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domingo, 16 de setembro de 2018

Para evitar um segundo turno entre PT e Bolsonaro, alguém poderia renunciar à candidatura!



Na mais recente pesquisa de intenção de votos para presidente da República do instituto Datafolha, divulgada na última sexta-feira (14/09), o candidato do PT, Fernando Haddad, saltou de 9% para 13%, vindo a empatar com Ciro Gomes (PDT), o qual também soma a mesma quantidade de pontos percentuais. É o que consta no gráfico acima elaborado pelo portal de notícias G1.

Tal resultado, considerando o crescimento do petista, indica a possibilidade de termos um segundo turno disputado entre o PT e o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, o qual chegou a 26%. E, se considerarmos que a chapa de Haddad, diferentemente das eleições vitoriosas dos dois mandatários anteriores, é composta por uma vice-presidente indicada pelo radical PCdoB, isto significa que o pleito ficará polarizado entre direita e esquerda.

Ainda hoje eu estava lendo nas redes sociais o texto A INVASÃO DOS BÁRBAROS ..., de autoria do meu amigo Dib Curi, morador da cidade serrana de Nova Friburgo, no qual o autor muito bem se expressou a respeito disso nos seguintes termos:

"Amigos. As pessoas acharem que podem menosprezar e insultar alguém só porque a pessoa pensa diferente é o fim dos tempos. Acho uma lástima o Brasil correr o risco de ficar entre Bolsonaro e o PT no segundo turno, reforçando ainda mais o quadro de ódio, rancor e intolerância que já dura dois anos e está exaurindo à todos. Estou bastante chateado com estes dois grupos, não por pensarem como pensam - é legítimo - mas porque são raivosos, arrogantes, convictos e inflexíveis. Creio que este nível de polarização política vai esgarçar ainda mais o frágil tecido sócio-político brasileiro, rasgando-o ao meio. Por mim, escolheríamos um terceiro candidato que, na minha opinião, poderia ser Marina, Ciro ou quem você quiser, mesmo com todos os problemas que o candidato tenha, pelo menos, não contribuirá para atolar o Brasil na ingovernabilidade, tal a divisão preconceituosa entre estes dois grupos. Imaginem vocês um segundo turno entre estes dois candidatos? Seus correligionários vão decidir no tapa e na injúria? E depois como um destes dois vai governar (para os seus) tendo quase 50% da população contra ele e com tamanha rejeição? Como vai conseguir aprovar leis no Congresso? Ficaremos paralisados mais QUATRO anos? No mais, vejo muito mais ódio, intolerância e preconceito no eleitor do Bolsonaro, mas vejo muito menosprezo metido a besta e sem nenhuma auto-crítica póstuma no eleitor do PT. Por mim a gente superava este momento e elegíamos um terceiro candidato além desta loucura e barbárie, só para podermos retornar à estabilidade, à paz e à civilidade, o que já seria uma grande coisa. Perdoem-me os amigos de ambos os lados, mas eu precisava dizer isto. Sou da Paz, sempre. Abraço do Dib" (Extraído do Facebook)

Inegável é que essa intolerância social só tende a crescer no próximo mês com a presença dos dois partidos disputando o segundo turno do pleito presidencial e mostrará uma divisão do Brasil ainda maior do que o resultado de 2014. E, sem dúvida, a apertada vitória de Dilma Rousseff sobre o senador Aécio Neves tornou-se fator de instabilidade para o seu governo até que houve o impeachment em 2016.

Atualmente, entretanto, a situação política do Brasil encontra-se ainda mais grave do que a de quatro anos atrás. Pois, devido ao nível elevado de intolerância, coisa que não vivíamos desde a época da ditadura, o inconformismo será tão grande da parte do lado perdedor de modo que muitos dos seguidores de Bolsonaro poderão sair às ruas pedindo uma intervenção militar. Inclusive porque as simulações apontam a derrota do candidato do PSL com os principais concorrentes no aguardado segundo turno devido á sua rejeição.

Mais do que nunca é preciso que uma candidatura moderada de centro seja fortalecida pelo eleitor consciente. E, neste sentido, eu vejo no Geraldo Alckmin e na Marina Silva ótimas opções. Admitiria até como terceira opção, num segundo turno, vir a apoiar Ciro contra Bolsonaro, o qual seria uma esquerda mais aceitável do que o PT e, portanto, com menos riscos de ele querer transformar o Brasil numa segunda Venezuela. 

De qualquer modo, entendo que, devido à queda de Marina de 16% em 22/08 para 8% no dia 14/09, ela poderia pensar em abrir mão de sua candidatura e negociar um apoio a Geraldo Alckmin. Pois, sem dúvida, daria uma excelente ministra do meio ambiente num eventual governo tucano tornando-se um ponto de equilíbrio com relação à atrasada bancada ruralista do centrão que hoje integra a coligação.

Vamos aguardar a próxima pesquisa de opinião e esperar que o eleitor brasileiro faça as pazes com o bom senso há muito tempo perdido, afastando-se da intolerância. E, quanto a isto, vale a pena assistirmos aqui a entrevista dada à GLOBONEWS pelo rabino e escritor Nilton Bonder que a seguir compartilho diretamente do YouTube.


Ótima semana a todos!

2 comentários:

  1. Gostei... só aconselho que não use g1 como fonte

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    1. Obrigado pela visita e pelos comentários, Raphael. Mas, quanto ao G1, eu considero a fonte mais confiável. No caso, o infográfico foi montado a partir dos dados do Datafolha que , no caso, seria a fonte originária da informação. Volte sempre!

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