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domingo, 31 de agosto de 2014

Continuo firme com Marina!




Meus amigos, estou muito feliz com a política! Pois como ambientalista não imaginava que estaríamos tão próximos de eleger um governo realmente preocupado com a sustentabilidade do planeta.

A cada pesquisa de opinião sinto-me surpreendido com os resultados sobre o desempenho de Marina Silva (PSB). Nesta última sexta-feira, dia 29/8, o Datafolha informou um empate técnico entre ela e a presidente Dilma, ambas com 34% (trinta e quatro por cento), enquanto que Aécio Neves (PSDB), o terceiro colocado, caiu para 15% (quinze por cento). Também, conforme os números do instituto, se o segundo turno fosse hoje, a sua vitória sobre a candidata do PT seria quase certa com uma significativa diferença.




No entanto, chamo a atenção para o fato de que ainda estamos diante de uma tendência bem recente e que requer tempo para vermos se consolidará (talvez uns 15 dias). Com a diferença que Marina abriu sobre Aécio, considero quase improvável que ela deixe de ir para o segundo turno faltando agora pouco mais de trinta dias para as eleições, sendo certo que o brasileiro não vê o PSDB como uma opção para os seus anseios. Porém, sempre é bom manter uma dose suficiente de prudência porque a turma da politicagem joga sujo e já está tentando prejudicar a boa imagem de nossa candidata.

Neste momento tão importante é que surgem boatos falsos, mentiras e demonizações. De um lado estão os setores ruralistas mais atrasados que não querem a eleição de Marina porque ganham com o desmatamento e, por isso, fazem a ela uma sistemática oposição. Juntamente com tal grupo, encontramos aquela gente fisiológica que está no poder há doze anos ou mais, precisando manter a todo custo a velha política. São naturalmente os petistas e grande parte do PMDB, partido este que, desde os anos 80 se fez presente nos diversos governos que se sucederam ao longo da redemocratização do país: Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula e Dilma.

Há muitos argumentos que têm sido construídos contra Marina e um deles diz respeito à governabilidade, caso ela seja eleita. Só que tais boateiros de plantão se esquecem de que a candidata do PSB (e da Rede) tem como um de seus compromissos implantar a nova política tomando por base o diálogo. E aí chamo a atenção de todos para um evento de nossa história ocorrido há pouco mais de 20 anos, quando ocorreu o impeachment de Fernando Collor. Recordo que, com a deposição do presidente, seu vice Itamar Franco (1992-94) convocou todas as forças para compor com ele trabalhando pelo Brasil e buscando o "entendimento nacional". Naquele tempo, tanto o PFL de Antônio Carlos Magalhães quanto o PT de Lula foram convidados sendo que este e boa parte da esquerda se recusaram a participar. Aliás, não me sai da memória que o fato de Luiza Erundina ter aceitado um cargo na Administração Federal certamente contribuiu para a sua posterior migração rumo ao PSB no ano de 1998.

Pois bem. Vejo que, com Marina na Presidência, teremos um momento político semelhante ao que foi o governo Itamar em que todas as forças, inclusive as populares, terão uma oportunidade única de trabalharem juntas por um Brasil melhor. Será uma chance de ouro para os movimentos sociais, para as igrejas, os povos indígenas, os pequenos empreendedores, os estudantes, os grupos de combate à homofobia, as feministas e os ambientalistas. Basta que sejamos capazes de dialogar na defesa das teses que acreditamos, sabendo que as mudanças desejadas fazem parte de um longo processo histórico vindo a acontecer no momento devido.

Sendo assim, faço meu apelo aos pensadores mais progressistas da sociedade que permaneçam firmes com Marina, aprendendo a ser governo e não apenas oposição. Esta não é hora de abandonar o barco, mas de continuar contribuindo com propostas, sem jamais perder a consciência de que as conquistas sociais não serão feitas apenas elegendo alguém para o Palácio do Planalto e sim com nossas ideias ganhando força a cada dia nas ruas. Neste sentido, será muito melhor termos um governo sensível à voz da sociedade do que uma turma de oportunistas e manipuladores, os quais preferem não atender às reivindicações coletivas da maioria.

Vamos juntos com #Marina40 e marchemos unidos pelo Brasil! Afinal, a mudança deve sempre começar por nós.




OBS: Imagens acima oriundas do site de campanha de Marina Silva e compartilhadas na rede social do Facebook.

5 comentários:

  1. Só ao casamento gay,que não concordo ,pois acredito e sigo a palavra de DEUS.Precisa esclarecer melhor esse assunto para os protestantes entenderem qual a proposta do partido,meio confuso,pra minha crença.

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    1. Olá, Vera.

      Boa noite!

