa reforma política neste país capaz de impedir a fragmentação do Congresso Nacional em diversas agremiações sem expressão nas urnas que mal se definem em termos de posicionamentos. Temos que estabelecer novos requisitos de representatividade a fim de que os legitimados possam fazer uso de certas ações perante o STF.

Ótima noite para todos!

domingo, 8 de abril de 2018

É buraco, é pedra, é o fim do caminho...



Buracos, acostamentos inexistentes, sinalização inadequada, iluminação precária e falta de telefones de emergência são alguns dos problemas e carências que motoristas enfrentam ao tentar atravessar rodovias e vias de acesso estaduais aqui no Rio de Janeiro. E, em Mangaratiba, a situação não é diferente.

Por esses dias em que estou de viagem por Brasília visitando a minha mãe, acabei me deparando com uma triste informação na internet de que um enorme buraco se rompeu na histórica rodovia RJ-149, próximo ao trecho da "Cachoeira dos Escravos", isolando o Distrito da Serra do Piloto do restante do Município. E, depois de ter visto as notícias nas redes sociais (blogues e sites de relacionamentos), bem como emitido meus comentários, fui até à página da Fundação DER onde me deparei com a seguinte notícia:

"A RJ-149, estrada que liga a BR-101 na altura do município de Mangaratiba com a cidade de Rio Claro, está interditada ao tráfego de veículos na altura da Serra do Piloto devido a uma erosão na pista, por conta da forte chuva que atingiu a cidade na noite de sexta-feira. A tempestade causou o rompimento da galeria de águas pluviais, o que fez com que a correnteza passasse por cima da via, gerando a destruição do asfalto e o desaparecimento de uma pessoa.
Assim que soube do ocorrido, o presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ), engenheiro Ângelo Monteiro Pinto, foi para o local, junto com outras equipes do órgão, passando o sábado na região para tomar as medidas necessárias, para agilizar o conserto e causar menos transtorno para população. A Prefeitura de Mangaratiba, a Defesa Civil do Município e o Corpo de Bombeiros, também auxiliaram na emergência e na sinalização do trecho.
Após avaliação técnica, ficou constatado que será necessária a construção de uma ponte provisória. Essa obra deve demorar cerca de 60 dias. Depois, serāo mais seis meses para recuperar totalmente a parte que cedeu. Neste período, como rota alternativa os motoristas podem utilizar a RJ-155." (Extraído de http://www.der.rj.gov.br/detalhe_noticia.asp?ident=566) 

Sinceramente, não consigo concordar com o fato do DER jogar a culpa na natureza pelo ocorrido, visto que esta já era uma tragédia anunciada há anos aqui na região, cuidando-se de algo totalmente previsível. Recordo que, em dezembro de 2016, quando houve uma ruptura menor num outro ponto da pista bem próximo dali, a Câmara Municipal de Mangaratiba aprovou a Indicação de n.º 258/16 do então vereador Alan Bombeiro (PSDB), porém nenhuma providência foi adotada pelas autoridades estaduais Apenas um funcionário da Prefeitura que é morador da região foi até o buraco e despejou pedras ali.


Lamentavelmente a comunidade do nosso 5º Distrito encontra-se agora isolada do resto do Município sendo que tão cedo haverá uma solução satisfatória devido a esse relaxamento da parte do DER. Dar a volta pela RJ-155, passando por partes dos municípios vizinhos de Angra dos Reis e Rio Claro, tornará o caminho demasiadamente longo e os moradores da Serra não poderão ficar com o direito de ir e vir prejudicado.

Por sua vez, os servidores municipais que trabalham na Serra do Piloto precisarão ser transportados em conduções fretadas pela Prefeitura  de Mangaratiba já que, devido ao buraco, não haverá mais transporte municipal de passageiros. E, no caso do Distrito, temos ali duas escolas e um posto de saúde.

Sinceramente, gostaria de saber qual o percentual do dinheiro reservado à conservação das vias estaduais no orçamento do Rio de Janeiro de 2017 que foi utilizado para a conservação e manutenção de rodovias. Confesso não ter esta informação no momento, mas considero-a como sendo um ponto de partida importante para que possamos apurar melhor a flagrante omissão do DER.

Independentemente disso, entendo que é possível aos moradores da Serra do Piloto se socorrerem através do Ministério Público, buscando providências imediatas que assegurem o direito constitucional de ir e vir juntamente com a continuidade da prestação dos serviços básicos. Também poderão procurar a Justiça para obter a reparação de possíveis danos materiais e morais decorrentes desse isolamento causado pela ruptura na rodovia.

