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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Energia limpa: antes tarde do que nunca




Hoje os jornais trouxeram uma boa e animadora notícia. Trata-se de um plano anunciado pelo presidente norte-americano Barack Obama para combater o aquecimento global promovendo a geração de energia limpa. Sua proposta é reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa nos Estados Unidos em um terço num prazo de 15 anos. 

A meta do plano é cortar as emissões de carbono do setor energético em 32% até 2030, tendo como base os níveis de 2005. Em outras palavras, o que Obama pretende é substituir as atuais energias poluentes (principalmente o uso do carvão) por fontes renováveis, como a eólica e a solar. E para tanto os governadores dos estados da federação norte-americana terão de cumprir metas de redução de carbono devendo apresentar propostas à Casa Branca sobre como atingirão os objetivos.

É lógico que os oposicionistas dinossauros do Partido Republicano já têm feito suas críticas ao plano de Obama. Um deles é o irmão do George W. Bush, pré-candidato à Presidência. Porém, segundo a visão de diversos analistas políticos, os EUA estariam regatando a credibilidade perdida na área ambiental desde que se negou a ratificar o Protocolo de Kyoto, o qual foi a última tentativa global de combater as emissões de carbono. E esse posicionamento de um dos maiores poluidores do planeta pode incentivar outros países a estabelecer as suas próprias metas de reduzir as emissões de CO² visto que até o momento apenas 49 nações as anunciaram.

O fato é que o mundo não tem outra saída senão enfrentar esse problema de frente ao invés de insistir em negá-lo. O futuro das próximas gerações depende de uma atitude que precisa ser tomada hoje ainda que venhamos a sofrer as sérias consequências do desequilíbrio ecológico causado por todo o século XXI. Pois, como disse o presidente dos Estados Unidos, conforme li numa matéria divulgada pela BBC,

"Somos a primeira geração a sentir os impactos das mudanças climáticas e a última capaz de fazer algo a respeito (...) Se não agirmos, ninguém agirá (...) Estou convencido de que nenhum outro desafio impõe uma ameaça maior ao futuro do planeta (...) Hoje temos mais de 7 bilhões de pessoas vivas neste planeta. Todas podem olhar para a Terra e dizer: 'esta é a minha casa'. Mas somos a última geração a poder lutar contra o aquecimento, e somente temos uma casa, um planeta. Não há plano B. Não quero que meus netos sejam impedidos de nadar no Havaí ou de ver um iceberg só porque não fizemos nada a respeito"

Torço para que os EUA realmente consigam colocar em prática esse corajoso plano e que nações em desenvolvimento como a nossa não andem na contramão. Aliás, temos sido proporcionalmente responsáveis pelo desequilíbrio climático do planeta porque contribuímos com o desmatamento da Amazônia, com a exploração petrolífera e, na atual crise energética, ainda temos sujado equivocadamente a nossa matriz com as poluentes termoelétricas sendo que, na verdade, poderíamos estar utilizando mais a força dos ventos, das marés, a intensidade dos raios solares, além dos biocombustíveis (inclusive o carro a álcool). 

Está agendada para dezembro uma nova Conferência do Clima, a qual será realizada em Paris e deve reunir representantes de uma centena de países para elaborar um plano de redução de gás carbônico para o mundo. O objetivo é colocar em ação o pacto de mudanças a partir de 2020. Até hoje, no entanto, reuniões do tipo surgiram pouco efeito prático na surda comunidade internacional. Porém, antes tarde do que nunca! E precisamos começar logo a mudança mesmo que seja agora. Do contrário, poderá não haver um futuro para a humanidade.


OBS: A foto acima é reprodução extraída do jornal O Dia.

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