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domingo, 4 de fevereiro de 2018

Refletindo sobre os votos de um casamento tradicional



"Prometo estar contigo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, amando-te, respeitando-te e sendo-te fiel em todos os dias de minha vida, até que a morte nos separe" (votos de um casamento tradicional)

Quase todo o mundo no Ocidente que já mudou o seu estado civil deve ter proferido as palavras acima durante a celebração do casamento.

Quando formalizei o meu matrimônio com Núbia, há quase 12 anos atrás, casei-me dentro do contexto de que "serão dois uma só carne" (Gn 2:24), com inspiração na literatura bíblica. E hoje, embora eu tenha uma visão meio que agnóstica da vida, procurando analisar as coisas racionalmente, continuo a considerar tal valor oriundo de um texto sagrado, tendo em vista a ideia do aliançamento (algo mais forte do que um mero contrato comercial) que é pactuado entre o marido e a esposa.

Acredito que pessoas íntegras quando celebram uma união verdadeiramente compromissada, elas devem se ajudar nos momentos difíceis a exemplo desses votos que tanto os católicos quanto os protestantes celebram. E, quer se questione ou se interprete de vários modos essa tradição matrimonial do cristianismo, a qual nossa cultura herdou, penso que, ao menos enquanto uma união matrimonial durar, os cônjuges devem manter entre si tal compromisso recíproco. Ou seja, cuidando um do outro, com total cumplicidade e transparência.

Atualmente, divirjo tão somente da duração do casamento pois entendo, com uma mente mais aberta, que, em diversas situações, a separação passa a ser preferível do que, por exemplo, duas pessoas se matarem (ou viverem profundamente infelizes por causa da união). Posso dizer que o exercício da profissão de advogado e a experiência contribuíram para que eu me tornasse favorável ao divórcio quando a vida em comum torna-se impossível bem como potencialmente danosa para o ser humano.

Todavia, enquanto um matrimônio durar, os cônjuges precisam se amar verdadeiramente, prestando um ao outro a devida assistência tanto financeira quanto afetiva. E, por mais "modernos" que se tornem os casamentos, considerando o fato de algumas pessoas estarem aderindo a algo que, erroneamente, denominam de "poliamor", o compromisso básico precisa permanecer no relacionamento extra-sexual até que, por algum motivo, os dois se separem. 

Ótimo domingo a todos!


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