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quarta-feira, 29 de julho de 2015

Será apenas ficção de uns cientistas de Oxford?!




Já faz alguns anos que pesquisadores do Instituto do Futuro da Humanidade, da Universidade de Oxford, Reino Unido, têm alertado o mundo sobre os riscos de extinção da raça humana. De acordo com esses cientistas matemáticos e filósofos, a nossa espécie pode desaparecer ainda neste século XXI!

O fato é que novas tecnologias vão surgindo e hoje, além da preocupante questão ecológica, fala-se em potenciais ameaças que nós mesmos inventamos usando a inteligência dada pelo Criador: a manipulação genética, a nanotecnologia para fins bélicos e a inteligência artificial.

Imaginem nossos filhos e netos amanhã (ou se bobear nós mesmos) tendo que proteger o espaço aéreo de suas residências de um ataque de "drones" armados que seriam usados por mentes criminosas?! Pois, se algo assim virar rotina das páginas policiais do futuro, possivelmente a humanidade terá que viver abrigada nos subterrâneos ou, se bobear, no espaço cósmico. 

Segundo os pesquisadores de Oxford, não se trata de mera ficção científica! Em 2013, eles argumentaram em um texto acadêmico chamado Riscos Existenciais como Prioridade Global que autores de políticas públicas devem atentar para os riscos que podem contribuir para o fim da espécie humana. E foi o diretor do instituto, o sueco Nick Bostrom, quem afirmou existir uma possibilidade plausível de que este venha a ser o último século da humanidade!

Bostrom comparou as ameaças existentes a uma arma perigosa nas mãos de uma criança. Ele disse que o avanço tecnológico superou a nossa capacidade de controlar as possíveis consequências. Assim, experimentos em áreas como biologia sintética, nanotecnologia e inteligência artificial estariam avançando para dentro do território do não intencional e o imprevisível. Por exemplo, a nanotecnologia, se realizada a nível atômico ou molecular, poderia também ser altamente destrutiva ao ser usada para fins bélicos. Por isso ele tem escrito que governos futuros terão um grande desafio ao controlar e restringir usos inapropriados.

Há ainda temores em relação à forma como a inteligência artificial ou maquinal possa interagir com o mundo externo. Esse tipo de inteligência orientada por computadores pode ser uma poderosa ferramenta na indústria, na medicina, na agricultura ou para gerenciar a economia, mas enfrenta também o risco de ser completamente indiferente a qualquer dano incidental...

Sinceramente, meus leitores, não sei por quanto tempo ainda deve durar a democracia e os direitos fundamentais do indivíduo tal como conhecemos. Em nome de uma necessidade de segurança, a humanidade pode experimentar um tremendo retrocesso político até que saibamos lidar com a nova realidade. Aliás, vejo como inevitável termos amanhã um governo mundial e um rígido controle sobre os direitos de ir e vir dos cidadãos. 

Apesar de tudo, confio no Evangelho e na propagação dos valores do Reino de Deus para que a humanidade consiga vencer esse desafio que é de ordem ética. Para isso devemos continuar trabalhando com fé, foco e amor a fim de que o mundo seja alcançado pelas boas novas de Cristo.

15 comentários:

  1. Sinceramente, estudos como estes não me deixam pessimista quanto ao futuro da humanidade. Apenas mais realista. Em momento algum deixo de lado a esperança que sempre nutriu os sonhos da humanidade para que continuemos tentando progredir.

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  2. O anti-Cristo é uma realidade. Haverá um só governo, mascom certeza a humanidade não será destruida, o Rei dos Reis voltará e determinará o fin deste planeta.
    "Em quanto o evangelho não for pregado em toda parte, não virá o fim".

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  3. Boa noite, Guiomar.

    Primeiramente obrigado por sua leitura e comentários.

