Os jornais não param de transmitir notícias sobre o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL), morta a tiros na noite de quarta (14/03) juntamente com o seu motorista, Anderson Gomes, após haver deixado um evento no Centro do Rio. O fato ocorreu no bairro do Estácio, também na região central da cidade, por volta das 21 horas e 30 minutos.
O caso repercutiu no meio político, gerando manifestações de diversas lideranças pelo país. O deputado estadual do PSOL Marcelo Freixo considerou o crime "inadmissível" e prometeu cobrar das autoridades uma investigação séria sobre o acontecimento que, conforme tudo indica, pode mesmo configurar uma execução:
"A gente vai cobrar com rigor, todas as características são de execução. Evidente que vamos aguardar todas as conclusões da polícia, cabe à polícia fazer a investigação, mas a gente, evidentemente, não vai nesse momento aliviar isso. As características são muito nítidas de execução, queremos isso apurado de qualquer maneira, o mais rápido possível".
Um dia antes de ser morta, a vereadora postou em sua conta no Twitter um desabafo sobre a criminalidade na cidade. A parlamentar comentou sobre as mortes de pessoas da comunidade em decorrência das operações de combate ao crime no Rio de Janeiro ao citar o homicídio do jovem Matheus Melo que estava saindo da igreja quando foi atacado. E, recentemente, questionou as ações truculentas da Polícia Militar na comunidade de Acari em que chegou a chamar o 41° BPM de "Batalhão da morte".
Por voltas das 18 horas desta quinta (15/03), os corpos das vítimas foram enterrados sob forte emoção de amigos e de familiares, após terem sido velados na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Tudo num clima de muita comoção e aplausos.
Também na data de hoje o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, prometeu a soma de "todos os esforços" para encontrar os assassinos. Ele falou com a imprensa no Centro Integrado de Comando e Controle, ao lado do chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, e do diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro. E, antes da coletiva à imprensa, Jungmann se reuniu com o interventor federal do Rio, general Braga Netto, e com o general Richard Nunes, secretário de Segurança do estado.
Independentemente de se apoiar ou não a intervenção no Rio de Janeiro, ou de se concordar com as opiniões da vereadora, todos no meio político precisam se solidarizar com esse acontecimento, o qual é o reflexo da insegurança que vive esse estado bem como da concorrência de muitos outros fatores. E as autoridades não devem medir esforços a fim de que os responsáveis pela covardia sejam encontrados e exemplarmente punidos.
Chega de violência!
OBS: Imagens acima extraídas respectivamente dos perfis do Facebook e do Twitter da vereadora Marielle
Na sessão de hoje da Câmara Municipal de Mangaratiba, os vereadores fizeram um minuto de silêncio pela morte da vereadora da cidade do Rio de Janeiro.
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