“Que seu alimento seja seu remédio e que seu remédio seja seu alimento” (Hipócrates)
Se o paraíso de Adão e Eva tivesse sido no Brasil ao invés do Iraque e, caso eles houvessem cometido o "pecado original" em fevereiro, provavelmente o fruto proibido seria uma deliciosa goiaba. E, como castigo, a mulher não sofreria das dores de parto, porém de uma tremenda prisão de ventre, o que para muitos seria bem pior.
Brincadeirinhas bíblicas à parte, confesso que, neste ano de 2018, dei sorte com os pés de goiaba que tenho plantados no quintal de minha casa em Muriqui. Pois, geralmente, minhas frutas ficam todas bichadas sendo impossível comê-las de olho aberto. Só que, por enquanto, nenhuma delas veio com alguma proteína animal de cortesia se mexendo, conforme a Mãe Natureza costuma me acrescentar.
Por coincidência, tenho nesta terra arenosa as duas qualidades de goiaba: a branca e a vermelha. Ficam bem no fundo do quintal e quase confrontando uma vila vizinha, cujo acesso se dá por uma rua perpendicular à minha. Só que, provavelmente, devido à má fama das bichinhas, não vejo nenhum morador de lá tentando pegar para si as goiabas daqui. Nem mesmo aquelas crianças mais arteiras...
Para quem não sabe, a diferença entre ambas as variedades de goiaba vai muito além da cor. E, de acordo com o portal Mundo Educação (clique AQUI para conferir), hospedado no UOL, a branca seria mais nutritiva do que a vermelha, exceto em termos de proteína. Ou seja, uma unidade de suas 120 gramas da branca contém 80,1 mg de vitamina C (quase o dobro da vermelha), 220 mg de potássio, 33,4 mcg de vitamina A e 16 mg de fósforo.
Fato é que tanto uma quanto a outra, assim como o delicioso tomate, fazem muito bem à saúde, sendo indicados para prevenir o câncer graças à presença de licopeno. Inclusive porque o meu quintal não recebe uma gota de agrotóxico! Pelo menos desde que vim viver aqui, em agosto de 2012, quando fui deixando a própria natureza revitalizar-se sobre uma terra que já não rendia praticamente nada de tão maltratada que estava.
Assim, seguindo os sábios ensinamentos do velho médico grego, considerado o "Pai da Medicina", e que viveu entre os séculos V e IV a.C., nada melhor do que fazermos do bom alimento o nosso remédio. E, por certo, as frutas vermelhas, a exemplo da nossa amiga goiaba, contém muitos antioxidantes que, de acordo com a nutricionista Talita Morbeck, são "capazes de evitar envelhecimento precoce, reduzir os riscos de diabetes, cânceres e doenças cardíacas".
Como tenho o título honorífico de cidadão mangaratibense e nasci dois anos após à fusão do Estado da Guanabara com o Rio de Janeiro (mesmo sendo um carioca "da gema"), creio que tenho direito também de me considerar um "papa-goiaba", que é a alcunha dada aos naturais ou residentes aqui do RJ. Trata-se, pois, de um termo hoje quase desconhecido pela população fluminense mais jovem, mas que já foi bem comum de se usar num passado não tão distante, quando os municípios do interior tinham uma economia essencialmente voltada para as atividades rurais e a goiabeira foi muito cultivada. Principalmente nas regiões de Campos dos Goytacazes e Baixada Fluminense.
Portanto, meus amigos, vamos aproveitar essa estação para comermos goiaba. Afinal, nada melhor do que ingerirmos alimentos in natura, como aconselham muitos nutricionistas.
Ótima segunda-feira a todos!
Muito bom!
ResponderExcluirFeliz Carnaval.
Bjocas
espero-te
Olá,Filipa. Obrigado por sua visita e comentários. Participe sempre que desejar.
ExcluirOlá, Rodrigo!
ResponderExcluirGrata por sua visita e comentário.
Gosto sempre de ler seus posts, mesmo os que não domino lá mto bem, pois têm imensa informação.
Nunca comi goiaba e nem sei se há em Portugal. Os frutos vermelhos (antioxidantes) estão na moda, tal como a aveia, a sardinha etc. e aquilo que há 20 anos era nefasto, aspirina e sardinhas, por exemplo, agora é aconselhável. O mundo está em mutação e cada vez mais a nutrição vai tendo seu espaço de esclarecimento.