    Acredito que o futuro da humanidade (e de cada pessoa) seja uma resultante de decisões tomadas pelo exercício do nosso livre arbítrio e fatores externos alheios à nossa vontade. Entretanto, é por nossa causa que o mundo encontra-se desse jeito indo de mal a pior, apesar dos bons exemplos de dignidade e amor que ainda nos fazem, digamos, acreditar no nosso semelhante.

    Inspirando-me na escatologia Bíblia, temos hoje no mundo o conflito entre o espírito de Cristo com o do anti-Cristo influenciando a tomada das decisões sendo hoje a tecnologia usada para o bem e para o mal. O avião inventado por Santos Dumont usaram-no mais tarde para a 1ª Guerra Mundial e por aí foi. Hoje os robôs ajudam na construção de grandes pontes e de plataformas de petróleo (se bem que já estão desempregando vários trabalhadores), mas pode ser usado para lutar numa guerra. E quem garante que a indústria bélica e a inteligência militar das grandes potências do planeta já não estejam pensando nisso?

    Acontece que hoje a tecnologia já está tomando uma grande dimensão e, enquanto a humanidade não for renovada, tudo indica que escala está caminhando para uma auto-destruição. No ano passado, um dos maiores cérebros do mundo científico, o célebre Stephen Hawking, disse que a inteligência artificial ainda pode destruir a humanidade. De acordo uma matéria da BBC, ele declarou que:

    "(Essas máquinas) avançariam por conta própria e se reprojetariam em ritmo sempre crescente (...) Os humanos, limitados pela evolução biológica lenta, não conseguiriam competir e seriam desbancados."

    Penso que todos esses males são consequência da própria maldade humana pois somos nós quem criamos os sistemas injustos, desiguais, opressivos e potencialmente devastadores para o meio ambiente. Nós estamos destruindo a Terra e a nós mesmos! Logo, esse fim [do sistema maligno global] só pode vir pela comunicação das boas novas do Reino de Deus que, trocando em miúdos, significa chamar o homem para uma transformação ética que, por sua vez, criará novos céus e nova terra.

    Como podemos ver, Gui, o verdadeiro conhecimento que muda e transforma não se encontra no conteúdo das ciências ainda que estas possam ser usadas como ferramentas para o bem. Porém é a simplicidade da mensagem de boas novas que corrige rotas fazendo com que mudemos de rumo.

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  4. Enfim, que não nos cansemos de promover as boas novas do Reino, amiga. Por mais que, na atualidade, as coisas estejam bem difíceis com tanta intolerância, desamor, violência, desprezo pelo outro, corrupção, crime organizado, perseguição religiosa ameaça de guerras, doenças graves e desequilíbrios ecológicos. Quem rompe com a mesmice e a mediocridade do sistema, ousando sair de sua rotina para semear coisas boas, sem dúvida está contribuindo para a transformação ética do nosso planeta. E que sejam os os agentes dessa mudança.

    A paz do Senhor!

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    1. Sou cético quanto ao destino do Homo Sapiens, Rodrigo.

      Compartilho do pensamento do filósofo, sociólogo e psicanalista alemão, Erich Fromm, quando, dissertando sobre o Caráter Mercantil do Homem Moderno, assim se expressou:

      a INTELIGÊNCIA MANIPULATIVA atual do homem, na consecução de seus fins práticos, é perigosa e autodestrutiva. […] A grande promessa de progresso ilimitado de sujeição da natureza, de abundância material, da maior felicidade para o maior número de gente, fracassou”.

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    2. Boa noite, Levi.

      A questão é se essa tendência auto-destrutiva seria inerente à espécie ou à nossa cultura comportamental. confesso que tenho minhas indagações e não consegui achar ainda a resposta.

      Na visão dos cientistas do Instituto do Futuro da Humanidade, da Universidade de Oxford, a recente descoberta de mais um exoplaneta, o Kepler-186f (desta vez um astro bem parecido com a Terra devido à distância de seu respectivo sol), não é considerado habitado por muitos cientistas devido á chamada "teoria do grande filtro", a qual tenta explicar o paradoxo de Fermi (por que os ETs ainda não nos encontraram).

