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domingo, 27 de março de 2011

Vontade de tomar banho de cachoeira!

Hoje (27/03/2011), senti uma profunda saudade dos meus passeios na floresta e banhos de cachoeira. Depois de estar com o pessoal da Igreja pela manhã, vim andando do bairro Cascatinha ao Centro de Nova Friburgo, passando pela Via Expressa onde há uma ciclovia paralela à pista dos carros que é bem propícia para caminhar.

Com o dia ensolarado, apesar de ser começo de outono, senti bastante calor e então desejei dar um mergulho num rio. E, estando já em casa, veio à minha memória o rio Macacu cujas águas devem estar bem refrescantes nesta época do ano.

Em Cachoeiras de Macacu dá para tomar banho de rio até abril. Mesmo sendo um município vizinho, não é um lugar muito frequentado pelos friburguenses. Mas dá bastante gente da região metropolitana do Rio de Janeiro, São Gonçalo e Niterói. E há locais que já vi lotados de ônibus de excursão enquanto outros são recantos quase desconhecidos.

Meses após ter me estabelecido em Nova Friburgo, passei a explorar as belezas naturas do município vizinho que tem praticamente um terço de seu território na Serra do Mar, com inúmeras nascentes que foram belíssimas quedas d'água que vão formando o rio Macacu, como o próprio nome da cidade diz. Então, sendo ainda estudante e com bastante tempo pela frente, não me cansei de conhecer lugares novos, andando por trilhas e muitas vezes mergulhando nos poços de água doce.

Por várias vezes Núbia me acompanhou e, em outras ocasiões, eu seguia sozinho pela estra a fora. Na época ainda éramos namorados. Ela estava muito melhor de saúde e não se importava de andar quilômetros para conhecer uma cachoeira. Com ela, fui até Santa Fé, subindo pelo rio Boavista, um dos afluentes do Macacu. Também andamos por Guapiaçu e tomamos banho no Macacu, em Boca do Mato. E ainda percorremos a trilha da antiga estrada de ferro, que fora construída na época imperial, e hoje, sem os trilhos, é uma ótima opção para o ecoturista fazer um mergulho na história e na natureza.

Para quem quer opções não muito distantes, pode-se considerar que a rodovia Rio-Friburgo seria um parque a céu aberto quando corta a serra de Cachoeiras de Macacu. Aliás, ali é de fato um trecho do Parque Estadual dos Três Picos, o qual nem existia quando cheguei na região. E, antes da ex-governadora Benedita da Silva criar esta unidade de conservação, alguns monumentos naturais já compunham um roteiro ecológico nas proximidades da estrada como um centenário jequitibá e as sete quedas, ambos em Boca do Mato.

Lembrar dessas coisas me dão muita saudade e desejo por uma vida mais próxima da natureza pois faz tempo que não faço algum passeio recente na floresta. Um dia desses pretendo caminhar novamente. Se Deus quiser.

OBS: As fotos acima pertencem a três CDs foram cedidos por meu amigo cachoeirense Jorge Elpídio Medina, apelidado de Passarinho. Ele é autor de um projeto de inventário geográfico e hidrográfico do município de Cachoeiras de Macacu, feito em colaboração com os fotógrafos Denílson Siqueira, André Confort, Yuri Blacheire e Damião Arthur.

2 comentários:

  1. Olá Rodrigo, hoje moro em Cachoeiras e pouco conheço dos rios e cachoeiras ainda, e já li aqui sobre o Jorge Elpídio e espero quando passar essas chuvas fazer umas caminhadas com algum grupo e guia local, já vi anúncio em jornais do bairro, mas caso você saiba de algum grupo, poderia deixar aqui o anúncio? Agradeço.

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  2. Oi Wilma. Tudo bem? Que bom saber que você é quase minha vizinha (rsrs). Ou seja, estamos só há alguma pequena distância (na Amazônia um vizinho pode morar a 100 km de barco do outro).

    O Passarinho é um amigo meu e cliente. Ele esteve até comigo aqui em Nova Friburgo na semana passada. E se trata de u cara super acessível. Ele também é amigo do Jâmerson que é outro figuraça.

    Quando conheci o Jorginho, foi sabendo dele pela internet. Entrei num site sobre Cachoeiras de Macacu, fui pra lá fazer uma caminhada em Guapiaçu e, ao rtornar, procurei saber onde era a casa dele e fui procurá-lo identificando-me como um ecoturista.

    Parece meio louco pra quem é de cidade grande, mas como já convivi muito com as pessoas no meio rural, nunca me senti inibido em procurar os desconhecidos porque num lugar pequeno todos são parte da mesma comunidade.

    Enfim, não se sinta inibida em procurar o Passarinho aí em Cachoeiras (a casa dele é peto do Piratas Clube, no Gangury) e ele vai te dar ótimas dicas e talvez até te aproximar de algum grupo de pessoas que goste de caminhadas. E ele conhece quase todo o município com a palma da mão.

    Abraços.

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