Páginas

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Só pela graça!

Estou lendo o livro "Sem barganhas com Deus" do reverendo Caio Fábio. Trata-se de uma obra bem diferente das que costumamos encontrar visto que o autor segue um estilo a princípio não muito conclusivo, mas com mensagens que nos fazem pensar.

Uma das coisas que muito estimo e prezo nas mensagens de Caio Fábio diz respeito à nossa dependência da graça de Deus. Uma dependência que é exclusiva, pois não somos aceitos por Deus pelo que fazemos ou pelo que temos, mas sim pela sua graça manifestada em Jesus, a revelação do seu incondicional amor pela humanidade.

Entender a mensagem da graça não requer longas leituras de livros ou de textos bíblicos. Para compreendermos o que é graça precisamos abrir mão de nossa auto-suficiência, declararmos nossa falência moral e espiritual.

Os evangélicos confessam publicamente que são salvos pela graça, mas nem sempre quem diz crer na graça salvadora já aprendeu a viver debaixo dela. A todo momento, a mente humana é tentada a se auto-justificar, a ter pena de si, achar que merece. Quando uma benção não se materializa de imediato em nossas vidas, precisamos lutar contra certas ideias equivocadas que são contrárias à dependência exclusiva da graça, pois muitos, embora não falem, pensam desta maneira: "Sou um dizimista fiel, não traio minha esposa e nunca falto aos cultos da Igreja, então por que Deus permitiu isto acontecer comigo? Por que estou sendo perseguido? Eu não mereço!"

A verdade é que passamos a nossa vida inteira pensando na graça. Mesmo depois da conversão, o crente é frequentemente testado na sua maneira de encarar a vida, de se relacionar com os irmãos e quanto aos julgamentos que faz. As quedas, os momentos de quebrantamento pessoal, as aparentes derrotas e as respostas de Deus contrariando nossos planos são, por exemplo, momentos para o nosso aprendizado.

Da mesma maneira que não merecemos o favor de Deus, pois todos são pecadores, também não podemos achar que somos isentos de passar por aflições. Aliás, Jesus não nos prometeu que neste mundo viveríamos num mar de rosas e já preveniu seus discípulos em relação às lutas que viriam, assegurando-lhes, porém, que o mundo já estava vencido por Ele.

Não há como barganhar com Deus! Não há... O homem, durante sua caminhada nesta terra, deve unicamente apoiar-se no favor de Deus, em sua misericórdia, na suficiente graça, sabendo que as perdas que enfrentamos são passageiras, que a morte nada mais é do que mera aparência e que já vivemos eternamente com Cristo.

Só pela graça!

2 comentários:

  1. Primeiro: acho que não diz bem o que é a "graça".
    Segundo: "não somos aceitos por Deus pelo que fazemos ou pelo que temos, mas sim pela sua graça manifestada em Jesus";"não merecemos o favor de Deus, pois todos são pecadores"; isso significa que não importa o que você faça, no fim das contas quem decide é ele?

    ResponderExcluir
  2. Penso que as definições teológicas nunca serão suficientes para explicar algo. "Favor imerecido" é o que se costuma utilizar além de "dom gratuito de Deus", o que se baseia no amor e na misericórdia do Eterno.

    Realmente para sermos aceitos por Deus naa importa o que fazemos. Ele nos ama pelo que somos.

    O que fazemos é reflexo da fé. Esta vai se exteriorizar por obras, escolhas, comportamentos.

    Abraão foi justificado diante de Deus por sua fé, mas demonstrou que tinha fé quando fez o que Deus mandou: saiu da casa de seus pais sem saber para onde ia, peregrinou em terra estranha habitando em tendas com seus descendentes e morreu sem receber tudo o que lhe tinha sido prometido.

    Pela fé, Abraão levou seu filho Isaque para ser sacrificado no monte Moriá, crendo que Deus seria capaz até de ressuscitá-lo.

    Abraão também pecou, mas seus pecados não foram levados em conta por Deus para efeito de justificação. Tornou-se amigo de Deus.

    ResponderExcluir