Umas das mais comentadas notícias esta semana no país foi a prisão do ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ocorrida na quarta-feira (19/10), em Brasília. A medida foi tomada preventivamente pelo juiz Sérgio Moro no processo em que o parlamentar é acusado de receber propina de contrato de exploração de Petróleo no Benin, na África, e de usar contas na Suíça para lavar o dinheiro.
Em sua decisão de 21 laudas (mantida em sigilo até que a prisão se efetivasse), Moro disse que o poder de Cunha para obstruir a Operação Lava Jato "não se esvaziou". Porém, ainda assim Cunha manifestou uma nota acusando a decisão do juiz de "absurda, sem nenhuma motivação e utilizando-se dos argumentos de uma ação cautelar extinta pelo Supremo Tribunal Federal".
Além do processo Criminal, Cunha já responde a uma ação civil de improbidade administrativa perante a Justiça Federal do Paraná, relacionada à Lava Jato, em que se alega a formulação de um esquema entre os réus visando o recebimento de vantagem ilícita proveniente de contratos da Petrobras. Além do ex-deputado, são requeridos na demanda civil a esposa dele, o ex-diretor da estatal Jorge Luiz Zelada, o operador João Henriques e o empresário Idalécio Oliveira.
Caso Cunha se mantenha preso, espera-se que seja feita mais uma delação, o que poderá envolver um número ainda maior de políticos no país bem como outras autoridades e empresários. Ou seja, hiperbolicamente falando, não vai sobrar cadeia mais no Brasil para acomodar tanto bandido refinado.
OBS: Créditos autorais da foto da prisão de Cunha atribuídos a Wilson Dias/Agência Brasil.
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