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sábado, 30 de abril de 2016

Abril de extremos




Que frio está fazendo este final de semana, não?

Interessante como que o mês foi, ao mesmo tempo, o mais quente das últimas sete décadas em diversos lugares do país como também acabou registrando as menores temperaturas da época em relação aos anos que se passaram. Ontem mesmo, o portal UOL trouxe a notícia Abril mais quente da história bate recorde de frio nesta sexta, informando que:

"O mês de abril mais quente já registrado em São Paulo acaba de bater também um recorde de frio: a temperatura máxima de 16,5° registrada nesta sexta-feira, 29, foi a mais baixa para uma tarde de abril nos últimos 45 anos, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Além disso, a temperatura mínima 11,8°C da manhã desta sexta foi a menor do ano pelo segundo dia consecutivo. O frio foi o mais intenso em abril desde 1999, quando os termômetros chegaram a 8,3 °C. Apesar do frio, que chegou à capital paulista na quinta-feira, 28, este mês provavelmente baterá o recorde de abril mais quente da história na cidade, de acordo com Franco Villela, meteorologista do Inmet."

Se analisarmos a situação política do país, bem que a meteorologia poderia nos servir de metáfora. Afinal, a sociedade brasileira passou a viver uma certa polarização recentemente. No dia em que a Câmara votou sobre o impeachment da presidente Dilma, em 17/04, um vergonhoso muro havia sido colocado para separar os manifestantes na Esplanada dos Ministérios entre os que seriam a favor e contra ao impedimento da mandatária.

Penso que, assim como as temperaturas extremas provocadas pelos efeitos do aquecimento global não fazem bem ao planeta, a divisão do Brasil não promove benefício algum. Pois, embora seja até saudável que haja divergência de opiniões entre às pessoas, eis que a pluralidade de pensamentos se distingue das posições irracionais e despolitizadas que vem sendo tomadas por muitos, deixando de lado o foco na solução dos problemas coletivos.

O fato, meus amigos, é que já estamos em recessão profunda, tendo o desemprego e a crise criado um círculo vicioso. Isto porque, com menos empregos no mercado, sofremos também uma redução na renda do consumidor, e, obviamente, tem os um menor consumo. Por sua vez, essa queda reforça a diminuição de investimento dos empresários, repetindo o indesejável ciclo de demissões.

Diante disso, não pode a sociedade e nem as nossas lideranças políticas se manterem divididas quando a pauta for a retomada do crescimento do país. Logo, precisamos aprender a lidar com as nossas diferenças e evitarmos os extremos já que a radicalização em nada contribui para o progresso da nação. Afinal, está em jogo o interesse do trabalhador e de sua família, sendo o pobre quem mais padece com as crises.

Um ótimo domingo de feriado a todos e que venham dias melhores em maio!


OBS: Mapa acima extraído de uma página da Agência Brasil com atribuição de autoria a MetSul Meteorologia, conforme consta em http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2016-04/massa-polar-derruba-temperaturas-em-grande-parte-do-territorio-brasileiro

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