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quarta-feira, 12 de junho de 2013

Reajustes e protestos abusivos



"Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo loca, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente." (Constituição Federal, artigo 5º, inciso XVI)

O que temos visto ultimamente pela TV senão o extremismo sectário de grupos radicas esquerdista arrastando sua militância jovem para as ruas das principais cidades brasileiras?!

Sinceramente, não me agrada a maneira como esses protestos estão sendo conduzidos já que vivemos numa democracia onde todos podem se reunir pacificamente.

Lutar contra o aumento abusivo das passagens é uma causa legítima. Precisamos nos mobilizar em relação a isto e não permitirmos um inflacionamento tão nocivo em nossa economia.

Atualmente, andar de ônibus está caro pra chuchu. Ou melhor dizendo, está caro pra tomate. E esta realidade se reflete em inúmeros municípios brasileiros. Só aqui em Mangaratiba, no litoral sul fluminense, a tarifa no transporte urbano está custando R$ 3,60 (três reais e sessenta centavos) e pode sofrer um aumento este ano. No Rio de Janeiro (capital), se o trabalhador andar de metrô mais ônibus, ele pode gastar quase R$ 10,00 de ida e volta. Um absurdo!

Entretanto, protestar com violência e quebra-quebra torna-se tão abusivo quanto a majoração da passagem nos transportes públicos. Um absurdo ainda maior porque não respeita o Estado Democrático de Direto e que contribui para prejudicar o movimento.

Ora, que cidadania é essa em que manifestantes incendeiam as ruas e jogam pedras nos policiais que são trabalhadores dignos como todos nós?! Por que tanta agressão e desrespeito?

Acredito que, dentre os que participam dessas passeatas, também se encontram pessoas de bem e gente que não promove tumultos. Penso que não podemos jamais generalizar e a mídia deveria também mostrar os protestos ordeiros ao invés de focarem com maior ênfase os que fazem baderna.

Pois é, meu caro internauta. Infelizmente a TV não mostra tudo. Só o que interessa ao sensacionalismo. E, enquanto isso, o movimento contra o aumento das passagens enfraquece.


OBS: Foto atribuída a Pablo Capilé / Fora do Eixo, extraída do site da Agência Brasil em http://www.ebc.com.br/cidadania/galeria/imagens/2013/06/fotos-da-manifestacao-contra-o-aumento-da-tarifa-de-onibus-em-sao

7 comentários:

  1. boa tarde!
    Eu já estive na USP tentando conversar com estes baderneiros para fazerem diàlogo - nossa ficaram bravos - o negócio deles é baderna mesmo - até a senhora do sindicato soltou os cachorros pra cima de mim e falou que preferem ir fazer baderna lá na assembleia e não conversar com o PT - pode?

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    1. Boa tarde, Claudete.

      Realmente são coisas complicadas de se entender mas que, felizmente, não refletem o comportamento da maioria de nossa população e dos nossos jovens.

      Vejo que, por trás dos protestos, estão grupos políticos inexpressivos que tentam a todo custo radicalizar. Contudo, fico indagando por que existiriam jovens hoje em dia que se deixam sugestionar por essas ações violentas? O que querem? Estariam mesmo conscientes do que fazem ou encontraram ali um meio equivocado para extravasarem seus conflitos emocionais?

      Diante dos fatos, o que mais lamento é o movimento contra o aumento das passagens se enfraquecer. Pessoas que poderiam sair de casa para ire nessas passeatas, acabam evitando participar.

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  2. Ainda bem que os protestos contra os desmandos das operadoras de telefonia, estão só no âmbito do PROCON. (rsrs)

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    1. No âmbito do PROCON e também nos âmbitos da ANATEL e da Justiça. Principalmente nos Juizados Especiais Cíveis!

      Enquanto esses desmandos das prestadoras de telefonia fixa e móvel alimentam a permanente indústria do dano moral, apaziguando as frustrações dos consumidores, o mesmo não podemos afirmar em relação às empresas de ônibus, trens, barcas e metrôs, exceto das companhias aéreas. Pensando no bem estar do turista durante os grandes eventos, os Juizados Especiais vão funcionar a todo vapor nos aeroportos do Rio por esses dias da Copa das Confederações. Mas por que o Tribunal de Justiça não faz o mesmo na Central do Brasil e começa a punir a Supervia pela absurda super lotação nos vagões?! Quando vou à Cidade Maravilhosa, já pego trem lotado no terminal de Santa Cruz que é fim e começo de linha...

      Se pensarmos bem, temos muitos motivos para ir às ruas e protestarmos. Pena que a radicalização de determinados grupos extremistas coloca muita coisa a perder e termos de mobilização social. Há muito o que ser discutido em relação às políticas de transportes. Principalmente dentro das cidades, entre municípios próximos e regiões metropolitanas.

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    2. Em tempo!

      Foi ótima essa comparação que fez com as companhias de telefonia, Levi.

      Se a Justiça pegasse mais duro com uma empresa de ônibus, distribuindo indenizações para as situações em que um passageiro viajasse desconfortavelmente por causa da super lotação, a viagem demorasse além do previsto, o motorista não parasse no ponto ou o veículo quebrasse no caminho, a insatisfação social diminuiria. Uma coisa é o usuário sofrer um problema assim eventualmente. Outra é quando a coisa acontece sempre.

      Este é um país de desproporcionalidades. Se o consumidor fica além do tempo legal na fila do banco aguardando o caixa atendê-lo, há juízes que, por um único evento, concedem indenizações ainda que estas costumem ser baixas. Mas o que dizermos dos transportes públicos?

      Nos recentes anos, acompanhei o andamento de uma ação movida pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro em face da empresa responsável pelo Metrô. Pois bem. Embora tenha tido um desfecho, o processo demorou. Como resultado, o Metrô acabou adquirindo trens novos e mais espaçosos disponibilizando-os para a Linha 2 que atende as localidades mais humildes da Zona Norte carioca. Ainda assim, é comum passageiros ainda viajarem em pé e, conforme o horário, bem espremidos.

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  3. O atrito, o conflito, o confronto, podem ser consideradas coisas naturais de uma sociedade complexa que abriga ainda muita injusta como é a nossa. E nesse sentido é sempre um engano pensar que se pode estar de fora só colhendo frutos.
    O lamentável mesmo neste casos recentes é perceber que é mais pretexto para baderna, sem uma finalidade que realmente valha apena. É coisa que não ajuda em nada, da turma do "Se hay gobierno,soy contra"
    Quem diria. O que mais está me chamando a atenção de forma positiva é a atuação da policia de maneira geral agindo com energia mas sem covardia. A covardia veio do cidadão comum que acelerou seu carro para cima dos jovens. E isso é o que resume esse confronto, os desesperados contra os sem noção. Lamentável!

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    1. Caro Gabriel,

      Numa situação como esta fico a indagar se os manifestantes não estão agindo como alienados apesar de muitos ai talvez se identificarem com pensadores a exemplo de Marx, Lênin e Chê Guevara?

      O governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB) quer que esses episódios sejam tratados como casos de polícia e, apesar de seu conservadorismo de meia direita, não discordo dele. Afinal, até quando iremos passar a mão na cabeça do infrator quando ele é motivado por razões políticas?

      Você lembrou de um outro fato importante sobre o motorista que avançou em cima dos manifestantes. Não sabemos ainda qual foi a causa da sua conduta, mas me lembrou do homem que jogou seu carro dolosamente em cima dos ciclistas numa outra manifestação (acho que em Porto Alegre) sendo aquela pacífica e a de hoje não.

      Serei sempre favorável aos protestos, desde que pacíficos.

      Abraços.

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