Pode o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff ainda não ter se confirmado, mas é preciso fazer política desde já pensando no bem do país. E foi agindo a favor do Brasil que, na noite de ontem pra hoje, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), juntamente com os seus pares tucanos Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Tasso Jereissati (PSDB-CE), mais o líder do partido na Câmara, o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), compareceram a um jantar no Palácio do Jaburu, a residência oficial do presidente em exercício Michel Temer, para tratarem de assuntos da mais alta seriedade.
Como se sabe, Aécio tem sido um dos críticos da flexibilização do ajuste fiscal pelo governo e lembrou nesta madrugada que Temer deu "garantias" aos presentes no encontro de que fará reformas amplas, como a previdenciária, caso o impeachment venha a ser aprovado em definitivo pelo Senado. Segundo suas declarações dada à imprensa,
"Ele [Michel Temer] nos tranquilizou hoje, nos deu garantias de que as reformas estruturais estarão, inclusive, em pronunciamento à nação após o impeachment. Esperamos que seja um governo com compromisso com a história, não com eleições".
Tendo em vista a aproximação das eleições de 2018, não pode o governo flexibilizar as medidas de ajuste fiscal e nem evitar fazer reformas consideradas impopulares, as quais são indispensáveis para tirar o Brasil da crise a fim de recuperar a confiança do mercado internacional. Logo, considero mais do que justo o PSDB pressionar o presidente em exercício para que este atue de maneira bem definida em relação à política econômica como bem expressou o senador mineiro:
"O presidente Michel não tem possibilidade de errar daqui em diante. Apresentamos a ele os pontos que já defendíamos: as reformas estruturais, previdenciária, trabalhista, a própria reforma do Estado. O que ouvimos é que ele tem vontade de inaugurar um tempo novo onde as reformas sejam claras. Os sinais não podem mais ser ambíguos, têm de ser claros em direção às reformas. E ele terá nosso apoio".
Apesar de Temer ter nomeado para o primeiro escalão de seu governo três ministros tucanos, o PSDB não compôs com o PMDB em troca de cargos! Conforme eu havia postado aqui no mês de maio, alguns dias antes do Senado afastar Dilma das funções de seu cargo, o partido entregou, pelas mãos de Aécio Neves, uma carta-compromisso contendo várias propostas, a qual foi elaborada por economistas tucanos. Tal documento abordou 15 pontos importantes da política nacional (clique AQUI para ler), tendo sido, na verdade, as condições para que fosse dado apoio ao então vice-presidente.
Assim sendo, ao se tornar presidente efetivo, espera-se que Temer conduza o país com firmeza e promova as necessárias reformas. Pois tendo hoje o governo uma forte base aliada no Congresso Nacional, podendo contar com partidos sérios como o PSDB e o DEM, não lhe faltará apoio para conseguir por em prática o dever de casa defendido pelos economistas.
OBS: Créditos autorais da imagem acima atribuídos a Marcelo Camargo/Agência Brasil conforme consta em http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-05/psdb-pede-temer-combate-corrupcao-e-reformas-politica-e-tributaria
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