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sábado, 9 de abril de 2011

O Wellington que existe em cada um


Nosso país ainda se encontra consternado com o massacre ocorrido em 07/04/2011 na escola de Realengo, Rio de Janeiro, onde o assassino Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, atirou em vários estudantes dentro de uma sala de aula, tendo sido a maioria das vítimas meninas adolescentes.

Como geralmente acontece nestas ocasiões, surgem pessoas defendendo a adoção da pena de morte. Já outros indagam como um ser humano pode ser capaz de cometer uma atrocidade dessas, de modo que eu cheguei a encontrar comentários na internet de que o assassino fosse o próprio diabo em forma de gente, na certa desejando que ele já estivesse a arder no fogo do inferno.

Entretanto, o que muito me chamou a atenção neste caso, além das questões religiosas, foi a preocupação de Wellington em relação aos indefesos animais, muito incoerente em relação aos atos por ele praticado nesta quinta-feira. Na carta por ele assinada, o maníaco escreveu que a sua casa deveria ser destinada para abrigar os bichos de rua, conforme pode ser lido no trecho a seguir:


“(...) Eu deixei uma casa em Sepetiba da qual nenhum familiar precisa, existem instituições pobres, financiadas por pessoas generosas que cuidam de animais abandonados, eu quero que esse espaço onde eu passei meus últimos meses seja doado a uma dessas instituições, pois os animais são seres muito desprezados e precisam muito mais de proteção e carinho do que os seres humanos que possuem a vantagem de poder se comunicar, trabalhar para se alimentarem, por isso, os que se apropriarem de minha casa, eu peço por favor que tenham bom senso e cumpram o meu pedido (...)”


A verdade é que qualquer um de nós é capaz de matar e até de praticar as mesmas coisas que fez Wellington. Isto porque somos todos psicopatas em potencial. Basta que venhamos a alimentar coisas negativas em nosso íntimo, cultivando o ódio e desejos homicidas, para que um dia acabemos transgredindo certos limites da convivência humana.

Nunca cheguei a concretizar um homicídio, mas já agredi pessoas. Tanto fisicamente como por palavras. E, durante um lamentável período de minha vida, desenvolvi um comportamento digno de um psicopata que veio à tona em junho de 1997 também numa instituição de ensino. Foi quando usei computadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) para divulgar mensagens preconceituosas contra negros e homossexuais, pregando abertamente o extermínio de gays.

http://www1.folha.uol.com.br/fol/tec/tx033414.htm

Com 21 anos e cursando Administração naquela universidade, aparentemente eu tinha tudo para levar uma vida sadia e bem sucedida. Jovem de classe média alta, morava em um apartamento só pra mim dado pelo avô. Recebia uma boa mesada equivalente a mais de seis salários mínimos da época que me permitiu poupar dinheiro para aplicar em fundos de investimento nos bancos. E, embora fosse obeso, tinha boa aparência, não era portador de doenças graves e oportunidades não faltavam para eu me dar bem. Só que joguei fora muitos dos presentes que a vida tinha proporcionado.

É certo que tive transtornos familiares desde a infância. Assisti minha mãe apanhando do genitor do meu irmão do meio, perdi o meu pai aos 7, passei a ser criado pelos avós paternos a partir da 2ª série do 1º grau, tive uma adolescência auto-reprimida sem amigos e namorada e aos 14 tornei-me um fanático religioso.

Contraditoriamente, fui um excelente aluno no 1º grau, pois costumava tirar notas excelentes, era um dos melhores nas turmas e fui até selecionado para participar de uma Olimpíada de Matemática na 8ª série (1991). Meus professores diziam aos estudantes do grupo de elite intelectual do colégio que não precisaríamos nos preocupar com o futuro quanto à nossa inserção no mercado de trabalho e nas instituições de ensino superior porque seríamos adolescentes bem dotados. Porém, o meu lado emocional ainda se encontrava cheio de bloqueios e eu tinha enormes dificuldades de ajustamento com os colegas a ponto de ter sido convidado a deixar várias escolas (andei por 12 instituições ao todo no 1º e no 2º graus) e sofria o tal do bulling que até então nem era diagnosticado com este termo no país.

