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domingo, 23 de agosto de 2020

Além de uma boa infraestrutura, o que mais uma cidade precisa?



Olá, amigos!


Em minha postagem anteriormente publicada, comentei a respeito da importância de termos nas cidades do nosso país uma inteligente infraestrutura moderna que contemple uma pavimentação drenante, avenidas com ciclofaixas e corredores para ônibus, iluminação pública com LED mais geração de energia alternativa, coleta seletiva, áreas verdes e de lazer bem cuidadas, segurança, videomonitoramento, tecnologia presente na vida do cidadão, dentre outros aspectos abordados. E, como havia comentado, reportando-me ao sábio grego Aristóteles, o objetivo de um prefeito deve ser o de tornar feliz a vida dos moradores do Município. Aliás, para esse grande filósofo da humanidade, a Política seria a ciência que tem por objetivo alcançar a felicidade humana.


No entendimento de Aristóteles, cidadão não seria apenas quem vive na cidade, mas, sim, aquele que participa de forma contributiva para a mesma, buscando realizar o bem comum. Ou seja, ele considerava importante as pessoas somarem para alcançarem as melhorias coletivas, formulando propostas e, de algum modo, prestando seus serviços. 


Lamentavelmente, aqui no Brasil, ainda estamos distantes desse padrão de cidadania já que falta mais consciência coletiva e respeito pela coisa pública. Porém, não podemos ficar inertes nos conformando com essa triste realidade individualista das pessoas.


Fato é que a nossa residência apenas é uma parte da cidade e do mundo. Eu diria que a praça, a escola, o museu, o teatro, o campo de futebol, o hospital, o parque ecológico, a praia e a Câmara Municipal, por exemplo, são partes da nossa grande casa. Tratam-se dos espaços públicos de convivência onde podemos participar de algum evento em pauta, de modo que precisamos assumir uma postura de cuidadores de tais ambientes assim como dos seus frequentadores.


Voltando ao Aristóteles, ele se preocupava até com um número máximo de habitantes que a sua cidade ideal deveria ter, o que nos leva remete à necessidade de fazermos um planejamento dos bairros e distritos de um município como se fossem pequenas comunidades. Ou seja, criarmos uma organização inteligentemente elaborada a fim de que o morador encontre perto de sua residência serviços básicos de educação, saúde, lazer, esporte, cultura e oportunidades de participação nas decisões coletivas de seus interesses.


Pensando na realidade de hoje, para que muito disso se torne realidade, o gestor precisará construir uma ferramenta de comunicação e de conscientização lúdica que facilite os mecanismos de aprendizagem, interação e compartilhamento. Pois o que as pessoas de fato desejam ter é uma oportunidade de participação que lhes seja agradável, não cansativa ou desestimulante como muitas vezes acontece nas audiências públicas mas conduzidas.


Portanto, compartilho aqui um pouco mais das minhas reflexões sobre esse inesgotável assunto, deixando-o, porém, em aberto, na expectativa de que, durante a campanha para as eleições de 2020, tenhamos um debate político sadio e voltado para o que de fato interessa.


OBS: Imagem acima extraída de https://farofafilosofica.com/2018/05/15/o-homem-e-um-animal-politico-texto-de-aristoteles/

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