Hoje (05/04). Renan Calheiros (PMDB-AL) manifestou-se favoravelmente à antecipação de eleições gerais (para presidente e para a Câmara e o Senado) como forma de se buscar uma solução quanto à crise política. Conforme pude conferir numa matéria do portal de notícias G1 (clique AQUI para ler na íntegra), o presidente do Senado teria comentado sobre a proposta do seu colega de partido, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), o qual, na data de ontem, defendeu na tribuna da Casa a antecipação da eleição presidencial para outubro deste ano (junto com a eleição municipal) como uma alternativa para o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
No entanto, como o próprio Renan expôs, tratam-se de propostas diferentes, tendo esclarecido que:
"Antecipação de eleição presidencial é uma outra coisa. A tese da eleição geral que está sendo defendida, é uma tese mais ampla e pode significar uma resposta da política ao Brasil, que continua a demonstrar muita ansiedade neste momento. Eleição geral é eleição para todo mundo, e só é geral se for assim."
Comentando a respeito, a presidente Dilma não se posicionou totalmente fechada à ideia, embora não tenha mostrado qualquer simpatia.
"Eu acho que essa proposta, como várias outras, são propostas. Não rechaço nem aceito. É uma proposta. Convença a Câmara e o Senado a abrir mão dos seus mandatos. Aí você vem conversar comigo"
Nas circunstâncias em que Dilma, Temer e Cunha se encontram, estando todos eles com o risco de perder os seus respectivos mandatos, vejo que nossas autoridades não têm muito o que escolher. Aliás, até o Renan, que já teve seu nome relacionado a fatos da operação Lava Jato, sabe que pode colher resultados negativos.
O fato é que, se tivermos eleições presidenciais em outubro deste ano, dificilmente o PT leva. Aliás, mesmo com o Lula se apresentando, a sua candidatura pode nem ir para o segundo turno, o que representaria a queda do lulismo/petismo consolidada pelas urnas.
Como tudo na vida tem seus prós e contras, a convocação de novas eleições presidenciais em 2016, ou mesmo gerais, interessa mais a quem deseja renovar a política. Pois para o PMDB o impeachment seria a melhor oportunidade assim como para a maior parte da oposição. As exceções seriam a REDE de Marina Silva e o PSC de Jair Bolsonaro, além do PSDB que entrou com a ação no TSE para cassar os votos da chapa Dilma/Temer e aguarda julgamento. Já o PSOL, se não tivesse se juntado ao PT para defender o mandato tampão da presidenta, poderia estar se beneficiando com essa possibilidade de ascensão ao poder ainda que o eleitor, no momento, deva pender mais para a "direita" do que pra "esquerda".
Por desconhecermos se o TSE irá mesmo cassar a chapa Dilma/Temer e, caso positivo, quando vai ser, eis que a questão do impeachment ainda permanece em mesa, o qual tem chances reais de acontecer logo este mês. Porém, se a presidente e seu vice tiverem o bom senso de renunciarem coletivamente, num acordo de cavalheiros, tudo se resolveria com maior facilidade Aí Cunha assumiria apenas temporariamente e novas eleições seriam convocadas.
Vamos acompanhar!
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