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domingo, 25 de fevereiro de 2018

Há que se dialogar com cautela com a Coréia do Norte



Neste domingo (25/02), data do encerramento das Olimpíadas de Inverno na Coréia do Sul, o ministério das Relações Exteriores do país vizinho, classificou as novas sanções impostas pelo governo dos EUA ao seu regime como sendo "ato de guerra". Porém, Moon Jae-In, líder sul-coreano, eis que o ditador Kim Jong-Un estaria disposto a "dialogar".

Confesso não estar por dentro de todos os detalhes dessas tratativas que andam ocorrendo lá na Ásia em que os jogos de Pyeongchang têm sido considerados como uma oportunidade de celebração da paz na mais tensa região do globo terrestre. Porém, como bem sabemos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não contribui nem um pouco para que alcancemos entendimentos em prol da desejada pacificação. Haja vista o seu intencional reconhecimento de Jerusalém como a capital do Estado de Israel, o que acabou gerando mais problemas no Oriente Médio...

Por outro lado, nota-se um movimento cada vez mais sólido para que ocorra a reunificação das duas Coreias. Durante as Olimpíadas deste ano, as delegações de ambos os Estados concordaram que os seus atletas marchassem juntos nas cerimônias de abertura e encerramento dos jogos, sob uma bandeira de unificação, tendo também apresentado uma equipe unificada de hóquei no gelo, na modalidade feminina.

Por certo é lamentável que o atual presidente dos EUA não seja um político hábil e conciliador como o seu antecessor, o qual atuou de maneira exemplar na reaproximação de seu próprio país com Cuba. E ali foi algo bem inteligente já que os conflitos da época da Guerra Fria não têm mais razões de continuar atualmente, sendo certo que todos os países que haviam optado por revoluções socialistas no século XX tendem a se abrir para o mundo porque os modelos das suas economias tornaram-se ultrapassados e, consequentemente, insustentáveis.

Fato é que, caso ocorra a reunificação coreana, ambos os Estados sairão ganhando e haverá ali, em menos de uma década, o surgimento de mais uma potência mundial. Talvez não será como no caso da Alemanha, a qual tornou-se um país inteiramente capitalista, mas creio que, num momento inicial, coexistirão regimes e economias distintas, com autonomia política (não apenas administrativa) nos respectivos territórios atuais cada Coreia.

Qual seja o rumo que essa possível reunificação venha a tomar naquela península, importa para o resto do mundo é se a segurança internacional restará preservada quanto aos riscos de uso de armas de destruição em massa, assim como os direitos humanos. Pois, se os dois Estados se juntarem novamente e isto proporcionar uma sobrevida ao regime brutal de Kim Jong-Un, através das novas relações econômicas, certamente a emenda será pior do que o soneto de maneira que os sul-coreanos correrão o risco de sofrer boicotes também.

Como não estou plenamente informado sobre tudo o que acontece no outro lado do planeta, termino o meu texto sem uma conclusão, manifestando tão somente as minhas preocupações com as atitudes nocivas de Donald Trump e com a necessidade da Coréia do Norte deixar de ser uma ameaça para outros países através de suas bombas atômicas e dos seus perigosos mísseis com alcance cada vez mais potente.

Boa semana a todos e torçamos para que haja paz!


OBS: Foto acima mostrando o líder da delegação norte-coreana, Kim Yong Chol, participando da cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang. Créditos autorais da imagem atribuídos a Yonhap via REUTERS, conforme extraí de uma página no portal de notícias G1.

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