Como não admirar a trajetória da chanceler Angela Dorothea Merkel, reeleita ontem (13/03), por 364 votos a 315 no Parlamento alemão, para o seu 4º mandato no cargo que vem ocupando desde novembro de 2005. Trata-se, pois, da mulher que mais tem marcado a política no seu continente e no mundo neste século XXI cheio de incertezas.
Possivelmente, este será o último e o mais desafiador mandato da chanceler devido às dificuldades que enfrentou para formar a atual coalizão que governará o país. Esta é formada pelo Partido Social-Democrata (SPD), a União Social Cristã (CSU) e pela União Democrata Cristã (CDU), a qual é o partido de Merkel.
Como se sabe, depois das eleições de setembro/2017, essa coalizão só foi formada no atual mês, quando o SPD concordou em participar da aliança. Pois, em todo este período, Merkel tem seguido no poder interinamente.
Vindo de um partido que poderíamos considerar como de "centro direita", Merkel tem se mostrado uma liderança bem flexível, capaz de conciliar as questões conservadoras. Vejo-a, portanto, como uma política equilibrada, uma qualidade indispensável nesse momento de crise global em que há um forte apelo para o radicalismo na sociedade devido à insatisfação dos eleitores com a política.
Que os políticos do Brasil mirem-se no seu exemplo. E que as nossas mulheres se encorajem para o ingresso na política, espaço que deve ser ocupado por ambos os gêneros.
Ótima quinta-feira para todos!
OBS: Créditos autorais da imagem atribuídos a Kai Pfaffenbach/Reuters
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