Era apenas um adolescente veranista quando o Dr. Emil De Castro foi prefeito no Município de Mangaratiba entre os anos de 1989 e 1992. Naquela época, passava alguns fins de semana, feriados e parte da temporada de férias em Muriqui onde meus avós construíram uma casa de praia ainda na década de 60. Entretanto, não tinha ideia de que a cidade estava sendo governada por uns dos melhores gestores de sua história, ao lado de Zé Miguel e do Capixaba (pai), apesar da economia do país não ter sido muito favorável na época.
O Doutor Emil administrou Mangaratiba num período de alta inflação e de instabilidade monetária, quando os governos Sarney e Collor acumulavam fracassos nos sucessivos planos econômicos. A arrecadação da cidade era muito menor do que nas últimas décadas e a autonomia administrativa dos municípios brasileiros estava ainda sendo posta em prática pela recém nascida Constituição de 1988.
Entretanto, o ambiente político no país era mais saudável do que nos tempos patológicos atuais de corrupção que, por sua vez, desperta o radicalismo das pessoas. Entre as décadas de 80 e 90, circulava no mundo uma energia agregadora que parecia gerar um bom momento de coalizão num fim de milênio, alimentando esperanças para um século XXI livre de guerras, com mais respeito pelo meio ambiente e pelo ser humano.
No contexto nacional, aquele era o momento dos municípios criarem suas respectivas leis orgânicas, a democracia ser restaurada em cada instituição pública, os servidores terem os direitos reconhecidos e a população passar a ser ouvida. Talvez o povo de Mangaratiba vivesse o seu melhor tempo e não sabia...
Contudo, o Município onde as pessoas até então se conheciam melhor, eram mais valorizadas e os políticos cuidavam da coisa pública com um mínimo de respeito, acabou mudando radicalmente. O fato de Mangaratiba ter aumentado a arrecadação fez com que a população aos poucos perdesse a própria cidade, com tudo piorando a cada ano. Os serviços não melhoraram na mesma proporção e ponto de outros municípios interioranos com muito menos recursos administrarem melhor o dinheiro do que Mangaratiba (basta comparar com Miguel Pereira).
Parece paradoxal dizer que a grana se tornou o maior mal de Mangaratiba! Porém, considerando o velho ditado bíblico de que o "amor ao dinheiro" seja mesmo a "raiz de todos os males", certo é que muitos oportunistas passaram a ingressar na política local visando apenas o enriquecimento próprio e nada mais. Aliás, é triste constatar que, nesse cenário desolador de corrupção, a figura do povo de Mangaratiba se assemelha hoje a um mendigo sentado sobre um barril de ouro pois temos uma alta receita de mais de 600 milhões de reais, porém as pessoas sofrem com os maus serviços de saúde, não têm transporte público, professores são mal remunerados, o esgoto é despejado sem tratamento nos rios e nas praias, sem falar da absurda falta de água numa região cheia de nascentes limpas.
O atual prefeito Alan Campos da Costa era em 2018 a esperança do povo de Mangaratiba que, por sua vez, sonhava com uma renovação. Só que essa mudança jamais aconteceu. Vivemos foi um "novo tempo" de retrocessos, de estagnação, abandono, perseguições, escândalos, traições e muitas maldades.
Chamaram o bombeiro e perdemos a cidade para uma turminha de fora que se apossou da Prefeitura esse tempo todo! A candidatura do Alan foi a oportunidade para tais carniceiros de fora entrarem aqui para oprimir, maltratar e destruir.
Logicamente que tudo isso só aconteceu por causa da conivência de uma parte da sociedade local que visa os próprios interesses em detrimento da maioria. Alan não foi reeleito em 2020 sem que pessoas de Mangaratiba lhe dessem tal oportunidade de permanece mais 4 anos a frente do Executivo, sendo que muitos dos apoiadores estavam empregados nos cargos comissionados da prefeitura e foram exonerados depois do pleito.
Agora, com a máscara caída desse governo, muitos dos que continuaram se beneficiando querem se perpetuar no poder através de outro candidato que dizem ser "renovação" para Mangaratiba. Porém, vamos acreditar em quem e em quê?! Naqueles que, durante 5 anos e 9 meses, só afundaram mais ainda a cidade?!
Todavia, é no mais profundo desse vale que Mangaratiba pode hoje começar a se unir para sair dessa situação. Perdemos muito com essa atual gestão do abandono e agora o momento é de resgatar a cidade para, em 2025, iniciar uma fase nova de reconstrução.
Diante desse cenário, as pessoas de bem do município e as diversas forças que compõem a política local vem compreendendo a necessidade de se unir com foco em torno da candidatura Aarão e Fifiu, deixando de lado as rivalidades e as divergências.
Hoje o saudoso Zé Miguel e o Capixaba pai não estão mais entre nós, porém ainda temos a oportunidade de conviver com o ex-prefeito e poeta Dr. Emil de Castro cujo legado de um mandato só permanece na memória dos antigos moradores. Daí a importância dos que são mangaratibenses raiz se unirem em torno do nome do Aarão pois, talvez, será a nossa última chance de resgate. Ou libertamos o Município no dia 6 de Outubro ou vamos perder de vez a cidade.
Rumo à vitória, pessoal! Apesar das diferenças, somos todos 1️⃣1️⃣✅ por Mangaratiba!
OBS: Na foto, temos da esquerda pra direita o atual presidente da Câmara Renato Fifiu, candidato a vice prefeito, o candidato a prefeito Aarão De Moura Brito Neto, o ex-prefeito Emil de Castro e o professor do Colégio Estadual João Paulo Gustavo Oliveira, candidato a vereador pelo PDT.
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