No 2º grau, os bloqueios emocionais já estavam prejudicando o aprendizado escolar, afetando meu interesse e a concentração na sala de aula para acompanhar as explicações do professor. Aos 17, afastei-me da igreja por não mais aguentar os cultos. Eu me sentia impuro por causa dos desejos por sexo e não suportava estar em pecado dentro do ambiente eclesiástico. Como não tinha namorada, por não conseguir aproximar-me das garotas, tive as primeiras relações sexuais com prostitutas, o que ocorreu antes do primeiro beijo na boca.

Outra contradição no meu comportamento era que, apesar de tímido, eu tinha facilidade para escrever. Não sentia medo de falar em público para pessoas desconhecidas e fazia frequentes perguntas polêmicas dentro da sala de aula (um dos principais motivos do bulling). E, também aos 17 anos, envolvi-me com política estudantil, o que se tornou uma substituição da igreja (ou da compulsão), tendo eu percorrido mais de 40 escolas na cidade afim de formar um número grandes de grêmios nos colégios afim de disputar a presidência da entidade estudantil secundarista local. Queria deixar minha marca no movimento, mas acabei passando para a faculdade no vestibular.

Depois daquele envolvimento inicial com a política, minhas novas compulsões foram juntar dinheiro e a internet. Comecei a usar a rede no final de 1995 quando comecei meu curso de Geografia no turno da noite na UFJF. Demorava horas no computador, tendo chegado a esconder-me um dia no laboratório de informática. Descobri o bate-papo virtual através de chats acessado via telnet que funcionada na UFMG e em outras instituições. Também incluí meu e-mail em listas de discussões mantidas pela Unicamp, sendo que uma delas era justamente sobre sexo, coisa que raramente eu fazia.

Tendo mudado meu curso para Administração em 1997, após ter prestado novo vestibular, meu vício de internet continuou. Logo no começo do período letivo, houve uma greve dos professores universitários e eu aproveitava para usar o computador quase todos os dias na faculdade. Também fiquei muito impressionado com o assassinato do índio Galdino no mês de março daquele ano em Brasília e apreciava a reconstituição da cena feita pelos telejornais. Depois que as aulas voltaram, senti dificuldades de acompanhar algumas disciplinas e aquilo muito me frustrava, temendo pelo fracasso profissional. Então, ao invés de resolver a dificuldade, eu continuava fugindo para a internet e me fixei na tal lista de discussão sobre sexo.

Enquanto a maioria dos participantes do grupo virtual debatia sadiamente sobre sexualidade, resolvi chamar a atenção escrevendo mensagens discriminatórias contra os homossexuais. Vendo que os meus comentários repercutiam no grupo, fui postando e-mails cada vez mais bombásticos e que causavam reações de protesto dos participantes. Uma das mensagens, “Um mundo sem gays”, despertou o professor Luiz Mott da UFBA e do Grupo Gay da Bahia a manifestar o interesse de me processar, mas não me fez frear.

Sem dar valor a mim mesmo, fui ainda mais longe e extrapolei limites. Um certo dia, decidi escrever que era racista e enviei uma mensagem com o subject “Como espancar um gay” onde fiz apologia explícita ao assassinato e à violência aos homossexuais masculinos, chegando a expor técnicas de tortura e sobre como ocultar o cadáver da vítima. Resolvi responder ao professor Luiz Mott ameaçando incendiar a sede de sua ONG.

Poucos dias depois, quando o caso chegou aos grandes jornais do país, fiquei perplexo com aquela repercussão. O Brasil inteiro queria saber quem seria o internauta racista que pretendia matar homossexuais. E, como o login do e-mail na universidade era grafado como “rancora” (formado pela primeira letra do meu nome junto com o segundo sobrenome), não ficou difícil para que as pessoas da família descobrissem antes da imprensa de que o caso do estudante rancoroso tinha a ver comigo.