Agora, só tem dor de parto, quem quer, pois a epidural resolve a questão. Prisão de ventre não é nada agradável, se diga.
Li seus posts anteriores sobre assédio (NÃO e está tudo dito) e carnaval e a ideia que eu tinha sobre a mulher brasileira era bem diferente daquela que você aqui apresenta. Em Portugal, elas, brasileiras, em geral, são mto desinibidas e no verão, mesmo com excesso de peso, mostram barriguinha, "pneu" e usam generosos decotes. Põem nos pés havaianas e calção bem curtinho, independente da idade, mal o tempo começa a aquecer. Creio não ser por mal, nem para se evidenciarem, mas sim porque é uma questão cultural.
Aí, carnaval e feriado e aqui também, mas o sossego reina por estas paragens lusas.
Abraço e boa semana.
Olá, CEU.
ExcluirInicialmente eu é que agradeço por sua visita com comentários ao meu blogue.
O Carnaval, por incrível que pareça, não é feriado nacional previsto em Lei brasileira, muito embora esteja imposto pelos costumes assim como os dias facultativos: a segunda e a quarta. E já faz algum tempo que a sexta-feira, que é a véspera do final de semana carnavalesco, tem sido ponto facultativo em várias repartições públicas a exemplo da Prefeitura daqui de Mangaratiba...
Quanto ás goiabas, creio que existam em seu país. Pelo menos na parte insular como na Ilha da Madeira. Aliás, soube disto ao ler o livro D. Leopoldina:a história não contada: a mulher que arquitetou a Independência do Brasil, de Paulo Rezzutti, em que, na travessia do Atlântico, quando a embarcação que transportava a princesa austríaca parou em Funchal, ela escreveu relatos ao pai e à irmã sobre haver encontrado ali goiabeiras e jambos, dentre outras plantas típicas, que cresciam "selvagemente aos milhares" (pág. 143).
No entanto, a goiabeira, árvore da espécie Psidium guajava, da família Myrtaceae, é originária da América tropical, ocorrendo sobretudo no Brasil e nas Antilhas e pode ser que tenha sido trazida pelos próprios portugueses para a Ilha da Madeira.
Realmente por aqui é habitual a maioria das mulheres ir à praia com pouca roupa, mas elas não costumam mostrar a totalidade dos seios e nem se despirem totalmente. Nos poucos balneários destinados ao naturismo que por aqui existem, numa proporção muito menor que na Europa, é mais comum encontrarmos homens do que mulheres, sendo boa parte dos frequentadores gays. E, nos ambientes próprios de nudismo há uma certa separação entre os homens desacompanhados de suas companheiras e as famílias que chegam geralmente integrando alguma associação naturista.
Todavia, a população comum daqui mal sabe distinguir o naturismo de nudismo e há pouca aceitação no meio social quanto ao nu. São mais nos balneários e em certos eventos carnavalescos que as pessoas se despem sem mostrarem tudo...
Apesar de ser o desejo de muitos europeus passarem o Carnaval aqui, confesso que preferiria mil vezes curtir um dias aconchegantes numa cada de campo num lugar frio e junto a uma lareira, degustando queijos, doces, chocolates, vinhos, pães e um café bem quentinho pela manhã. Aliás, o verão ameno que faz em algumas serras brasileiras já faria uma considerável diferença.
Abraços e volte sempre.
Amo goiaba!
ResponderExcluirGosta, Núbia? Já escreveu que gosta, sim. Me diga, por favor, a que fruto sabe?
ExcluirBeijinho, querida e qdo quiser passe pelo meu blog, como teu marido já fez. Mto obrigada.
Beijinho e um dia mega feliz.
Bom dia, Céu
ExcluirComo vai?
Super difícil a sua pergunta. Lembra-me uma vez que fui ao Convocado, onde fica o Monumento do Cristo Redentor, e, no trenzinho, uma turista perguntou qual seria o gosto da jaca. Foi muito louco responder. Mas acho que dei conta.
Vamos à goiaba... Ela tem duas partes. Uma casca macia, levemente adocicada e, no seu interior, ficam as sementes. Um pouco mais doces.
Pra mim, ela lembra bem longe o paladar da lichia. Mas sem aquela gosma.
Posso estar enganada quanto à comparação. Porém é o que me vem ao paladar. Só garanto uma coisa. É muito gostosa.
Em breve lhe farei uma visita. Estou doida pra ir no seu blog.
Beijos