Numa das edições do
Bom Dia Brasil desta semana, foi exibida uma interessante reportagem em que os ingleses estariam fabricando e consumindo seus queijos. A matéria mostrou um festival de degustações regado a vinho naquele país que , na nossa moeda, custaria algo em torno de uns R$ 140,00 (cento e quarenta reais).
Um pouco caro para os padrões brasileiros, não acha?
Não entendo muito sobre o detalhado mercado de queijos afim de fazer uma comparação exata de preços, mas eu arriscaria em dizer que, no Brasil, é possível usufruir de algo semelhante pagando-se bem menos do que no país da rainha Elizabeth!
Talvez não com os mesmos tipos de queijos que, de uma década para cá, passaram a ser produzidos na Inglaterra, numa flagrante usurpação das tradições francesas. Porém, se levarmos em conta os excelentes queijos hoje feitos no nosso país, parece-me bem possível qualquer restaurante oferecer ao consumidor uma tábua cheia de variedades mais duas taças de vinho chileno importado por menos até de R$ 40,00 (quarenta reais).
Beber vinhos e ingerir alimentos calóricos no verão talvez não combine muito com a época quente e com os nossos costumes. Numa cidade quente como o Rio de Janeiro, penso que não tem nada a ver comer uma tábua com todos aqueles queijos europeus em pleno mês de fevereiro, pois o que combina mais com a estação são as saladas, as quais podem ter no máximo uns pedacinhos de queijo frescal em substituição às carnes para quem prefere um cardápio próximo do vegetariano e necessita da proteína animal.
Modestamente falando, afirmo que Nova Friburgo tem muito a oferecer ao turista que adora queijo. Aqui há restaurantes em que é possível degustar deliciosos pratos e entradas pagando menos do que é cobrado no Rio de Janeiro. E o clima mais ameno no verão de certo modo ajuda no cardápio.
Para quem sobe a serra e vem conhecer a região de Nova Friburgo e Teresópolis, não pode deixar de visitar a nossa Queijaria Suíça que fica bem na rodovia RJ-130, praticamente no meio do caminho entre os dois municípios. Inaugurada em 1º de agosto de 1987, a FRIALP dispõe de um restaurante onde também é comercializado alguns queijos finos produzidos ali. E, no local, o visitante ainda pode visitar o museu do imigrante suíço onde é contada boa parte da história da povoação da cidade, encontrando-se documentos, vestimentas, fotografias, móveis e utensílios da época.
Particularmente eu gosto dos produtos da FRIALP, inclusive do queijo frescal que é um dos poucos que a minha esposa pode comer por causa de sua saúde e a severa dieta estabelecida pela nutricionista. E, quando comparo com outros produtos semelhantes que são vendidos nos mercados daqui, reconheço que a qualidade da Queijaria Suíça supera em muito os queijos de Macuco, Duas Barras e Godan, os quais são os que mais se encontram em Nova Friburgo.
Entretanto, não posso deixar de compartilhar aqui o quanto gosto de alguns queijos mais finos como os do tipo Brie, Gongorzola e Camembert, além daqueles de cabra temperado com ervas. Inclusive, aprendi um delicioso hábito com uma senhora idosa que encontrei no supermercado ABC na época em que cheguei à cidade. Na ocasião, ela me deu a dica de experimentar uva Itália com o queijo Brie e ficou uma delícia. Principalmente se a fruta estiver docinha.
Embora eu aprecie um bom vinho seco, não nego que comer uvas com queijos é ainda mais gostoso. Não sei se é pelo contraste entre o doce e o salgado, mas o certo é que até hoje a dica daquela velhinha ainda é um dos meus cardápios preferidos para degustar numa noite de sexta-feira no conforto do lar mesmo no nosso verão friburguense. Porém, se o queijo tipo Brie está caro, posso muito bem me contentar com um Minas curado de boa qualidade como se vê nas cidades da Serra da Mantiqueira e região.
OBS: A foto acima foi retirada do site da Queijaria Suíça e corresponde ao local do seu restaurante - http://www.frialpalimentos.com.br/queijaria-escola/restaurante
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