Tudo aquilo me preocupava e ao mesmo tempo me excitava. Eram os meus cinco minutos de fama. Já que eu não conseguia ir bem nos estudos universitários, não alcançava a santidade, não conseguia uma garota para namorar, estava bloqueado para escrever novos artigos nos jornais e me sentia muito infeliz, aquela foi uma maneira de deixar a marca de minha existência no mundo – o primeiro crime virtual de racismo no país. Ao ler grupos de direitos humanos repudiando o conteúdo das mensagens, minha mente doentia delirava como se estivesse tendo um orgasmo. Um dia, vendo que a notícia já estava indo para o esquecimento, apresentei-me ao jornal local como o dono do e-mail, mas negando a autoria do delito sem fornecer explicações sobre como meu login e senha pudessem ter sido acessados por uma terceira pessoa. Então fiz a polêmica durar mais tempo.

Praticamente ninguém acreditou na mentira que contei aos jornais e ainda bem que senti a angústia daquela brincadeira burra. Mesmo sem nunca ter matado alguém com as mãos, aquelas mensagens configuravam crime e poderiam justificar tranquilamente uma expulsão da faculdade através de processo administrativo. Vovô, que estava completando 80 anos, ficou transtornado quando soube do envolvimento do neto e os outros familiares também se preocuparam. Meu desespero passou a ser tanto que perdi a paz, desejando retornar no tempo e evitado tudo aquilo.

Apesar de meus advogados terem apresentado uma prova técnica de que existe a possibilidade da conta de e-mail ser violada por terceiros em terminais coletivos de acesso à internet através de um programa que captura tudo que o usuário digita no teclado, fui declarado culpado pela comissão de professores da UFJF. Então, espelhando-me na renúncia feita pelos deputados corruptos investigados pelas CPIs, contrariei minha família quando deixei de renovar a matrícula no semestre seguinte afim de evitar a expulsão. O ano de 1997 tornou-se então um tempo perdido, exceto pelo aprendizado pessoal visto que se tornara o meu fundo de poço, um inferno de verdade, pois eu sofria com a incerteza de ser condenado pela Justiça e acabar preso.

As investigações policiais não foram conclusivas e os autos do inquérito tramitaram por quase dois anos entre a Delegacia, o Ministério Público e a Justiça Federal para novos períodos de renovação de prazo. Nos meus depoimentos, consegui ser coerente e continuei negando o crime e foi impossível provarem quem foi o autor das mensagens preconceituosas.

Durante o tempo em que estive atormentado por meus verdugos, a angústia ajudou-me a refletir sobre a importância da vida e a inutilidade de ter cultivado tanto lixo no meu coração. Então, sem ter a certeza do que pudesse me acontecer no futuro, resolvi gastar o dinheiro aplicado no banco afim de viajar, conhecer lugares novos, relacionar-me com pessoas e ter experiências diferentes, inclusive aproximar-me das garotas.

Sei que minha liberação envolvendo sexo e excesso de álcool (já bebia desde os 18) não é exemplo para ser testemunhado dentro de uma igreja. Mas há quem diga que “Deus escreve certo por linhas tortas” e acho que a afirmação não se torna improcedente dependendo da maneira como interpretamos a vida. Na minha fuga dos problemas e busca pessoal, estabeleci contatos com a natureza, decidi entrar numa dieta rigorosa para perder peso (cheguei a ter uns 106 quilos com 21 anos) e consegui transar com mulheres sem precisar pagar. Meus olhos viram cada paisagem incrível neste país e no exterior e, em 1999, tendo me mudado para Nova Friburgo, apaixonei-me por Núbia, hoje minha esposa.

Em julho daquele ano, quando fui visitar meu avô em Juiz de Fora, procurei o atendimento da Justiça e descobri que as investigações foram arquivadas no mês de março ano por iniciativa do próprio Ministério Público Federal, o que foi motivo de grande felicidade. Enfim, eu estava livre de um tormento e podia aproveitar a vida sadiamente sem prejudicar ninguém ou a mim mesmo.