Torço para que tudo se resolva e, acima de tudo, desejo que, neste ano de eleições, haja uma verdadeira renovação na política do Estado do Rio de Janeiro. Tanto no Poder Executivo quanto no Legislativo visto que a ALERJ tem sido tão omissa quanto o governador Fernando Pezão. Aliás a maioria dos nossos deputados estaduais é conivente com os erros dessa gestão decadente do MDB.



Ótima semana a todos e não nos cansemos de lutar pelos nossos direitos!

OBS: A primeira e as últimas imagens foram extraídas do Facebook.

sábado, 7 de abril de 2018

Fim de semana em família



Após dois anos da última visita que fiz, finalmente retorno a Brasília, onde minha mãe tem morado quatro anos. Trata-se de minha terceira estadia na cidade e da quarta passagem pelo lugar visto que, em 1993, durante o governo Itamar, estivera na Praça dos Três Poderes participando de uma manifestação política escondida da família junto com a galera do movimento estudantil secundarista.

Sempre que viajo para cá, aproveito para conhecer um pouco mais da nossa capital federal conforme fizemos na tarde deste sábado (07/04) indo ao Jardim Botânico da cidade. Só que, infelizmente, pelo avançar da hora, não deu tempo para visitar todos os pontos de interesse turístico de modo que fomos só até o orquidário e depois tomamos um chá ao ar livre.







Da última vez em que vim, no mês de abril de 2016, ficamos vários dias eu e Núbia hospedados na casa de minha mãe. Passeamos bastante e tomamos muitos banhos na piscina. Porém, neste ano, as temperaturas estão um pouco mais baixas pois tem chovido com muita frequência.

Neste sábado, até que as condições climáticas foram generosas de modo que a chuva só caiu lá pelo finalzinho da tarde sendo que pudemos aproveitar para caminhar no Parque das Garças durante a manhã. E, para quem não conhece, este parque trata-se de uma área de lazer junto ao Lago Paranoá de onde consegui reconhecer de longe os prédios do Congresso Nacional, da Esplanada dos Ministério, além do Estádio Mané Garrincha.




Fico por aqui até o começo da próxima semana quando retorno para Mangaratiba visto que tenho vários compromissos já na terça-feira (10), atendo os servidores da Prefeitura no sindicato deles na quarta (11) e, novamente, trabalho um pouco mais na quinta (12), dia em que estarei completando os meus 42 anos.

Entretanto, hoje mesmo iremos fazer uma breve comemoração familiar antecipada mais à noite do aniversário, quando também celebraremos entre nós os 60 anos de minha mãe, muito embora ela fará uma festa para seus amigos aqui no próximo final de semana quando não poderei estar presente.


Amanhã, se o tempo permitir (acredito que não chove pela manhã), pretendemos ainda fazer novos passeios e caminhadas. E quero aproveitar intensamente esses dias.

Ótimo domingo a todos!

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Que possamos compreender a prisão de Lula com maturidade e coerência!



Nesta quinta-feira (05/04), o juiz federal Sérgio Moro determinou a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o qual foi condenado em duas instâncias da Justiça no caso do triplex em Guarujá (SP). Sua pena de 12 anos e 1 mês de prisão foi definida pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), devendo iniciar-se em regime fechado. E, de acordo com a determinação do magistrado, o réu tem até às 17 horas desta sexta-feira (06/04) para apresentar-se voluntariamente à sede da Polícia Federal em Curitiba.

No entanto, tão logo o terminou a sessão do STF que negou a ordem no habeas corpus de Lula, o mundo político não tem parado de comentar acerca da decisão. E, dentre as opiniões ditas hoje pelos nossos parlamentares acerca da prisão do Lula, chamaram a minha atenção as palavras ditas pelo senador Álvaro Dias (Pode-PR) e também pelo deputado Alex Manente (PPS-SP), ambos líderes de suas respectivas bancadas. Porém, gostei mais ainda das lúcidas colocações de um político que veio da esquerda fluminense que é o deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), o qual já foi ministro do ex-presidente condenado assim como também o foi em outra pasta a sua colega de partido, a Marina Silva. Coerentemente, o parlamentar afirmou:

"São momentos indesejáveis que se somam: o momento da corrupção que fez tanto mal à população brasileira e esse outro momento de ver um líder de tantas lutas ser recolhido à prisão. O Lula não é exclusivamente um ex-presidente. É um símbolo da luta contra a ditadura pela anistia, pela democracia de um modo geral. Mas, exatamente com base nos postulados democráticos, ele recebe uma pena de reclusão."

