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segunda-feira, 30 de junho de 2014

A coisa tá muito feia no Oriente Médio...




Enquanto a bola rola nos estádios brasileiros, a violência corre solta no Iraque e na Síria sem que a TV aberta dê a devida cobertura. Entre as tantas notícias fúteis de Copa do Mundo, dominando quase todos os blocos dos telejornais, até parece que vivemos num outro planeta onde reina a paz e a festividade.

No entanto, o Oriente Médio tornou-se um verdadeiro inferno nesses últimos anos em que dezenas de milhares de pessoas já morreram e problemas antigos ressurgiram na região. Estima-se que hoje 9,3 milhões de sírios sofram necessidade de assistência humanitária urgente, com 4,25 milhões de deslocados internamente e 2,8 milhões de refugiados em países vizinhos. Pode-se afirmar que a expressiva maioria seriam mulheres e crianças, sendo que a infraestrutura básica do país encontra-se destroçada com escolas reduzidas a escombros ou ocupadas pelas forças armadas, tendo hospitais invadidos e bairros residenciais destruídos. Alimentos, água e eletricidade foram cortados para infligir sofrimento a populações civis. Não há mais respeito lá pelos direitos humanos com pessoas sendo torturadas e executadas nos centros de detenção, mulheres sexualmente abusadas, além das crianças obrigadas a servir nas forças de combate.
     
No país vizinho, o Iraque, assiste-se a um conflito armado igualmente devastador com o surgimento de grupos extremistas como o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, também referido pelas siglas EIIL, ou, em inglês ISIS. Trata-se de uma milícia jihadista formada em outubro de 2004 por insurgentes iraquianos. Seus combatentes radicais atacam não somente as comunidades sunitas que não se submetem a seu controle, mas também minorias como os xiitas, alauítas, cristãos, armênios, drusos e curdos, todos considerados apóstatas ou infiéis que devem ser abatidos. Desde janeiro do corrente ano, a organização declarou que o território que controlava passaria a ser um Califado Islâmico independente. Neste mês, mais de mil pessoas - três quartos delas civis, foram mortas em 17 dias, em que os jihadistas lançaram uma vasta ofensiva no Iraque, segundo números divulgados dia 24 pela ONU.

Acredito que não há outra via de solução para ambos os conflitos senão a diplomacia. A desastrosa intervenção dos Estados Unidos no Iraque, em 2003, fez com que o país se tornasse um barril de pólvora de modo que uma ação militar da ONU pioraria ainda mais as coisas. Logo, talvez o que se deva buscar seria uma saída pacífica com a formação de novos Estados juntamente com o respeito às minorias étnicas e religiosas, tendo em vista o direito fundamental da auto-determinação dos povos. E em meio a isso, oremos apoiando as ações das entidades de assistência humanitária que têm atuado nesses países. Inclusive no socorro a cristãos.


OBS: A ilustração acima refere-se a uma manifestação na Síria conforme extraído de uma notícia da Agência Brasil em http://www.ebc.com.br/noticias/internacional/2013/04/terroristas-da-al-qaeda-no-iraque-e-na-siria-anunciam-fusao

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