Tudo aquilo me serviu de grande aprendizado, tendo a vida me ensinado que deveria deixar de lado certas aparências e preocupações tolas, as quais jamais iriam resolver o grave problema auto-provocado pelo qual passei. O refúgio junto á natureza ajudou-me a iniciar um processo de interiorização alguns anos antes de retornar para a igreja em 2005, trazendo-me de volta às causas sociais pelo despertar da consciência ecológica. Foi graças às caminhadas no meio rural e o namoro nada “santo” com Núbia que pude compreender a gravidade do mal que tinha feito ao espalhar tais mensagens carregadas de preconceito e de violência pela internet. Descobri que Núbia era afro-descendente, filha de mãe negra e moradora de uma favela, de modo que passei a conhecer mais de perto uma realidade que até então eu desprezava. E transgredi uma orientação familiar para que procurasse uma mulher do meu nível social ou melhor. Só que nesta altura da minha vida, o ex-maníaco da intenet já não estava nem aí para convenções, moralismos e opiniões alheias.

O que posso aprender comigo mesmo é que em todo ser humano há uma dimensão positiva, capaz de promover o bem, como também existe uma outra dimensão negativa, diabólica, destrutiva. Somos o “trigo” e ao mesmo tempo o “joio” daquela parábola do Evangelho. Somos “yin” e também “yang”, sábios e loucos, construtores e destruidores, Madre Tereza e Adolf Hitler. Ou até um miserável como o maníaco atirador da escola em Realengo.

2 comentários:

  1. Li todo o post, com atenção, o engraçado q algumas coisas se confirmaram do que eu já havia pensado a seu respeito mesmo sem conhecer, é verdade q nas entrelinhas muita coisa é declarada.
    Não concordo que todos somos psicopatas em potencial e q podemos fazer o mesmo que o Welligton. Pelo menos Eu nunca me vi em nenhum momento da minha existência querendo destruir alguém por mero prazer, satisfação, seja lá o quê. O único momento q falo que desejaria ver morto certos homicidas, assassinos cruéis q vemos todos os dias nos jornais, mas nem eu teria coragem de matá-lo, não é qualquer pessoa que consegue executar uma vingança dessa. É necessário ter uma índole para tal, ou seja lá o que for. Esse Welligton,principalmente nessa foto me passa um rosto tão carente, tão ingênuo, tão sem alegria, e nem o acho feio, é uma pessoa normal, com traços normais, nada de tão aterrorizante. Talvez ele por ter sido criado com uma mãe adotiva, que talvez estivesse melhor num papel de avó, tenha deixado ele meio "mimadão" era o caçula e já tinha problemas, inclusive genéticos pois sua mãe sofreu de esquisofrenia e ele foi me parece concebido num manicômio, coisa assim. Para mim ele era um indivíduo doente que precisava de um tratamento seríssimo e um acompanhamento pro resto da vida, pelo seu histórico familiar, motivos tinha pra isso. Ao contrário q todos dizem que é nos EUA q isso acontece,na verdade no mundo inteiro há indivíduos assim, q fizeram o mesmo q ele, aqui no Brasil esse já é o terceiro caso, o q me parece é q a medicina não está dando conta desse assunto. Outro dia uma psicóloga falou de um paciente rapaz de 18 anos: ele é incomum, não gosta de nada que as pessoas normais gostam. E disse q não sabia o q fazer, se ele não fala nada...eu sinceramente acho q uma pessoa assim tem q ser monitorada, acompanhada, porque o que será de um jovem q não sai de casa, não namora, não quer estudar, não quer trabalhar, dentro de casa não sai do quarto, passa o dia na internet,só sai pra comer e tomar banho. Aí a psicóloga diz isso pra mãe, o neuropsiquiatra passa remédio, e na verdade,ninguém sabe a evolução dessa doença, ouvi outro dia um psiquiatra dizer que certos transtornos não tem cura, a medicina não consegue prevê o que um Welligton é capaz de fazer ou mesmo áquela mulher que matou a filhinha de um namorado(amante) dela ou uma Suzana Kristófen que mata seus próprios pais, infelizmente a medicina sabe pouco disso.
    Não consigo sentir ódio do Wellington, mas sim pena, muita pena. No fundo ele teve um destino, uma caminhada árdua, por conta da doença não soube superar, vivia num mundo criado por ele, onde ele não tinha limites e seguiu o pior caminho, ele não sentia-se bem vivo, achou q morrendo acabariam seus problemas e aproveitou pra se vingar daqueles que eram seus infernos, as pessoas felizes, me parece que ele preferiu matar as meninas. Pobre criatura, a vida não deu a ele chance de se reinventar, assim como fez você.
    Já viu q adoro esses assuntos, os religiosos, nada entendo, rsrsrs

