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terça-feira, 8 de novembro de 2016

Manifestantes ocupam a Assembleia Legislativa contra o "pacote de maldades"




Aplaudo de pé os manifestantes que, na tarde de hoje (08/11), ocuparam o plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) em protestos contra o pacote de austeridade imposto pelo governador Fernando Pezão. A maioria ali presente era de representantes de policiais, bombeiros e agentes penitenciários, os quais discursaram contra as medidas de corte de gastos.

Como se sabe,  no dia 04/11 o governo do Estado do Rio de Janeiro anunciou um conjunto de medidas com a justificativa de equilibrar as contas públicas. Dentre elas estão o aumento do desconto previdenciário de 11% para 14%, a majoração da tarifa do Bilhete Único de R$ 6,50 para R$ 7,50 em 2017, a suspensão de reajustes salariais já concedidos e o desconto de 30% dos vencimentos de inativos para reforçar o caixa da Previdência estadual. Além disso, o corte de gratificações pagas a comissionados, o fim de programas sociais, a extinção de órgãos públicos e as incertezas quanto ao recebimento do décimo terceiro salário também foram considerados pelos participantes do movimento. Senão vejamos o que afirmou o presidente da Coligação dos Policiais Civis do Rio de Janeiro, Fabio Meira, conforme noticiado pelo portal G1:

"Por causa do 'pacote das maldades', as lideranças da Polícia Civil, a coligação, os sindicatos de agentes e delegados, os peritos papiloscopistas, estão trazendo uma carta de repúdio à Comissão de Segurança Pública e assuntos de polícia (...) Nós queremos que os deputados sejam sensíveis e que barrem essas medidas que tanto impactam na vida na vida do funcionário público, principalmente na Segurança Pública"

Entretanto, o presidente da Assembleia, deputado Jorge Picciani (PMDB), afirmou numa nota que a "a invasão do plenário da Alerj é um crime e uma afronta ao Estado Democrático de Direito sem precedentes na história política brasileira e deve ser repudiado. Esse é um caso de polícia e de Justiça e não vai impedir o funcionamento do parlamento". E num tom reacionário ameaçou que os prejuízos ao patrimônio público serão "registrados e encaminhados à polícia para a responsabilização dos culpados".

Apesar dessa crítica reacionária, a qual ignora ser o Parlamento a casa do povo, podemos considerar que o movimento desta terça foi predominantemente pacífico. Depois de quase três horas ocupando o plenário da Alerj, os manifestantes contrários às medidas impopulares do governo saíram do local. Por volta das 17 horas, eles já estavam deixando o prédio principal de mãos dadas e cantando o Hino Nacional.

Espero que haja sensibilidade por parte do governo regional nessas negociações com as categorias de servidores. Do contrário, o caos no Estado do Rio de Janeiro tende a se tornar cada vez pior, sendo que não considero justo o senhor Pezão querer impor aos trabalhadores e aposentados que paguem pelos erros de gestão que o seu PMDB vem cometendo desde os tempos  de Sergio Cabral. Este, aliás, bem que já poderia estar preso e com os seus bens apreendidos, inclusive aquela luxuosa residência que possui aqui em Mangaratiba, litoral sul fluminense.

Que se faça justiça nesse Rio de Janeiro!


OBS: Créditos autorais da imagem acima atribuídos a Vladimir Platonow/Agência Brasil

Um comentário:

  1. Como escreveu um amigo meu em sua página no Facebook,

    "O erro de Noé foi não ter matado com suas sandálias o casal de ratos em forma de políticos incompetentes e corruptos que permitiu entrar em sua arca! Abaixo o pacote imoral, inconstitucional e canalha do Governo do Estado do Rio de Janeiro!" (Fábio Rodrigues)

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