      Ora, se de fato ainda não fomos "encontrados" poderia ser porque a vida inteligente em sua caminhada evolutiva encontraria aí mais um gargalo que seria o enfrentamento do risco de uma extinção gerada pela própria espécie que se auto-destruiria. Do contrário, os seres dos mundos mais antigos que o nosso (provenientes das estrelas hoje vermelhas), com bilhões de anos a nossa frente, já teriam nos descoberto:

      "This apparent absence of thriving extraterrestrial civilizations suggests that at least one of the steps from humble planet to interstellar civilization is exceedingly unlikely. The absence could be because intelligent life is extremely rare, or because intelligent life has a tendency to go extinct. This bottleneck for the emergence of alien civilizations from any one of those billions of planets is referred to as the Great Filter (...) While the emergence of intelligent life could be rare, the silence could also be the result of intelligent life emerging frequently but subsequently failing to survive for long. Might every sufficiently advanced civilization stumble across a suicidal technology or settle into an unsustainable trajectory? We know that a Great Filter prevents the emergence of prosperous interstellar civilizations, but we don’t know whether or not we already cleared it in humanity’s past or if it awaits us in the future. For 200,000 years, humanity has survived supervolcanoes, asteroid impacts, and naturally occurring pandemics. But our track record of survival is limited to just a few decades in the presence of nuclear weaponry. And we have no track record at all of surviving many of the radically novel technologies that are likely to arrive this century. Esteemed scientists such as Astronomer Royal Martin Rees at the Cambridge Centre for the Study of Existential Risk point to advances in biotechnology as being potentially catastrophic. Others, such as Stephen Hawking, Max Tegmark, and Stuart Russell, also with the Cambridge Centre, have expressed serious concern about the exotic but understudied possibility of machine superintelligence." - http://arstechnica.com/science/2014/04/habitable-exoplanets-are-bad-news-for-humanity/

      Não sei se o homem seria a única possibilidade de vida inteligente no Universo. Acredito que não. Mas tenho visto que estamos mesmo nos auto-destruindo e que, se não mudarmos a nossa rota, o Homo sapiens fechará o seu próprio túmulo. É urgente que se compreenda a mensagem amorosa do Evangelho!

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  5. Rodrigo, acrescentemos a isso a crença humana universal na covardia como instrumento legítimo de punição e opressão. A coisa fica exponenciamente mais critica!

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    1. Sem dúvida, Gabriel, a prática da covardia seria uma manifestação dessa tendência destrutiva e auto-destrutiva que temos visto hoje no homem.

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    2. Infelizmente não amigo estes conceitos de destruição e autodestruição são componentes basicos de nossa natureza animal anterior e é totalmente inserida no contexto natural. A covardia é posterior a isso e na forma como tento expor é algo exclusivo do universo humano tem claro origem natural mais é subproduto da mente humana da intencionalidade. Por ter origem natural é de pouco preveito que fiquemos a lamentar sua existencia é parte de nós, assim como qualquer outro ingrediente de nossa genese é fato com o qual precisamos buscar como lidar, é ai que acredito que tenha algo a dizer apartir do lidar com o fenomeno insistente da covardia e isso passa por encarar a quialidade de natural da destruição. A auto-destruição nada mais seria que a manisfestações dos instintos destrutivos reprimidos nos precessos civilizatórios que negem o carater destrutivo de cada um.

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    3. Olá, Gabriel. Compreendo o que colocou. Você vê a covardia como um mal comportamento. Mas o que relaciono em relação aos processos destrutivos seria o fato da covardia hoje estar contribuindo de diversas maneiras para que não tomemos necessárias atitudes de mudança.

