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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

O desafio do ensino remoto para alunos carentes e a necessidade de um plano de educação diante da pandemia



Estiva lendo nesta semana que, de acordo com uma pesquisa feita no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, três em cada quatro alunos não têm computador em casa para acompanhar o ensino à distância implementado durante a pandemia de COVID-19.


"O RJ2 teve acesso com exclusividade ao resultado do levantamento, que mostra que estudantes moradores de favelas do Rio não têm condições de acompanhar o ensino a distância. A pesquisa foi realizada pela organização Redes da Maré com o apoio do Fundo Malala. Foram ouvidas 1.009 meninas estudantes de 6 a 17 anos. Todas são moradoras de uma das 16 favelas que formam o conjunto da Maré" - https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2021/02/24/3-em-cada-4-jovens-estudantes-da-mare-nao-tem-computador-em-casa-para-ensino-remoto-diz-pesquisa.ghtml


Outro dado importante, embora baseado em informações de moradores, é que o sinal de internet disponível na referida na comunidade é de má qualidade, de maneira que as famílias sentem dificuldades para arcar com os custos do serviço.


Fato é que, nos últimos dez anos, o computador, que nunca esteve em todas as casas brasileiras, foi se tornando um utensílio doméstico em desuso devido à aquisição dos aparelhos celulares com acesso á internet e várias funções. Logo, poucas são as famílias carentes que podem proporcionar meios adequados para os filhos terem acesso ao ensino remoto.



Tendo em vista a real impossibilidade de uma plena reabertura das escolas, precisamos de um plano educacional alternativo com ensino à distância ou semi-presencial que possa ser ministrado para os nossos alunos em todo o país. Assim, diante desse quadro, o MEC não pode deixar de formular estratégias que permitam aplicar metodologias e didáticas, tanto para o ensino infantil quanto para o fundamental e até mesmo o ensino médio.


Portanto, o MEC precisa firmar parcerias com os municípios nos estados, a fim de viabilizar uma melhor organização das atividades educacionais, o que precisa incluir políticas públicas de distribuição em massa de computadores e notebooks, tornando a internet no Brasil algo plenamente acessível para todos. E, deste modo, importa que os prefeitos comecem interagir com Brasília, marquem uma audiência com o ministro Milton Ribeiro, e apresentem reivindicações nesse sentido. 

2 comentários:

  1. O problema é que não dá para confiar nesse governo. Só tem gente incompetente.
    Infelizmente eu já vi esse filme antes quando trabalhava com tecnologia na educação.

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    1. Pois é. Infelizmente estamos mal servidos eo governo federal não compreende a necessidade de poupar vidas durante a pandemia.

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