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terça-feira, 30 de abril de 2013

A experiência de acessar a internet pelo celular

Devido à demora da Telemar em efetivar o serviço de banda larga VELOX em minha residência, como relatado no texto O péssimo atendimento da Oi Fixo nas cidades menores, publicado dia 19/03, neste blogue, acabei esforçando-me para a aprender a navegar na web através do celular.

Eu já tinha entrado até com um processo contra a Oi e obtido a difícil medida de antecipação da tutela jurisdicional para a empresa fazer o serviço funcionar (processo n.º 0002161-34.2013.8.19.0030 em curso no Juizado Especial Adjunto Cível da Comarca de Mangaratiba). Porém, como a decisão da magistrada depende da intimação do réu para que se abra o prazo do seu cumprimento, resolvi testar o uso da internet pelo celular de Núbia. Pois, se a situação permanecia (e permanece) ainda indefinida, precisava buscar outros meios além de apenas frequentar a lan house de Muriqui e salas da OAB nos Fóruns.

Não sou nenhum expert em informática e o máximo que consegui foi entrar em alguns sítios sem mexer em tudo. Para o meu trabalho com a advocacia de pouco adiantou visto que não estou consultando minhas publicações na OAB e nem o andamento das ações na página do Tribunal pelo aparelho. Menos ainda o processo eletrônico. Porém, tenho entrado no meu email do Yahoo! e no Facebook. Já o blogue apenas visualizo as mensagens e seus comentários a elas sem poder interagir.

Digo que uma das piores coisas que inventaram foi esse teclado do Samsung de minha mulher. Acho super estressante porque, quando digito uma letra, às vezes aparece outra diferente na tela. Aliás, como teria dito o Jô Soares numa das edições de seus programas usando um certo substantivo que prefiro não reproduzir aqui, "eta tecladinho de %#@*&..."

Por outro lado, os condicionamentos dessa experiência têm me obrigado a ser mais objetivo no uso das palavras quando escrevo alguma mensagem via cel. Ao acessar o tal do Face, por exemplo, tenho que me contentar em digitar parágrafos curtos diferentemente do blogue. Ou melhor, componho somente um parágrafo por vez ali e com poucas frases. De preferência uma só.

Esse tipo de expressão é justamente o que não gosto porque, na maioria das vezes, torna-se superficial. Hoje em dia, parece que as pessoas têm preguiça de pensar e preferem mais os contatos de rede social do que a leitura de um bom livro. Nem mesmo se for um artigo com umas três laudas e, por isso, suponho que blogar ainda não faça tanto sucesso.

Mas bem refletindo, eis que as frases bíblicas, e sobretudo alguns ensinamentos de Jesus, costumam ser composições bem curtas e que, ainda assim, obrigam-nos a queimar neurônios. De cada bem-aventurança do Sermão do Monte são elaboradas pregações que duram horas bem como a publicação de livros com centenas de páginas. Cada dito sapiençal nas Escrituras Sagradas conduz a múltiplos significados capazes de se complementar e dando beleza ao livro mais lido em todo o planeta.

A conclusão que chego é que, mesmo com uma mudança em curso nos padrões comunicativos, ainda podemos promover uma dose de qualidade em conteúdos resumidos. Muitas das vezes somos demasiadamente prolixos na blogosfera e não conseguimos fazer com que o destinatário da mensagem compreenda a nossa ideia. E quem não está buscando algo dificilmente absorverá textos grandes ou pequenos. Logo, estou encarando o desafio de diversificar a maneira de me expressar mas sem me separar dos tradicionais livros que até hoje continuam sendo melhor saboreados pelo papel impresso. Um brinde à memória de Johannes Gutenberg!

Um comentário:

  1. Como informei no artigo publicado hoje (01º/05), a internet, finalmente, começou a funcionar aqui em casa:

    http://doutorrodrigoluz.blogspot.com.br/2013/05/finalmente-internet-chegou.html

    Foi uma luta cansativa mas valeu a pena.

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