Fato é que vivemos um grandioso momento de transformações planetárias em que diversos líderes estão sendo processados no mundo por corrupção. Além do ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, tivemos não faz muito tempo o caso da prisão do ex-primeiro ministro de Portugal, José Sócrates, pertencente ao Partido Socialista (PS) de lá. O ex-premiê português ocupou o posto entre 2005 e 2011 e teve a sua prisão preventiva decretada em novembro de 2014, mas acabou libertado em setembro do ano passado para aguardar em casa enquanto não vai a julgamento.

Além desses nomes, podemos citar também Ehud Olmert de Israel, Otto Pérez Molina da Guatemala e Silvio Berlusconi da Itália. 

Ora, independentemente das ideologias desses políticos, todos respondem indistintamente por seus atos. Logo, fico a pensar por que no Brasil as coisas teriam que ser diferentes como andam falando alguns esquerdopatas que não têm um pingo de auto-crítica?

Que Lula responda pelos seus ato como todo e qualquer indivíduo. E que a opinião pública possa compreender a necessidade de termos leis maus duras no Brasil para punir os atos de corrupção. Afinal, ninguém está acima da Lei.

Ótima noite a todos!

Estamos deixando de ser o país da impunidade!



Como já está bem tarde e pela manhã tenho compromissos, não vou poder escrever muito sobre o julgamento histórico do habeas corpus impetrado pela defesa do do ex-presidente Lula perante o Supremo Tribunal Federal (STF), cujos ministros, por maioria de votos (6 a 5), denegaram a ordem mantendo o entendimento que os mesmos tinham adotado em 2016.

Mais do que justa foi a decisão tomada quanto a esse caso em que a longa sessão só se encerrou no começo da madrugada desta quinta-feira (05/04) com o voto de desempate da presidente da Côrte, ministra Cármen Lúcia. 

Com o resultado, torço que o fantasma da volta da impunidade tão cedo não torne a assombrar o país e todos os réus recebam tratamento igual do Judiciário brasileiro após serem condenados em segunda instância pelos seus crimes. Afinal, mesmo que os elementos não possam ser considerados definitivamente culpados antes do trânsito em julgado, por que motivo vamos impedir a prisão de tais seres potencialmente nocivos para a sociedade quando toda a discussão probatória acerca dos fatos já se encerrou?!

Finalmente espero que os apoiadores do ex-presidente Lula, em especial os que integram a militância do PT, respeitem o acórdão do Supremo e não saiam pelas ruas praticando atos de baderna, conforme costumam fazer vandalizando prédios públicos e agências bancárias. Pois, como bem aprendi na faculdade, decisões judiciais são para serem cumpridas. 

Ótima quinta-feira a todos!

OBS: Créditos autorais da foto acima atribuídos a José Cruz/Agência Brasil, conforme extraído de http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2018-04/maioria-do-stf-nega-habeas-corpus-preventivo-lula

terça-feira, 3 de abril de 2018

Acidentes que são frutos da estupidez humana



Percorrendo as notícias recentemente publicadas na internet, acabo de ler uma matéria sobre a morte de um homem de 45 anos, na cidade espanhola de Arcos de la Frontera, o qual teria sido golpeado várias vezes por um touro durante o evento chamado "Festa do Touro de Aleluia". Esta trata-se de uma tradição que se repete por lá todos os sábados de Páscoa desde 1784, não muito diferente de como era a nossa extinta "Farra do Boi" no litoral do estado de Santa Catarina.

Sempre que divulgam notícias sobre ferimentos ou mortes de pessoas envolvidas em eventos como as touradas ou essas festas de rua, há quem diga que foi "bem feito" para a vítima porque a mesma teria provocado o animal desrespeitando os seus direitos. Outros que são defensores de tradições assim julgam ter havido uma fatalidade limitando-se, no máximo, a responsabilizar os seus organizadores.

Sinceramente, tenho pena tanto do animal quando das vítimas humanas (e de seus familiares). O touro, por ser provocado e agir agressivamente por instinto, jamais terá culpa por haver chifrado alguém nessas condições. E de modo algum acho que o bicho deva ser sacrificado por tal motivo.

Por sua vez, os seres humanos que se arriscam nessas "brincadeiras" costumam ser pessoas ignorantes que não têm a compreensão de respeito pelo animal e nem o sentimento de preservação da própria vida. Talvez queiram perpetuar um pouco das emoções que os seus antepassados tinham num ambiente campestre durante as caçadas aos bois mais selvagens. Porém, pelo que me parece, não estariam sabendo dar novos significados aos costumes históricos.

A meu ver, o Supremo Tribunal Federal agiu bem quando decidiu proibir a prática da Farra do Boi no território catarinense durante o julgamento de uma ação civil pública movida no final do século passado (Recurso Extraordinário número 153.531-8/SC; RT 753/101). Segundo a interpretação do STF, o evento foi considerado intrinsecamente cruel e, por isso, poderia ser qualificado como atividade criminosa.

