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domingo, 13 de maio de 2018

Viva as nossas muitas mães!



Neste segundo domingo do mês de maio, em que estou atarefado para tentar adiantar tarefas do trabalho (mesmo sendo um dia de folga e de reuniões familiares), não posso deixar de separar um tempinho e parabenizar todas as mães pela data de hoje bem como também às minhas.

Ora, falei no plural porque, além da minha mãe biológica Myrian (foto acima), posso, ao mesmo tempo, ter uma segunda, uma terceira e até outras mães, considerando a importância das mulheres que participaram da nossa criação, nos educando para a vida. 

Recordando o meu passado, eis que vivi junto com minha mãe até um pouco mais dos meus oito anos e meio. Foi quando fui morar ,em 1985, com o meu avô paterno Sylvio que, na época, era um jovem idoso de seus 67 anos. Ele era casado em segunda núpcias com Diva e ambos residiam na cidade mineira de Juiz de Fora, juntamente com a dona Rita, mãe da Diva.

Apesar da mudança da guarda, minha mãe biológica continuou sendo a minha mãe e Diva tornou-se para mim uma segunda mãe embora, na época, não a chamasse assim. Inclusive, na época, ouvia-se dizer com maior frequência que "mãe é só uma", o que, hoje em dia, está se tornando um conceito cada vez mais ultrapassado. Inclusive quanto à paternidade também.

Foram muitos os anos que vivi em Juiz de Fora durante dois momentos distintos, sendo que, em 1988, retornei ao Rio de Janeiro, cidade onde havia nascido, onde tornei a morar por quatro anos e meio. Lá, no arborizado bairro do Grajaú, cheguei a ficar uns tempos na casa de ambas as avós. Mais com a avó paterna Darcília e apenas meio ano com a avó materna Marisa (e com minha mãe Myrian também) sendo que foi, salvo engano em 1989, que perdi a bisavó Maria de Nazaré.

Todavia, tive esse convívio com as avós (e essa bisa do lado materno) desde a mais tenra infância. Até porque meus sete primeiros anos de vida foram no tal bairro Grajaú. Desde então, já passava muitos finais de semana com a avó paterna e, vez ou outra, vinha com ela para sua casa de veraneio cá em Muriqui a fim de curtir uns dias de férias ou feriado.

Quando fui morar sozinho, o que durou aproximadamente uma década (até me casar com Núbia), eis que, num determinado momento, fui buscando uma nova aproximação com minha mãe. Isto se deu por volta de 2005, no ano seguinte após a minha formatura, quando iniciei a profissão de advogado. Tinha 29 anos e estava participando de um trabalho de grupo numa igreja com base no livro do Augusto Cury chamado 12 Semanas para Mudar uma Vida. E, a partir daí, comecei a estar mais com ela nas minhas idas ao Rio de Janeiro.

Com a saída de Nova Friburgo e vinda para Mangaratiba em 2012, estando já casado com Núbia, ganhei uma outra mãe, que é a dona Nelma. Ela, na verdade, é a minha sogra, mas posso, com liberdade, chamá-la de minha "mãe preta", sem nenhum tipo de racismo. Até porque quando a cor da pele de alguém é apenas uma caracterização física da pessoa, inexiste a figura do preconceito e acho uma besteira e tanto essa coisa do politicamente correto.


Atualmente, já não tenho mais nenhuma das avós vivas. O último parente vivo da linha direta ascendente nascido na primeira metade do século XX é o meu avô paterno de seus 85 anos e que reside em San José, capital da Costa Rica, país da América Central. Minha mãe encontra-se morando em Brasília desde 2015 e só a vejo quando vou até lá fazer ou quando ela vem ao Rio de Janeiro por motivo e visita familiar. 

Diva ainda vive e está muito bem com suas nove décadas de vida sendo que costumamos nos falar pelo telefone. E, há quase uns três anos atrás, estive com ela numa breve visita a Juiz de Fora, no mês de julho de 2015. 

Para terminar, posso simbolizar em Maria de Nazaré, mãe de Jesus, a mulher que seria a minha sétima mãe. Embora eu não seja um homem religioso e nem siga o catolicismo, tenho na Bíblia um livro de inspiradoras leituras de modo que guardo para mim aquele trecho do Evangelho de João quando Cristo, estando na cruz, fala ao seu discípulo e diz: "Eis aí a tua Mãe" (Jo 19:26). 

Assim sendo, penso que esse ensino extraído das Escrituras Sagradas do cristianismo vem nos ensinar sobre a ideia do alargamento da maternidade cujo conceito precisa ser sempre amplo e ligado à relação de cuidado que as pessoas precisam estabelecer entre si. Tanto é que, em meio à agonia do Gólgota, o tal discípulo que Jesus amava, teria trazido Maria para a sua casa recebendo-a como mãe (verso 27), independentemente da questão biológica.

Pois é, meus amigos. Hoje como comentei na postagem de um amigo no Facebook, "ainda bem que podemos ter muitas mães". E, sem reduzir a honra a quem me deu a luz, posso dar um pouco do meu carinho e respeito às mulheres que a Vida pôs em meu caminho de um modo bem especial.

Ótima semana a todos!

7 comentários:

  1. oi, Rodrigo...

    para além da sua mãe biológica, e a sua é distinta e de corpo atlético lindíssimo, todas nunca serão em excesso. você é decerto mto feliz por ter tantas mamãs. amei ler a sua descrição.

    nasceu em 1988 no RJ e se formou em advocacia em 2004????????????? Com 16 anos? Acho k fiz bem as contas. Aqui, estudamos no liceu 12 anos, para além da escola primária, 4 anos, e depois 5, 6 anos na faculdade. Aí, pelos vistos, não é assim. Me explique, por favor, se pretender.

