Para o escândalo dos legalistas e daqueles que se apegam a um culto tradicional, ou a templos construídos por mãos humanas, eis que, numa cidade da Califórnia, no oeste dos Estados Unidos, pessoas têm se reunido em um bar afim de estudarem a Bíblia e depois celebrarem o encontro com grande liberdade. Uma liberdade que talvez cause inveja a muitos religiosos reprimidos de hoje.
Descobri sobre esta espontânea Igreja lendo uma matéria jornalística na internet a partir do debate suscitado numa radical comunidade de evangélicos no Facebook em que o asunto tem despertado críticas não só aqui quanto lá na América do Norte:
"O pastor Bill Jenkins é o responsável por essa igreja-bar chamada Urbanlife (Vida Urbana), que utiliza as dependências do bar Loft e Bistro. Os encontros ocorrem todos os domingos às 9h30 da manhã. Jenkins nasceu na Inglaterra, mas vive há muitos anos nos EUA. Ele explica que sua intenção era criar 'um ambiente seguro para uma mensagem perigosa'. Seu argumento principal é que cerca de 90% dos moradores da região não tem o hábito de frequentar a igreja. Essas pessoas, segundo ele, têm rejeitado as formas tradicionais de apresentação do evangelho. Além disso, ele entende que a Bíblia fala sobre Jesus dando vinho às pessoas e sendo criticado por suas companhias." (extraído da matéria "Igreja oferece cerveja para atrair novos fiéis")
Sinceramente, não vejo nada de mais. Eles dispensam um templo, reúnem-se com espontaneidade em locais públicos, leem a Bíblia no ambiente em que se encontram, tomam a cervejinha ou o vinho deles e fazem daquele momento um maravilhoso culto. Eu, se vivesse na Califórnia, teria um enorme prazer de me aproximar desta turma e adorar a Deus com eles. Seria uma bênção!
Na boa, tenho certeza de que Jesus ficaria tranquilamente lá no meio da galera bebendo sua cervejinha também. Por que não?
Ora, o que são os templos senão meros pontos de encontro?!
Eu entendo que a Igreja é o Corpo, não o prédio. E compreendo também que Igreja tem que ter propósito e, mesmo sem uma base física, sem um endereço e sem o CNPJ, o que vale de verdade é eles terem, além da adoração, um propósito de influenciar a sociedade onde estão. E, com toda sinceridade, ninguém pode julgá-los por viverem com esta liberdade. Pois foi para sermos livres que Cristo nos chamou!
Sem dúvida que é melhor ter um bar como ponto de encontro do que as pessoas se submeterem a reuniões massacrantes e chatas nos templos. Hoje eu não suporto mais os cultos dos tradicionais e nem a barulheira louca dos pentecostais. Missa católica então, nem pensar! Vez ou outra, posso até ir compartilhar uma mensagem num templo, se me convidarem. Porém, não é assim que eu trabalho.
Atualmente, já não me sinto consumidor de produtos religiosos. Considero que devo por em prática um trabalho ministerial e, neste sentido é que tenho defendido a ideia de reunião de círculos informais, nos quais se torna possível o estabelecimento de uma relação de intimidade entre os participantes. E, com o tempo, o grupo passa a construir os seus propósitos de influenciar a sociedade com os valores do Reino, indo mais além do objetivo se reunir.
Este é o meu evangelismo e o ministério no qual eu acredito! Não me interesso por construir templos, inventar cargos de pastores, enumerar pessoas, ou ter funcionários do sagrado. Também nem quero que o pessoal fique centralizado em torno de um líder. Desejo discipular e enviar os seguidores do Evangelho ao mundo pra compartilharem as boas novas como pessoas normais que vivem em sociedade.
Talvez algum cristão legalista irá dizer que os frequentadores dessas reuniões em bares estão assentando na "roda dos escarnecedores". Porém, o assentar na roda dos escarnecedores, conforme diz o Salmo 1º, seria você tornar-se partícipe dos planos malignos das pessoas más. Não é conviver com quem seja diferente de você ou ter uma vida secular. Aliás, um bom exemplo de alguém sentar na roda dos escarnecedores seria, por exemplo, um deputado da bancada (in)vangélica participar da roubalheira do dinheiro público e depois ainda ter a cara de pau de entrar nas igrejas pedindo voto para as próximas eleições.
Deus nos quer adorando-O com liberdade e espontaneidade. E o adorar a Deus "em espírito e em verdade" certamente inclui atos de sinceridade. Assim, deste modo, precisamos celebrar com liberdade, do nosso jeito e, principalmente, com graça.
OBS: Foto e trechos da matéria extraídos do site "NOTÍCIAS CRISTÃS": http://news.noticiascristas.com/2011/11/igreja-oferece-cerveja-para-atrair.html#ixzz1d5CcHGcr
NESSA EU QUERO IR E TOMAR SANTA CEIA COM SKOL ACOMPANHADA COM APERITIVO DE FRIOS!!! RSRSRS
ResponderExcluirSINCERAMENTE NÃO VEJO NADA DEMAIS NEM DE MENOS TAMBÉM!!!
muito interessante!