      Como se sabe, o antônimo de covardia é coragem. Pois bem. Penso que nós, a humanidade, precisamos ter ousadia para amadurecer e evoluir, concretizando isso por meio de atitudes. Salvar o planeta e a nossa espécie requer coragem por meio de atitudes capazes de romper com a acomodação.

      Um abraço.

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    4. Rodrigo, como você pode perceber em suas proprias palavras estes conceitos de coragem e covardia são essenciais e voltando ao tema da postagem, no destino do mundo. Eu tambem penso dessa forma, justamente por isso me "especializei" no tema covardia e por consequencia em coragem. E não acho que problema seja exatamente falta de coragem, talvez da 'verdadeira coragem' como gosto de falar para diferenciar da coragem exibicionista e ou vaidosa, essa seria um mal quase tão grande quanto a covardia.
      Para sintetizar o que quero dizer, vou te propor um exercicio: esqueça da coragem, considere que como pessoas comuns estamos muito loge da verdadeira coragem e não pense na covardia como medo receio ou acomodação, como pessoas comuns tambem estamos sujeitos a tudo isso e o mundo sempre será feito na sua maior parte de pessoas comuns e é esse mundo que queremos salvar. Então, só nos resta como pessoas comuns, abominar, repudiar a covardia no sentido de um mal comportamento gravissimo, que seriam as atitudes ediondas e perversas em sociedade e que não por acaso são o recurso mor dos facinoras, mafiosos, melicianos, capangas etc.estes sim, em ultimo caso, são os mantenedores do sistema que no momento conduz o mundo a aniquilação. Espero que voce consiga entender essa mudança de enfoque que venho a algum tempo tentando colocar.
      A verdade amigo é que se Jesus se martirizou não poderá nem deverá existir mais martirios. Mesmo com toda vontade de reconhecer a coragem dos individuos devemos saber que se Jesus se martirizou todo martirio após ele sera menos que inutil nos conduzindo a entender que talvez a verdadeira coragem seja mesmo ser uma pessoa comum e que o verdadeiro heroi deste mundo sera o cidadão pacato, simples e solidário que as vezes nos apressamos em confundir com acomodado quando na verdade é a rocha plantada que sustenta a comunidade.

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    5. Boa tarde, Gabriel.

      Eu entendo que o exercício da coragem vai conforme o potencial e a maturidade de cada um nesta vida. Há que se buscar a renovação de hábitos e melhorar os desempenhos pessoais. E isto se faz pela análise dos valores e a reeducação comportamental. A esse respeito, não idealizo nenhum martírio sacrificial como o de Jesus e os cristãos dos primeiros séculos. Penso em mudança nos padrões de pensamento e de sentimentos, o que certamente exige uma dose de esforço e, portanto, de coragem. Algo que uma permanente análise de nós mesmos pode ajudar juntamente com o estabelecimento de metas evolutivas para serem alcançadas.

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    6. Em tempo!

      Concordo quando fala do "cidadão pacato, simples e solidário". Estas características é que comporiam o arquétipo do homem do século XXI. E mesmo assim há que se esforçar para não sermos nós os criadores de conflitos e deixarmos a acomodação para que ingressemos na prática da solidariedade.

      Um abraço.

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  6. Lembrando-me da Bíblia, trago aqui esses versos de Deuteronômio que considero pertinentes:

    "E guardarás os seus estatutos e os seus mandamentos, que te ordeno hoje para que te vá bem a ti, e a teus filhos depois de ti, e para que prolongues os dias na terra que o Senhor teu Deus te dá para todo o sempre." (Deuteronômio 4:40)

    Porquanto te ordeno hoje que ames ao Senhor teu Deus, que andes nos seus caminhos, e que guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos, para que vivas, e te multipliques, e o Senhor teu Deus te abençoe na terra a qual entras a possuir. (Deuteronômio 30:16)

    Mais do que nunca o homem precisa de uma transformação ética. Do contrário, iremos nos auto-destruir mesmo!

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