      Pelo que estou sabendo, no dia seguinte após divulgar o programa de governo da candidata, a equipe de campanha decidiu retirar o trecho que manifestava apoio a propostas para legalizar o casamento igualitário no Brasil, que permite a união entre pessoas do mesmo sexo. Além disso, foi eliminada defesa de um projeto em tramitação no Congresso que criminaliza a homofobia.

      Os dois pontos estavam num capítulo sobre os direitos da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transsexuais) e foram substituídos pela seguinte redação:

      "Garantir os direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo".

      Em nota divulgada neste sábado (30/08), a assessoria da campanha informou que o texto inicialmente divulgado, "infelizmente, não retrata com fidelidade os resultados do processo de discussão sobre o tema durante as etapas de formulação do plano de governo" e esclareceu que uma "falha processual na editoração" da versão do programa divulgada na internet e em exemplares impressos permitiu a veiculação de uma redação "que não contempla a mediação entre os diversos pensamentos que se dispuseram a contribuir para sua formulação e os posicionamentos de Eduardo Campos e Marina Silva a respeito da definição de políticas para a população LGBT".

      No documento divulgado na internet e distribuído à imprensa, constava o seguinte trecho: "Apoiar propostas em defesa do casamento civil igualitário, com vistas à aprovação dos projetos de lei e da emenda constitucional em tramitação, que garantem o direito ao casamento igualitário na Constituição e no Código Civil".

      Também havia a defesa do PLC 122/2006, que equipara a discriminação contra gays aos crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. A proposta, proposta em 2006 e atualmente em tramitação no Senado, sofre forte resistência da comunidade evangélica.

      Segundo informações da equipe de campanha, serão substituídas as páginas e 215 e 216 do programa, que abordam os direitos LGBT e tratam do casamento gay.

      Acho que deu pra esclarecer melhor essa polêmica questão.

      Um abraço.

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    2. Em tempo!

      Na minha opinião pessoal, a ideia de casamento civil não se confunde com o casamento religioso. Perante Deus, nem todo casamento civil, mesmo entre homem e mulher, é considerado aceitável.

      Entretanto, no mundo dos homens, isto é, na sociedade secularizada, os valores não são os mesmos do Reino de Deus e daí o Estado nem sempre pode refletir a posição que nós seguidores de Jesus temos.

      Em 2010, ano em que disputou pela primeira vez a Presidência, Marina posicionou-se muito bem ao afirmar que, na opinião dela, o casamento é um "sacramento" e que aceitar a união entre pessoas do mesmo sexo iria contra suas convicções. Apesar disso, na ocasião, se disse a favor da “união de bens” entre homossexuais.

      O assunto pode parecer confuso, mas penso que não seja tão difícil assim entendê-lo. E vou tentar demonstrar:

      1. Como cristãos, nós pregamos a Palavra de Deus. Anunciamos a bondade do Criador para com todos os homens, o perdão e a sua graça manifestada em Jesus.

      2. Sendo dotados de livre arbítrio, os homens aceitam se quiserem a oportunidade que Deus dá para se arrependerem, não tendo agente nenhum direito de obrigá-los a andar nos passos de Jesus.

      3. Embora não concordando com o estilo das pessoas que permanecem impenitentes, devemos tolerar no meio secular as opções que elas fazem, continuando nós como Igreja a anunciar o Evangelho sempre dispostos a acolher o pecador que se arrepende.

      4. Justamente porque queremos ganhar vidas para o Reino de Deus, não temos que impor embaraços às pessoas que estão no mundo. Podemos não concordar com o que elas fazem e, no caso do casamento entre homossexuais, um pastor tem todo o direito de não celebrá-lo assim como pode recusar-se a casar dois membros heterossexuais que se divorciaram imotivadamente, um homem já casado com outra mulher da qual não se divorciou, ou dois adolescentes que resolveram se consorciar sem a autorização da família.

      5. Mas se o Estado passa a reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo, isto nada tem a ver com o atuar da Igreja. Trata-se da legitimação de uma relação de fato em que homossexuais decidem deliberadamente viver juntos, constroem um patrimônio juntos e, quando um deles morre ou ambos se se separam, precisam de uma solução jurídica em relação aos bens. E aí o casamento civil torna-se o melhor meio para o Estado identificar que tipo de relação aquelas pessoas tinham já que a união estável é algo muitas das vezes informal e sujeito a fraudes (pessoas a todo momento fingem que viviam em tal condição para pleitearem herança, pensão no INSS e divisão de bens). Deste modo, há que se reconhecer que , se uma pessoa apoia o casamento civil entre homossexuais não está de maneira alguma se mostrando a favor do tipo de relação que os gays têm. Está apenas abordando o assunto pelo ponto de vista jurídico e sociológico, não religioso.

