Na noite desta terça-feira (27/09), morreu aos 93 anos o ex-presidente e ex-primeiro-ministro israelense Shimon Peres. Ele havia sido internado no dia 13 deste mês após ter sofrido um AVC.
Como se sabe, Peres foi um dos grandes nomes de bem da política internacional no século XX, tendo se tornado um dos ganhadores do Prêmio Nobel de 1994 pelos chamados Acordos de Paz de Oslo, os quais foram concluídos com Yitzhak Rabin e o líder palestino Yasser Arafat.
Após ter exercido o cargo primeiro-ministro de seu país em duas ocasiões (1984-86 e 1995-96), Peres ainda assumiu neste século a Presidência israelense (2007-14), uma instituição que, nos Estados de sistema parlamentarista, não possui a função de governança mas tem a responsabilidade de fazer articulações entre os três poderes do Estado e o povo. E, nesses sete anos de mandato, ele buscou promover uma mensagem a favor da paz sendo que, em diversas ocasiões, chegou a romper a sua neutralidade institucional a ponto de ser visto como o único opositor do primeiro-ministro belicista Benjamin Netanyahu.
Peres nasceu na localidade de Wiszniew, então parte da Polônia, mas que hoje é denominada Višnieva e pertence a Belarus. Sua família mudou-se para o Palestina ainda sob o domínio britânico antes de ser criado o Estado de Israel no ano de 1948. Consorciou-se em maio de 1945 com Sonya Gelman, a quem ele conhecera num acampamento para jovens. Juntos tiveram três filhos, tornando-se avô oito netos.
Para o Oriente Médio, Peres deixa o seu legado de luta pela paz, a qual, infelizmente, ainda não foi alcançada naquela sangrenta região. Porém, trata-se de um sentimento que representa o desejo de muitos israelenses e palestinos de bem assim como de quase a totalidade da opinião pública mundial. Por isso, este blogueiro não poderia deixar de homenagear a sua pessoa.
OBS: Foto acima com Peres no centro ao lado de Arafat e Rabin oriunda de Israel/Government Press Office, conforme consta na reportagem do G1 em http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/09/shimon-peres-ex-primeiro-ministro-israelense-morre-aos-93-anos.html
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