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  2. Olá, Wilma,

    Gostei da sua compreensão acerca do caso quando disse que não consegue ter ódio do Wellington, mas pena.

    Talvez um assunto como este seja tão religioso (ou re-ligacional) quanto os outros, porém dito numa outra linguagem. Ou tratado fora da cultura religiosa...

    Talvez se seu estivesse assistindo um Tribunal do Júri (estive presente em alguns quando fui estudante na faculdade de Direito), nao conseguiria ter ódio de alguém como este rapaz. Se fosse familiar de alguma das vítimas, não sei como controlaria minhas emoções. E, se estivesse presenciando-o atirar nas crianças e, naquele momento fosse um policial com uma arma na mão, talvez não teria tido a mesma precaução que o sargento e seria capaz de descarregar toda a munição que tivesse para matá-lo naquele instante. E reação semelhante eu poderia ter se assistisse um atropelamento intencional na rua ou um motorista tentando ausentar-se depois de causar algum acidente. Não que eu aprovasse uma conduta dessas, mas porque reconheço minhas ambiguidades, motivo pelo qual não seria um PM ou um segurança e nem teria uma arma, pois reconheço que não estou 100% desenvolvido.

    Contudo, não faço deste episódio nenhum motivo para discursar sobre a lei do desarmamento, pois, como disse um parlamentar em Brasília, o momento não seria adequado para a nação debater a respeito de um assunto tão sério assim no calor das emoções. E, mesmo suspeitando que o tal deputado possa estar defendendo ou não a indústria de armas, estar fazendo ou não mais algum discurso para aparecer, não deixaria de concordar com os argumentos que assisti dias atrás nos telejornais.

    Na "Tamareira de Débora", Moisés ben Jacob Cordovero (1522-1570), que foi um místico do século XVI, compôs os 13 Atributos da Misericórdia que muitos cabalistas consideram importantes para serem recitados ao acordar e antes de dormir.

    Adonai — compaixão perante os pecados de uma pessoa;
    Adonai — compaixão depois que uma pessoa pecou;
    El — poderoso em compaixão ao prover todas as criaturas de acordo com suas necessidades;
    Rachum — misericordioso, de forma que a criação não caia em aflição;
    Chanun — indulgente se a criação já estiver em aflição;
    Erech appayim — lento a se irar;
    Rav chesed — pleno de misericórdia;
    Emet — verdade;
    Notzer chesed laalafim — extendendo misericórdia a milhares;
    Noseh avon — perdoando a iniquidade;
    Noseh peshah — perdoando a transgressão;
    Noseh chatah — perdoando pecados;
    Venakeh — e perdoando.

    Este último atributo, a Everburning Light, ao fazer a tradução dos ensinamentos dos antigos mestres cabalistas para o inglês, interpretou-o como "recordar de todos os seres humanos na sua ingenuidade infantil".

    Pois bem. Será que, neste momento, conseguiríamos visualizar o Wellington como um bebê indefeso e mamando no peito de sua mãe?

    Acredito que sim! Porque todos nós fomos crianças um dia. Eu, você, o Wellington, George W. Bush, Saddam Husseim e Hitler já tivemos uma infância. Então, por mais execrável que seja uma pessoa (ou que suas atitudes sejam), se lembrarmos da sua tenra infância, poderemos compreender a sua humanidade e estabelecermos alguma identificação.

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