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  2. NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE
    O CAPÍTULO "LGBT", DO PROGRAMA
    DE GOVERNO DA COLIGAÇÃO
    UNIDOS PELO BRASIL

    O texto do capítulo "LGBT", do eixo "Cidadania e Identidades", do Programa de Governo da Coligação Unidos pelo Brasil, que chegou ao conhecimento do público até o momento, infelizmente, não retrata com fidelidade os resultados do processo de discussão sobre o tema durante as etapas de formulação do plano de governo (comentários pela internet sobre as diretrizes do programa, encontros regionais e as dinâmicas de escuta da sociedade civil promovidas pela Coordenação de Programa de Governo e pelos candidatos à Presidência pela Coligação).

    Em razão de falha processual na editoração, a versão do Programa de Governo divulgada pela internet até então e a que consta em alguns exemplares impressos distribuídos aos veículos de comunicação incorporou uma redação do referido capítulo que não contempla a mediação entre os diversos pensamentos que se dispuseram a contribuir para sua formulação e os posicionamentos de Eduardo Campos e Marina Silva a respeito da definição de políticas para a população LGBT.

    Convém ressaltar que, apesar desse contratempo indesejável, tanto no texto com alguns equívocos como no correto, permanece irretocável o compromisso irrestrito com a defesa dos direitos civis dos grupos LGBT e com a promoção de ações que eduquem a população para o convívio respeitoso com a diferença e a capacidade de reconhecer os direitos civis de todos.

    Os brasileiros e as brasileiras interessados em conhecer as verdadeiras ideias defendidas pelos candidatos da Coligação Unidos pelo Brasil para a Presidência da República, Marina Silva e Beto Albuquerque, já o podem fazer por meio do site marinasilva.org.br ou pelos exemplares impressos que serão distribuídos a partir de hoje.

    O documento que expressa as reais propostas da chapa para o capítulo "LGBT" também pode ser lido abaixo:

    LGBT
    Ainda que tenhamos dificuldade para admitir, vivemos em uma sociedade que tem muita dificuldade de lidar com as diferenças de visão de mundo, de forma de viver e de escolhas feitas em cada área da vida. Essa dificuldade chega a assumir formas agressivas e sem amparo em qualquer princípio que remeta a relações pacíficas, democráticas e fraternas entre as pessoas.

    Nossa cultura tem traços que refletem interesses de grupos que acumularam poder enquanto os que são considerados minoria não encontram espaços de expressão de seus interesses. A democracia só avança se superar a forma tradicional de supremacia da maioria sobre a minoria e passar a buscar que todos tenham formas dignas de se expressar e ter atendidos seus interesses. Os grupos LGBT estão entre essas minorias que têm direitos civis que precisam ser respeitados, defendidos e reconhecidos, pois a Constituição Federal diz que todos são iguais perante a lei, independentemente de idade, sexo, raça, classe social. Assim como em relação às mulheres, aos idosos e às crianças, algumas políticas públicas precisam ser desenvolvidas para atender a especificidade das populações LGBT.

    A violência que chega ao assassinato, vitima muitos dos membros dos grupos LGBT. Dados oficiais indicam que, entre 2011 e 2012, os crimes contra esse grupo aumentaram em 11% em nosso país. Outros sofrem tanto preconceito que abandonam a escola e abrem mão de toda a oportunidade que a educação pode dar, o que também, de certa forma, corresponde a uma expressão simbólica de morte.

    É preciso desenvolver ações que eduquem a população para o convívio respeitoso com a diferença e a capacidade de reconhecer os direitos civis de todos.

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  3. Continuando...


    Para assegurar direitos e combater a discriminação:

    • Garantir os direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo.

    • Aprovado no Congresso Nacional o Projeto de Lei da Identidade de Gênero Brasileira – conhecida como a Lei João W. Nery – que regulamenta o direito ao reconhecimento da identidade de gênero das “pessoas trans”, com base no modo como se sentem e veem, dispensar a morosa autorização judicial, os laudos médicos e psicológicos, as cirurgias e as hormonioterapias.

    • Como nos processos de adoção interessa o bem-estar da criança que será adotada, dar tratamento igual aos casais adotantes, com todas as exigências e cuidados iguais para ambas as modalidades de união, homo ou heterossexual.

    • Normatizar e especificar o conceito de homofobia no âmbito da administração pública e criar mecanismos para aferir os crimes de natureza homofóbica.

    • Incluir o combate ao bullying, à homofobia e ao preconceito no Plano Nacional de Educação.

    • Garantir e ampliar a oferta de tratamentos e serviços de saúde para que atendam as necessidades especiais da população LGBT no SUS.

    • Assegurar que os cursos e oportunidades de educação e capacitação formal considerem os anseios de formação da população LGBT para garantir ingresso no mercado de trabalho.

    • Considerar as proposições do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos LGBT na elaboração de políticas públicas específicas para populações LGBT.

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