Graças ao tal julgamento, notou-se uma diminuição gradual na quantidade de festas similares. No entanto, os farristas, contrariando a decisão da Justiça, organizaram-se e tentaram reverter a situação em seu favor de modo que, no ano de 2000, um projeto de lei estadual tentou legalizar em Santa Catarina a "Farra do Boi" em mangueirões, com a alegação de que os eventos passariam a ser realizados sem maus-tratos aos animais. Porém, apesar da sua aprovação pela Assembleia Legislativa de lá, a proposição recebeu o devido veto pelo então governador Esperidião Amin, o qual reconheceu a sua inconstitucionalidade. Só que ainda assim, quem garante que até hoje não ocorrem algumas farras clandestinas em ambientes privados?

No meu entender, todos os eventos que utilizam animais para divertimento, inclusive os rodeios e as apresentações em circos, deveriam ser definitivamente abolidos. Pois basta a exposição do bicho num espetáculo que já lhe causa uma situação de desconforto e estresse. E essa abolição deve se dar independentemente da conduta caracterizar ou não algum dos ilícitos previstos na Lei Federal nº 9.605/98, a exemplo do artigo 32 da norma que criminaliza os atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos.

Espero que um dia a humanidade possa progredir e a cultura, que não é algo rígido, acompanhe tal evolução. Pois chega de vermos novos acidentes relacionados a essas brincadeiras se repetindo.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

O clamor da ministra pela serenidade

Nesta segunda-feira (02/04), a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), gravou um pronunciamento de 3 minutos e 18 segundos no qual defendeu o "fortalecimento da democracia", afirmando sobre a necessidade de "se respeitar opiniões diferentes" e pediu "serenidade" a fim de que diferenças ideológicas não resultem em "desordem social". 


Embora a sua assessoria não haja informado qual a motivação do comunicado da ministra ao país, pode-se perfeitamente presumir que tudo o que Carmen Lúcia disse tem a ver com o polêmico julgamento do habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cujo desfecho, por certo, não poderá agradar a uma nação hoje dividida.



De qualquer modo, vale a pena refletirmos sobre o que disse a presidente da mais alta Corte de Justiça deste país pois, afinal, os dias não têm sido lá muito favoráveis para o cultivo da tolerância depois que as redes sociais de internet promoveram a bipolarização da sociedade pela radicalização do debate. 



Com a palavra, a nossa excelentíssima ministra:



A democracia brasileira é fruto da luta de muitos. E fora da democracia não há respeito ao direito nem esperança de justiça e ética.



Vivemos tempos de intolerância e de intransigência contra pessoas e instituições.



Por isso mesmo, este é um tempo em que se há de pedir serenidade.



Serenidade para que as diferenças ideológicas não sejam fonte de desordem social.



Serenidade para se romper com o quadro de violência. Violência não é justiça. Violência é vingança e incivilidade.



Serenidade há de se pedir para que as pessoas possam expor suas ideias e posições, de forma legítima e pacífica.



Somos um povo, formamos uma nação. O fortalecimento da democracia brasileira depende da coesão cívica para a convivência tranquila de todos. Há que serem respeitadas opiniões diferentes.



Problemas resolvem-se com racionalidade, competência, equilíbrio e respeito aos direitos. Superam-se dificuldades fortalecendo-se os valores morais, sociais e jurídicos. Problemas resolvem-se garantindo-se a observância da Constituição, papel fundamental e conferido ao Poder Judiciário, que o vem cumprindo com rigor.



Gerações de brasileiros ajudaram a construir uma sociedade, que se pretende livre, justa e solidária. Nela não podem persistir agravos e insultos contra pessoas e instituições pela só circunstância de se terem ideias e práticas próprias. Diferenças ideológicas não podem ser inimizades sociais. A liberdade democrática há de ser exercida sempre com respeito ao outro.



A efetividade dos direitos conquistados pelos cidadãos brasileiros exige garantia de liberdade para exposição de ideias e posições plurais, algumas mesmo contrárias. Repito: há que se respeitar opiniões diferentes. O sentimento de brasilidade deve sobrepor-se a ressentimentos ou interesses que não sejam aqueles do bem comum a todos os brasileiros.



A República brasileira é construção dos seus cidadãos.



A pátria merece respeito. O Brasil é cada cidadão a ser honrado em seus direitos, garantindo-se a integridade das instituições, responsável por assegurá-los.


OBS: Créditos autorais da imagem acima atribuídos a Marcelo Camargo/Arquivo/Agência  Brasil, conforme extraído de http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2018-04/em-pronunciamento-na-tv-carmen-lucia-destacara-tempos-de-intolerancia-no