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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O Brasil de luto pela morte de Eduardo




Ainda não estou acreditando no que aconteceu. Encontrava-me ontem no Facebook divulgando o texto anterior deste blogue e debatendo lá a respeito de outros assuntos com algumas pessoas quando começaram a aparecer as primeiras postagens falando sobre a morte de Eduardo Campos. Candidato à Presidência da República pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), ele se mostrava como um dos mais promissores políticos do país com chances reais de deixar um legado histórico a exemplo do avô Miguel Arraes (1916 - 2005), falecido há nove anos também no dia 13/08.

Pode-se dizer que a notícia sobre o seu trágico acidente aéreo foi como uma inesperada bola de fogo que impactou a política brasileira, embaralhando as expectativas quanto às eleições deste ano e que obrigará o PSB a um rápido posicionamento sobre como ficará a chapa da Coligação Unidos pelo Brasil. Ou seja, um quadro que até então parecia parcialmente definido, com a expressiva liderança de Dilma Rousseff nas pesquisas de opinião, torna-se agora menos previsível, sendo certo que o grupo de apoiadores de Eduardo terá pouco tempo para chorar pela sua ausência pois a legislação eleitoral obriga que se apresente um novo registro de candidatura dentro de apenas dez dias.

Mas creio que esta semana ainda não seja o momento de se tomar todas as decisões necessárias pois não seria nada ético. A nação brasileira, que é a segunda maior democracia do mundo, encontra-se abalada com a notícia que recebemos. Afinal, segundo consta na nota oficial do PSB,

"Perdemos Eduardo Campos quando mais o Brasil precisava de seu patriotismo, seu desprendimento, seu destemor e sua competência. Não é só Pernambuco e sua gente que perdem seu líder; não é só o PSB que perde seu líder. É o Brasil que perde um jovem e promissor estadista. Estamos todos de luto."

Ainda é cedo para se levantar especulações imprudentes e maldosas tipo alguém sair afirmando por aí que Eduardo Campos tenha sido assassinado como aconteceu na época da morte de Ulysses Guimarães (1916 - 1992), também vítima de um outro acidente aéreo ocorrido justo por aqui no sul fluminense. Pois, se pensarmos refletidamente, nem Dilma e nem Aécio serão beneficiados com a saída de Campos da disputa presidencial tendo em vista a provável entrada da sua vice Marina Silva com maiores chances de votos. No entanto, é preciso que haja uma apurada investigação acerca do que causou a queda do avião, considerado um dos modelos mais seguros e modernos para se voar, mas que ceifou a vida de sete pessoas bem como o ferimento de mais seis, caindo sobre uma área residencial da cidade de Santos. Ou seja, muito mais gente poderia ter se machucado.

Eduardo Henrique Accioly Campos nasceu em Recife, dia 10 de agosto de 1965. Formado em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), seguiu a carreira política, tendo sido deputado estadual, secretário de Estado de Pernambuco, deputado federal, ministro de Estado, governador de Pernambuco reeleito por consagradora maioria e presidente do PSB. Falecido na data de ontem, deixa prematuramente aos 49 anos uma esposa e cinco filhos, sendo o caçula, Miguel, nascido dia 28 de janeiro do corrente ano.


OBS: Foto acima extraída da página do Partido Socialista Brasileiro na internet, conforme consta em http://www.psb40.org.br/not_det.asp?det=5727

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