Nesta terça-feira (17/02), o principal assunto daqui de Mangaratiba foi a possibilidade de que a data das eleições suplementares seja no dia 28/10, último domingo de outubro, quando, coincidentemente, teremos a realização do segundo turno do pleito geral. Porém, em meio a toda essa euforia, vieram a minha mente algumas reflexões...
Em novembro, Mangaratiba completará seu 187° aniversário e não falta muito para chegar o nosso bicentenário que será em 2031.
Bem, trata-se de uma data emblemática mas que traz consigo um certo significado. Principalmente quando pensamos em planejamento e na cidade que queremos para as próximas décadas.
Ora, pensando sobre a expectativa de arrecadação com os aguardados royalties do minério, que deverão ser pagos já neste ano, e o inevitável desenvolvimento que a região da Costa Verde pode experimentar já na próxima década com a exploração do pré-sal na Bacia de Santos, possivelmente o nosso orçamento deverá ganhar mais um dígito atingindo a cifra dos bilhoes de reais.
Assim, creio que chegaremos aos 200 anos irreconhecíveis tal como ocorreu com a próspera Região dos Lagos. Porém, do que adiantará mais dinheiro e investimentos se os governantes não sabem como gerir os recursos públicos?
Fato é, meus amigos, que, se não revermos a nossa conduta errante e não tirarmos os velhos hábitos de nossa política viciada, a cidade poderá continuar sofrendo por mais dois séculos. Pois, da mesma maneira como a Região dos Lagos não soube aproveitar as oportunidades com a exploração petrolífera na Bacia de Campos, o progresso que deverá vir trazendo inúmeras empresas para o litoral sul-fluminense acabará piorando a nossa condição nos aspectos ambientais e sociais.
Que diante desse desafio, haja em Mangaratiba uma visão ampla de sua realidade total (passado, presente e futuro) de modo que, se preciso for, possamos até nos opor contra um modelo de desenvolvimento que, na prática, acaba sendo muito ruim.
Ótima quarta feira a todos!
Olá, Rodrigo!
ResponderExcluirGrata por sua vista, votos de melhoras e comentário.
É importante pensarmos a médio, longo prazo, pois todos ficarão a ganhar. Mangaratiba merece e vocês, também.
Abraço.
Olá, CÉU.
ExcluirObrigado por sua visita e comentários.
Eu embora seja contra a exploração de petróleo nas nossas águas, por entender que a atividades causa danos ao meio ambiente, também procuro elaborar uma espécie de "plano B" para que o Município possa adaptar-se aos impactos causados pelo progresso.
Em meu ponto de vista, a verdadeira riqueza é termos a natureza preservada e fazermos um uso sustentável dos recursos naturais renováveis, de modo que defendo até o fim da passagem do trem de minério aqui e do porto usado para exportar a produção mineradora.
Todavia, julgo que, no atual contexto da política brasileira, dificilmente nós ambientalistas impediremos a abertura de mais uma área de exploração petrolífera aqui a exemplo do que já ocorre há mais de vinte anos no norte do estado, considerado como o "Kwait brasileiro". Municípios como Macaé e Campos recebem bilhões de royalties das companhias petrolíferas e pouco investem adequadamente para compensar o meio ambiente. E ainda que assim investissem, entendo que sairiam perdendo.
De qualquer modo, vou caminhando e buscando as alternativas que são possíveis.
Um abraço e volte sempre!