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sábado, 14 de abril de 2018

Continuando com as caminhadas na floresta



Neste sábado, não resisti e fui pra floresta caminhar.

Já estava me sentindo um pouco enferrujado, porém resolvi não me acomodar e, quando deu dez horas da manhã, tomei banho, vesti uma roupa leve, calcei o tênis novo da Olympikus que ganhei de aniversário da minha mãe, botei uma garrafa d'água na mochila, besuntei a cara de protetor solar (que Núbia fez questão de passar em mim) e parti.

Desta vez, nada de fotos. Aliás, estou precisando de um celular novo. Porém, curto melhor os passeios sem carregar o aparelho. Ou melhor, sem ter que registrar o momento, podendo vivenciar intensamente cada instante com maior intensidade.

Subir a trilha que vai da cachoeira de Muriqui até à localidade de Rubião, na Serra do Piloto, pode ser cansativa. Porém, o caminho é atrativo pelo verde intenso da mata, pelo ar puro e todo aquele visual em volta do excursionista. Há vários córregos, nascentes e quedas d'água pelo trajeto. Nosso reservatório daqui de Muriqui, pelo qual passei logo no começo do trajeto, estava bem cheio felizmente.

Devo ter perdido a conta de quantas vezes já subi nesta trilha, coisa que repito desde 2003, quando nem morador era daqui do Município. Porém, é sempre recompensador quando se chega ao alto e vislumbramos o bucólico vale do Rubião cercado por morros, florestas e pastagens. As poucas residências ali existentes são em geral pequenos sítios usados mais para lazer do que como moradia fixa. E há um número considerável de pessoas vivendo no lugar.

Do alto da trilha até à rodovia RJ-149, anda-se quase dois terços do trajeto numa estrada de chão que, na maior parte do percurso, acompanha um rio. Encontrei no caminho pessoas de moto, uns pouquíssimos moradores andando à cavalo e vários cachorros soltos que ficam latindo para que nenhum estranho lhes tire o território perto de suas casas. Nas propriedades, o tipo de fruteira que mais chamou atenção pela época foram os pés de caqui que estavam carregados. Fiquei com água na boca.

Na rodovia RJ-149, resolvi dar uma esticada breve até Bela Vista que é a sede do Distrito da Serra do Piloto e dista uns poucos quilômetros da entrada da estrada para o Rubião. Como houve uma ruptura de um trecho da via, conforme informei na postagem de 08/04 (clique AQUI para ler), quase não tinha movimento de veículos, o que me deu mais tranquilidade para prosseguir a pé. Vez ou outra, vinha um automóvel.

Devido ao problema, Bela Vista estava simplesmente vazia com vários comércios fechados, inclusive a pousada. Não consegui achar um lugar para almoçar ali e acabei fazendo um lanche na padaria onde comi um pão com queijo mais café. Conversei com algumas pessoas do local que me falaram sobre a morte trágica da jovem que havia sido arrastada pela tromba d'água que caiu na sexta-feira semana passada e das dificuldades novas que surgiram com o isolamento do Distrito do restante do Município.

Minha volta foi bem tranquila. Resolvi descer a RJ-149 até à rodovia BR-101. Só que, numa parte do percurso (do Bebedouro da Barreira até o bairro Acampamento), peguei a velha Estrada do Atalho que é toda trabalhada em pedras desde a época da escravidão e segue paralelamente pela mata. Foi outro momento bem gostoso em contato com o verde.

Cheguei exausto no ponto de ônibus que tem próximo ao Fórum de Mangaratiba e dali retornei direto para Muriqui. Já deveriam ser quase cinco da tarde e creio ter andado entre 25 a 30 quilômetros. E pra quem já estava meio que fora de forma assim como ganhado peso por haver ficado mais sedentário nas atividades (desde meados de 2016), até que aguentei bem.

Agora já tarde e com o corpo moído, vou ver se daqui a pouco deito para descansar. Afinal, dormir depois de um passeio desses é tudo de bom.

Ótimo domingo a todos!

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