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sexta-feira, 26 de junho de 2015

Compreendendo o suicida



"Quando uma pessoa pensa em suicídio, ela quer matar a dor, mas nunca a vida" (Augusto Cury)

Compreender não significa concordar, mas é o primeiro passo para que possamos ajudar e até mesmo perdoar uma pessoa.

Em sua conhecida frase acima citada, o psiquiatra e escritor Augusto Jorge Cury foi bem certeiro em reconhecer que o suicida, ao fugir da dor imediata, procura de alguma maneira a vida. Tal pessoa faz isso de um modo errado, mas, no fundo, o seu desejo é se sentir bem.

Não nego que o suicídio seja uma fraqueza do ser humano diante dos desafios e que tal indivíduo perde a oportunidade de superar os obstáculos e de ter novos aprendizados.

Como havia respondido a um amigo durante um debate em grupos do Facebook, "boa parte de todas as religiões apregoam o suicídio como sofrimento" e que, de acordo com a sua interpretação da Bíblia, citando ele o Apocalipse, "ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira". No entanto, acredito na superioridade da graça divina contra qualquer ato humano falho e creio que Deus nos vê de maneira diferente com uma compreensão sem igual.

Assim, reitero o pensamento de que a melhor atitude a ser feita é buscarmos compreender um suicida. Não cabe a mim (ou a nenhum ser humano) julgar o seu próximo que se matou. Mesmo quem nunca tentou suicídio certamente já procurou se evadir de diversas situações conflitantes da vida que precisava resolver, quer seja evitando-as ou simplesmente adiando de maneira até inconsciente.

Ao homem, como peregrino nesta Terra, só resta amar e acolher tal como nos ensinou Jesus em seus dias. O Mestre a ninguém condenou. Antes estendeu a mão, reconciliou, orientou e ensinou. Cabe a nós, que julgamos ser seus discípulos, fazermos o mesmo.

Um ótimo final de semana a todos!


OBS: Ilustração acima (Jesus ajudando um suicida) extraída do Blog do QUEMEL.

2 comentários:

  1. Rodrigo, o Rebens Alves escreveu em um dos seus textos:

    "Há dores que fazem sentido. Como as dores de parto – uma vida nova está nascendo. Mas há dores que não fazem sentido algum."

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    1. Bom dia, Eduardo!

      Como havia me respondido o Toninho lá no debate do grupo da Confraria dos Pensadores Fora da Gaiola no Facebook, onde divulguei esta postagem:

      "É muito difícil compreender um suicida... Quais as razões que movem uma pessoa a chegar a esse extremo!..."

      Aí vc me cita esse pertinente pensamento do Rubens Alves que vêm corroborando o que Toninho havia colocado.

      No entanto, considero o que escreveu (em internetês) mais um participante do debate lá que se identificou por Frater Imortal Selva:

      "A dor organica ou espiritual tem diversos timbres, parece ser diferente, mas em suma é a mesma dor, ke se apresenta em maior ou menor intensidade, uke muda são as situações"

      Não nego ao amigo que seja fácil compreender um suicida. Não é. Mesmo a citada frase do Augusto Cury pode não se aplicar a todos os casos. Mas fico ainda com meu pensar já exposto no texto de que,

      "Mesmo quem nunca tentou suicídio certamente já procurou se evadir de diversas situações conflitantes da vida que precisava resolver, quer seja evitando-as ou simplesmente adiando de maneira até inconsciente."

      Bem, eu ainda não experimentei uma dor tão forte a ponto de querer me matar. Já vivi situações em que preferia não estar vivo e depois alegrei-me por tê-las conseguido superar. Só que quando olho para o sofrimento alheio, não conheço toda a realidade da pessoa e, por causa de minha limitação, prefiro não julgar por que fulano se matou ou tentou se matar. Porém, se estiver ao meu alcance, prefiro estender a mão e dizer pra quem sofre:

      NÃO DESISTA DA VIDA!

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