ResponderExcluirmuitas vezes com alguns amigos, também participei(e ainda participo) desses "cultos" sem liturgia, sem cerimônias; um vinho de boa qualidade(para quem gosta), alguns petiscos, e uma conversa boa que é a mais pura "koinonia".
Rodrigão
ResponderExcluirTem uma tal de cerveja sem álcool que alguns crentes tomam, comumente, na "Marcha para Jesus"
Mas essa aí, tenho certeza de que Jesus não tomaria, porque é cerveja falsificanda (rsrs)
Veja qual é a marca de cerveja aprovada por Jesus, acessando o link abaixo:
http://levibronze.blogspot.com/2009/11/marcha-de-jesus-com-cerveja-de-jesus.html
Rodrigão, Jesus já disse a mulher samaritana: "Aonde adorar em espírito e em verdade". Jesus falou tá falado. rsrs
ResponderExcluirAbraço.
Olá, amigos.
ResponderExcluirTendo eu regressado ontem de uma relaxante viagem, fico feliz em ler os comentários de vocês.
Sonho com este tipo de comunhão autêntica entre os irmãos, com adoradores sinceros e que façam de seus encontros momentos bem agradáveis, sem formalismos.
Realmente, assim como o Franklin, não vejo nada de mais ou de menos quanto aos costumes desta inovadora comunidade californiana. E o uso de álcool, ou o seu não uso, em nada acrescenta quanto à nossa espiritualidade porque o Reino de Deus não é comida e nem bebida.
O Franklin falou em Ceia e eu fico a pensar sobre o que seria uma comunhão dessas tal como foi a última celebração de Jesus com seus discípulos. Pois, no ambiente da Ceia, ao invés das pessoas irem todas bem vestidas para o encontro, tipo usando terno e gravata, ou socialmente apresentáveis, conforme vejo em diversas igrejas, melhor seria um chinelo de dedo, sentarem em almofadas confortáveis, ficarem bem à vontade e, quando estiverem bem descontraídas, repartirem o pão lembrando de Jesus.
Porém, como bem lembrou o Edu, uma comunhão semelhante pode ocorrer sem nenhuma formalidade, quando amigos sinceros e que se amam resolvem encontrar-se. Aí o culto pode acontecer num bar ou até mesmo num almoço familiar de domingo preparado com carinho pela matriarca junto com as filhas e noras (hoje em dia os parentes têm se reunido cada vez menos nos finais de semana). Ou seja, o local do templo é totalmente dispensável assim como as liturgias, a presença da figura do pastor institucional, o nome "igreja" e até mesmo a leitura de "livros sagrados" já que a Palavra de Deus é viva, totalmente metafísica e se manifesta independentemente da letra. Mas se as famílias ou os amigos resolverem dispensar uns minutinhos para uma leitura ou estudo da Bíblia, acredito que tornará bem significativa a reunião.
Esta postagem do Levi em seu blogue ficou bem humorada. Não quero nem saber de tomar esta cerveja Sagres! (rsrsrs) Ainda mais porque, segundo eu soube, cerveja sem álcool engorda mais do que a comum. E olha que tem muitos (in)vangélicos que afirmam por aí que o vinho servido por Jesus na última Ceia não tinha álcool. Eta pregaçãozinha fake esta!
Um abraço a todos e, se forem tomar uma "gelada" na igreja, não dirijam! (rsrsrs)
Um livro que me ajudou a entender melhor o que é um culto a Deus e me libertar desta dependência da igreja e de outras formalidades cristãs trata-se da brilhante obra de Wayne Jacobsen e Dave Coleman, o livro publicado pela editora Sextante no Brasil com o título Por que Você Não Quer Mais Ir À Igreja? - Uma História Sobre o Verdadeiro Sentido do Amor de Deus. Eis aí uma breve sinopse conforme consta lá no site da Saraiva:
ResponderExcluir"Depois de toda uma vida dedicando-se à Igreja e ao caminho que sempre lhe pareceu o certo, Jake Colsen está diante de uma dolorosa dúvida: como é possível ser cristão há tanto tempo e, ainda assim, se sentir tão vazio? Mas o amor divino está sempre a postos para transformar vidas. Observando uma multidão numa praça, Jake depara com João, um homem que fala de Jesus como se o tivesse conhecido e que percebe a realidade de uma forma que desafia a visão tradicional de religião.
Com a ajuda do novo amigo, Jake irá reavaliar os conceitos e crenças que norteavam seu caminho. Levar uma vida cristã significa ter os comportamentos aprovados pelo grupo religioso a que pertencemos?"
Fonte: http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/produto.dll?pro_id=2650785&pac_id=26548&gclid=CMup8aPFs6wCFY9V7AoddHi8Fw