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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Ser FELIZ em Cristo



"Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se! Seja a amabilidade de vocês conhecida por todos. Perto está o Senhor. Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus. Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas. Tudo o que vocês aprenderam, receberam, ouviram e viram em mim, ponham-no em prática. E o Deus da paz estará com vocês." (Filipenses 4:4-9; NVI)

A Bíblia pode ser mesmo considerada uma manual de vida e aplicável às diversas situações do nosso cotidiano? Acredito que sim, meus caros leitores, sendo possível construirmos uma interessante teologia da felicidade através de um estudo atento dos textos sagrados.

Na citação feita acima, o apóstolo Paulo escreve aos cristãos da cidade macedônica de Filipos que cultivassem a alegria entre eles. Era algo que deveria ser realizado de modo contínuo e "no Senhor", o que significa estarem sempre buscando meios de não se deixar dominar pelo sentimento contrário (a tristeza), reagindo com fé e colocando Deus em todos os aspectos de suas vidas.

Embora muitos céticos e ateus critiquem a nós cristãos, acusando-nos de criar uma "ficção religiosa" diante dos problemas, tenho aprendido que o exercício da fé ajuda a tornar o homem mais feliz no seu caminhar. Pois, quando nos deparamos com os desafios do cotidiano, com as perdas de bens ou de pessoas queridas, podemos colocar todas as situações diante do Senhor. Por meio da oração, encontramos paz, sabendo que temos ao nosso lado um Deus que é sempre presente: "Perto está o Senhor" (verso 5b).

Interessante que esse sábio ensino de Paulo tanto pode servir de antídoto contra a tristeza como para a ansiedade, ambos males que a todo instante afetam o homem moderno. E aí o autor fala de algo importantíssimo que seria a guarda do coração e dos pensamentos (v. 7).

Muitas vezes, amados, uma pessoa pode estar frequentando a sua congregação religiosa, fazendo rotineiras orações, agradecendo a Deus antes de cada refeição ingerida e até mesmo lendo a Bíblia todos os dias, porém ainda não sabe como monitorar o que pensa. As ideias ruins pousam em sua mente e fazem ninho ali. Tal como ocorre no primeiro exemplo da célebre Parábola do Semeador contada por Jesus nos evangelhos sinóticos (Mt 13:1-9; Mc 4:3-9; Lc 8:4-8), a boa palavra acaba sendo subtraída pelas notícias ruins dos jornais, pela futilidade de certos acontecimentos nos quais ficamos concentrados, pelas preocupações excessivas com as coisas terrenas (geralmente incertezas quanto ao futuro), temores irracionais, ideias maliciosas, etc.

Entretanto, o ensino final desse trecho do Novo Testamento que transcrevi mostra o quanto devemos conscientemente organizar os pensamentos. Cabe ao cristão selecionar e fixar na mente aquilo que é verdadeiro, nobre, justo, puro, amável, de boa fama, virtuoso e louvável. As ideias negativas podem até nos assaltar de maneira repentina e involuntária, contudo, ao diagnosticarmos a "invasão", cabe a nós tentar compreender a causa da tristeza ao mesmo tempo em que damos um pronto combate com os recursos espirituais disponibilizados por Deus: orar com fé e meditar nos bons ensinamentos.

No livro não canônico de Eclesiástico (não confundir com Eclesiastes), presente na Bíblia dos católicos, há uma interessante passagem que assim diz:

"Não entregues tua alma à tristeza, não atormentes a ti mesmo em teus pensamentos. A alegria do coração é a vida do homem, e um inesgotável tesouro de santidade. A alegria do homem torna mais longa a sua vida. Tem compaixão de tua alma, torna-te agradável a Deus, e sê firme; concentra teu coração na santidade, e afasta a tristeza para longe de ti, pois a tristeza matou a muitos, e não há nela utilidade alguma." (Eclo 30:22-25)

Sem dúvida, prezados internautas, não existem razões para permanecermos tristes pelo resto da vida. Podemos até passar por momentos difíceis e atribulados que, por algum tempo, afasta o sorriso de nosso rosto. Entretanto, a melhor coisa a ser feita é superarmos, buscando a verdadeira harmonia com a santidade, o que, em outras palavras, significa adotar uma postura íntegra conforme os princípios éticos mais elevados.

Uma ótima quarta-feira a todos em Cristo Jesus!


OBS: Imagem extraída de http://blog.cancaonova.com/phn/files/2012/11/Felicidade_11.jpg

Um comentário:

  1. Ao contrário do que diz aquela música (não sei se é do Tom Jobim ou do Vinícios de Morais), para o Cristão que segue fielmente o discipulado de Jesus, é possível cantar parodiando a letra:

    Felicidade não tem fim
    Tristeza sim.


    Para quem exercita a fé, a vida não pode ser como "a grande ilusão do carnaval"...

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