    Abraço e tudo de bom.

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    1. Olá, CEU.

      Obrigado pelos elogios e acho que minha mãe ficará feliz quando ler sua postagem, sendo que a foto foi tirada em 2016 quando ela estava com 58 anos. Este ano, porém, fez 60. Ainda está bem jovem para os padrões atuais.

      Sobre sua pergunta, nasci em 1976, não em 1988. Porém, o alerta que fez foi importante porque no texto ficou mesmo confusa a redação num trecho que eu não havia observado "num período de quatro anos e meio, também retornei ao Rio de Janeiro, cidade onde nasci, em meados de 1988". Pois o que pretendi dizer foi que, em tal ano, havia retornado de Juiz de Fora, em Minas Gerais, ao Rio.

      Entretanto, tomarei a liberdade de modificar o que escrevi, mas explicando ao leitor que fiz a alteração.

      Aqui hoje em dia o jovem conclui o ensino médio aos 17/18 anos, caso não tenha repetido nenhum período. Logo, dificilmente alguém se forma antes dos 22/23, caso o curso de graduação seja de apenas 4 anos. Em Direito, são 5 anos e não comecei a faculdade de Direito logo que concluí o nível médio. Iniciei outros cursos dos quais desisti.

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  2. a mãe de núbia tem um ar mto doce e sorridente, tb, já pra não falar do seu sorriso aberto.

    dias felizes.

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    1. De fato, nesta foto, fiquei com um sorrisão bem escancarado. Mas o importante é que tenha sido espontâneo.

      Um abraço e ótimo domingo!

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  3. Caros leitores,

    Apenas para dar coerência ao texto, fiz uma pequena modificação redacional que em nada alterou o conteúdo.

    No lugar de "(...) num período de quatro anos e meio, também retornei ao Rio de Janeiro, cidade onde nasci, em meados de 1988 (...)", ficou assim:

    "(...) em 1988, retornei ao Rio de Janeiro, cidade onde havia nascido, onde tornei a morar por quatro anos e meio (...)"

    Do jeito que estava, como bem observou a CEU, pareceu que eu tivesse nascido em 1988, como, na verdade, o meu natalício se deu em 1976.

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  4. bom dia, Rodrigo, k ainda deve estar dormindo que nem anjo - ai, o fuso! A terra é redonda, circular, melhor dizendo, e achatada nos polos, portanto, enqto uns dormem, outros estão de olho bem aberto -rs.

    não sei se passam por aqui muitos leitores ou não (se passam não deixam uma palavrinha, aqui), mas a clarificação do texto, ficou bem melhor, desse jeito. e
    E é tb uma questão de caráter, de verdade. se você fosse mulher, eu até entenderia, entre aspas, esse desvio de anos-rs, mas homem não costuma fazer isso. estamos no mesmo barco/década...enfim, aceitemos, aceite eu com alegria esse facto. Que remédio)!

    eu acho k a temática, que você aborda aqui, muitas pessoas não entendem por falta de formação académica e qdo o texto é grande, tanto pior, pke as pessoas não querem ou não podem perder tempo a ler. Eu leio tudo, tudinho e volto atrás, até, mas eu sou detalhista. virginiana de signo e com formação académica superior, onde escrevemos mto.

    Grata pelo comentário, que deixou no meu blog. Evidente k liberdade, no sentido total do termo, não existe, a não ser a dos os sem-abrigo, mas numa relação sentimental a dois e com papel passado, a liberdade fica um pouco condicionada, embora nem o homem conte tudo pra mulher, nem a mulher conte tudo para o homem (quem diz k conta, não está dizendo a verdade). Há a nossa privacidade e isso é mto importante. Existe tb aquele tipo de homem ou mulher, k pergunta pouco ou nada sobre nosso dia, sobre nossa estadia, aqui ou acolá, quer isso aconteça por feitio ou por outro motivo qualquer e a pessoa tende a procurar "abrigo" noutro lugar e noutra pessoa. É mais do k normal. Somos seres sociais e sociáveis.

    bem, vou parar de escrever, caso não, minha mão começa logo de manhã, a movimentar-se em excesso.

    abraço e bom domingo.

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    1. Boa tarde, CEU!

      Com esse frio, dificilmente acordo antes das 6 hs da manhã. Hoje mesmo tive a bênção de dormir até às 8 hs.

      Realmente não tenho nenhuma intenção de esconder idade. Muito pelo contrário. Ter mais e se mostrar bem de saúde é mioto melhor, não concorda?

      Sobre as temáticas, nem sempre as pessoas comentam. E o que acontece é que as redes sociais no Brasil migraram para os sítios de relacionamento por propiciarem uma interatividade mais rápida. Primeiramente foi a febre do Facebook e depois do WhatsApp e agora do Instagram. Os blogues ficaram meio que abandonados, mas eu os prefiro porque não redes abertas e pesquisáveis pelos sites de busca como o Google. É o que ocorre com as minhas postagens antigas das quais algumas ainda são bem visitadas e comentadas.

      Sobre o que colocou sobre liberdade, tem mais a ver com a questão da intimidade. Acho que aí é um erro que cometemos nos relacionamentos no sentido de ainda ocultarmos algo de nós para o(a) cônjuge/companheiro(a). Porém, como muitas relações ainda são autoritárias, penso que isto seja uma dificuldade para que haja maior diálogo e entendimentos. Não concorda?

      Mais uma vez agradeço sua visita e lhe desejo uma ótima semana.

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