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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Vamos juntos com Marina!




Ainda tem muita campanha por aí, mas, repentinamente, com o surgimento da candidatura de Marina Silva (PSB), em substituição a de Eduardo Campos, a corrida presidencial ganhou um novo rumo, mostrando que o sonho de mudar o Brasil continua vivo. De acordo com a pesquisa do Datafolha publicada hoje (18/08), a primeira realizada depois da morte trágica de Campos, eis que a presidenta Dilma Rousseff (PT) aparece com 36% das intenções de voto, enquanto que a ex-senadora surpreendeu com 21%, seguida por Aécio Neves (PSDB) com 20%. Os outros candidatos não somaram mais do que 6%. Já os votos nulos juntamente com os indecisos caíram para 17%.

Interessante que, nesta simulação, Marina e Aécio foram colocados em empate técnico e devem disputar uma das vaga para o segundo turno. Ou seja, aquilo que antes vários militantes petistas diziam confiadamente, tagarelando que dessa vez não iria ocorrer, agora se tornou um evento quase certo, sendo que muito me chamou a atenção foi o fim da polarização entre o PT e o PSDB, coisa que vinha se repetindo há bastante tempo.

E seria bastante tempo mesmo! Pois o eleitor que tem um pingo de consciência já não estava aguentando mais ter que optar apenas pelas candidaturas desses dois partidos, os quais tanto decepcionaram a nação brasileira com seus escândalos de corrupção, mensalões, licitações fraudulentas, gastos excessivos com estádios de futebol e o abandono vergonhoso da saúde pública nos hospitais.

Por outro lado, a pesquisa mostrou o anseio mudança do brasileiro que não deseja voltar para trás, mas, sim, seguir em frente para tentar algo diferente. Segundo o Datafolha, num segundo turno entre Dilma e Marina, esta venceria com 47% dos votos, ficando a presidenta com 43%. Porém, se persistir a polarização entre PT e PSDB, Dilma teria 47% e Aécio 39%, dando à situação uma vitória bem folgada sobre a oposição.

Na opinião do cientista político César Maia, candidato a senador pelo DEM, a pesquisa mostra três resultados que contrariaram as expectativas de muitos. Um deles seria a estabilidade de Dilma, com seus 36%, e de Aécio com 20%. E também lhe chamou a atenção a melhoria da avaliação de Dilma e de seu governo (ótimo+bom 38% e ruim+péssimo 23%):

"A expectativa que se tinha era que, além da redução dos que não marcavam nenhum deles, Dilma cairia um pouco, assim como Aécio. A melhoria da avaliação de Dilma - sem nenhuma razão clara - é algo que as expectativas não projetavam (...) Sabe-se que sempre que um fato forte impacta a opinião pública, como o foi o trágico desaparecimento de Eduardo Campos, as curvas de tendência de formação de opinião pública são interrompidas. Nesse sentido, se pode explicar a sustentação de Dilma e Aécio no mesmo patamar. O que ainda requer uma análise mais cuidadosa é a melhoria acentuada da avaliação de Dilma, o que - contraditoriamente - aumenta a sua intenção de voto no segundo turno contra Aécio e diminui contra Marina. Afinal, as notícias - pelo menos as econômicas - nesta semana, foram ruins." (Ex-Blog do César Maia)

Em parte concordo com o César, a meu ver o mais bem preparado dentre os atuais candidatos ao Senado pelo seu conhecimento e experiência política. Porém, o que explica a preferência por Dilma num hipotético segundo turno com Aécio é o fato de que o eleitor de Marina, em via de regra, não se conformaria com o retrocesso, preferindo mais quatro anos de PT do que voltar para as garras do elitismo tucano. Pois qualquer um que tem um pouco de memória histórica e viveu nos anos 90 (a exceção dos cidadãos mais jovens), lembra-se perfeitamente de como o privatista FHC foi um padrasto para os aposentados e uma mãezona para os banqueiros, cumprindo com subserviência a agenda de Washington para a América Latina, mesmo às custas das altas taxas de desemprego daquele período.

Enfim, esta é a hora da decisão e não podemos deixar morrer o sonho de mudança de Eduardo Campos. Se desejamos construir um país melhor, precisamos apoiar Marina Silva, afim de que tenhamos uma nova política baseada na ética, no diálogo com a sociedade e no respeito com o meio ambiente. E que em nenhum momento nos falte coragem para inovar.


OBS: Imagem acima extraída do Blog da Marina.

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