Uma das notícias mais comentadas desta terça-feira (20/08) foi a que o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em primeira instância, aceitou a denúncia oferecida na quarta passada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais outras sete pessoas. A ação penal foi acolhida na íntegra e atribui ao petista o cometimento dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Considero pouco provável que Moro, após receber tal denúncia, resolva decretar a prisão de Lula. Porém, tenho dúvidas se, diante dos resultados dos julgamentos e dos desgastes provocados por essas ações judiciais, o PT não ficará sem um candidato competitivo para 2018. Pois, segundo li no Blog do Camarotti (clique AQUI para conferir), parece que os petistas já estão contando com um cenário sem o seu principal nome daqui uns dois anos:
"Em dado momento da conversa, a avaliação era que, por ser um estrategista, o juiz Sérgio Moro não correria o risco de decretar uma prisão imediata de Lula, já que poderia ter uma forte reação política de bases sociais ligadas ao PT. Apesar desta análise, há o reconhecimento de que a condenação acontecerá de forma rápida, antes de 2018, e que deve ser referendada pelo Tribunal Regional Federal em Porto Alegre. A preocupação é que a eventual condenação de um colegiado acabará enquadrando Lula na lei da Ficha Limpa, o que impediria a candidatura dele nas próximas eleições presidenciais."
Se Lula não ficar inelegível até lá, acredito que deverá chegar nas eleições seguintes com uma imagem bem desgastada de modo que a sua eventual candidatura poderá nem mesmo ajudar a fazer muitos deputados pelo partido. E aí fica a indagação, se o PT ainda assim lançará o ex-presidente, outro nome da legenda, ou ainda se irá apoiar Ciro Gomes (PDT), contentando-se com o lugar de vice na chapa.
O cenário anda incerto e pessimista para eles. Conforme os resultados destas eleições municipais nas capitais e cidades maiores, é possível até que depois faltarão candidatos fortes no PT uma vez que muitos políticos andam migrando para o PSOL e a REDE, além de outras agremiações. Sem esquecermos que as coisas não andam nada bem com o governador Pimentel em Minas Gerais.
Conclui-se que o ambiente é de incerteza entre os petistas e que essa indefinição prejudica o partido de Lula a crescer nestas eleições, ganhar novos filiados e formar futuros candidatos fortes. Logo, nesse futuro duvidoso, é mais provável que o PT acabe virando mais uma legenda de aluguel e o seu fim poderá contribuir para o surgimento de uma esquerda progressista de orientação não marxista - a REDE da Marina Silva.
Aguardemos, portanto, o final de outubro chegar.
OBS: Créditos autorais da imagem acima atribuídos a Marcelo Camargo/Agência Brasil, conforme consta em http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-09/defesa-de-lula-diz-que-decisao-de-moro-nao-causou-surpresa
No Brasil é como em Portugal. A politica vai de mal, a pior. Quem paga é o Zé povinho.
ResponderExcluirBjos
http://deliriosamoresexo.blogspot.pt/
O Brasil está cheio de políticos presos. Uma vergonha!
ResponderExcluirMeu pensamento é que a politica para ter correção precisa que as pessoas de bem se apresentem e não se omitam para disputarem os cargos eletivos. Do contrário, vamos deixar os maus na condição da coisa pública.
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