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sábado, 8 de abril de 2017

Viva as caminhadas!




A edição de ontem do Globo Repórter exibiu uma excelente matéria sobre as caminhadas mostrando pessoas que praticam essa atividade por motivo de saúde, outros por questão de fé, e uma universitária que anda a pé nove quilômetros pela necessidade de deslocar-se de sua casa, situada na zona rural, até o ponto de ônibus. Em cada um dos três blocos do programa, pude simultaneamente acompanhar trechos da longa expedição de um grupo amante do turismo ecológico no litoral do Rio Grande do Sul, com o qual a equipe da emissora de TV encarou os 235 quilômetros de areia da Praia do Cassino até à fronteira com o Uruguai (clique AQUI para conferir).

Confesso estar mais acostumado a percorrer as montanhas e os vales da Serra do Mar sendo que, nas vezes quando caminho pelas praias existentes por aqui, a extensão na areia dificilmente ultrapassa 1% (um por cento) do trajeto da citada travessia dos aventureiros gaúchos, onde as águas do mar são muito mais frias e violentas do que na região onde moro. Porém, lamento não ter hoje a mesma disponibilidade de passar uma semana inteira andando, quer seja em terras baixas ou altas, tal como fazia nos tempos de universitário em Nova Friburgo.

Ora, ainda que eu tivesse um ano para sair viajando livremente pelo mundo, sei que enfrentaria algumas dificuldades por falta de rotas para os caminhantes nesta e em outras regiões. Pois mesmo tendo por perto uma diversidade maior de paisagens, se comparado com o litoral do Rio Grande do Sul, carecemos de um circuito de trilhas capazes de interligar as povoações da Costa Verde entre si e com os variados lugarejos na Serra do Mar, sendo que até as principais estradas, antes não pavimentadas, encontram-se já asfaltadas de modo que o movimento dos veículos torna o passeio menos relaxante.

Penso que deveria haver no Brasil uma ampla variedade de roteiros para caminhadas que fossem reconhecidos e mantidos pelos governos em harmonia com a preservação dos espaços ambientalmente protegidos. Pois tal iniciativa certamente ajudaria a desenvolver o turismo no nosso país e permitiria o acesso a um lazer de baixo custo à população.

Ainda que sendo para fins religiosos, como são as peregrinações aos santuários, há que se reconhecer aí um interesse público que é o próprio turismo em si. Por exemplo, aqui no Município Mangaratiba, há grupos que todos os anos cavalgam até à cidade de Aparecida do Norte (SP) passando pela Serra do Piloto, Rio Claro, Bananal e outros lugares mais. Eu mesmo, se aguentasse ficar tanto tempo montado sobre o lombo de um animal e tivesse tempo sobrando, até acompanharia esses romeiros só pelo sabor de conhecer lugares novos.

Seja como for, acredito que o verdadeiro motivo de alguém fazer uma longa caminhada seja o conhecimento interior pois, como foi bem colocado na reportagem da TV Globo, uma experiência dessas "permite reflexões sobre mudanças na vida". E isto acaba sendo uma poderosa ferramenta para a nossa transformação pessoal a fim de darmos um novo significado ao que fazemos.

Portanto, meus amigos, vamos caminhar, sendo que eu, mesmo sem poder hoje ir para muito longe, não quero desperdiçar a chance de admirar as belezas existentes próximo de casa.

Ótimo domingo a todos!


OBS: Ilustração acima extraída de http://www.riodasostras.rj.gov.br/roteiros-de-caminhadas.html

7 comentários:

  1. Bom dia, Rodrigo!

    Como vai? Aqui, tudo normal e até a Primavera está chegando, sim, pke se chegou a pensar, semanas atrás, que a "minina" estava com "vergonha" de nos beijar e abraçar (rs).

    Nós passamos a vida atarefados. Que coisa! A partir de 5ª f vou entrar em descanso até 2ª, dia 17, mas tenho mto k fazer aqui por casa. Vou ficar, por aqui, calmamente, sem timings.

    Sejam quais forem os motivos das caminhadas, acho sempre elas mto proveitosas para o corpo e para a mente. Estive vendo o vídeo e, de facto, há uma enorme vontade em conhecer, pôr a fé à prova, enfim, de se sentir renovado (235 Km a pé. Eu "morria").

    Nossa, Ricardo! A menina faz 9Km, diariamente, para chegar ao ponto do ônibus? Tanta sede de aprender. Parabéns, querida, sem te conhecer.

    Sei que no Rio Grande do Sul o clima é bravo e há mais frio, neve e gelo, que propriamente tempo ameno, mas o Brasil é enorme, apanhando várias zonas da terra, se pensarmos no equador.

    Acho, tal como você, uma excelente ideia promover as caminhadas com fins turísticos, que dão lucro para o país e se conhecem novas formas de viver e de contatar com outras culturas. Mas e a segurança, Ricardinho? Já pensou?

    Pra te falar com sinceridade, prefiro dançar a fazer caminhadas, mas ambas as atividades nos fazem mto bem.

    Mto agradeço tua visita e comentário, sempre bem feito, e sem ser apressado, só para retribuir (creio k você me entendeu) e podes sim levar o k quiseres de meu blog e nem precisas pedir. Só peço é k me avises, pra eu poder ver o k escrevo em outros espaços. Acho que já passei por esse blogue, de que você fala, e onde participa. Tenho de dar uma olhada, lá.

    E pronto, a semana vai avançando e sexta-feira santa é feriado no mundo cristão. Te desejo uma Santa e Redentora Páscoa.

    Beijo com mta estima.

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    1. Boa noite, CEU.

      Se por aí a primavera vai chegando com certa timidez, eis que, por aqui, é o calor que teima em não nos deixar apesar de já ser outono no Hemisfério Sul. Muito embora já não sejam mais aquelas temperaturas altas do verão que algumas vezes ultrapassam os 40ºC. E acredito que, por aí deva ser assim também nas cidades litorâneas durante os meses de junho, julho e agosto até o começo de setembro, quando para nós é inverno.

      Realmente no Rio Grande do Sul o inverno é para nós rigoroso. Não como na Europa! Pois embora possa cair neve nas serras gaúchas e catarinenses, em locais onde a altitude está acima dos mil metros do nível do mar, são momentos temporários. Isto porque dura só alguns dias ainda que nos demais as temperaturas fiquem em torno de uns 10 graus ou menos nessas regiões sulistas. Já o litoral de lá esfria bem porém não cai neve, valendo lembrar que a latitude em sua graduação seja quase a mesma que em seu país ainda que as águas sejam mais frias por causa da influência de uma corrente marítima gelada vinda da Patagônia enquanto a Europa é aquecida por uma corrente quente chamada Gulf Stream, salvo engano. Aqui a influência da corrente quente, no sentido sul, termina no litoral de Santa Catarina e não atinge o Rio Grande do Sul. Por isso, as praias catarinenses são muito atraentes para os brasileiros do Rio Grande do Sul e também para os vizinhos argentinos.

      Amanhã já devo iniciar o meu descanso porque, a princípio, não tenho compromissos laborais. Um cliente que pretendia entregar-me um documento ainda no final do dia de hoje já não vai mais e os órgãos públicos aqui não funcionarão na quinta. E, caso tenha oportunidade, pretendo fazer uns passeios mesmo que por perto de casa.

      Realmente o fator insegurança é relevante para que seja ponderado quanto a uma rota turística de caminhadas. No interior, embora se tratem de lugares pacatos, sempre existe a possibilidade do crime organizado atacar os viajantes. Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, já houve vários assaltos a turistas que resolveram subir a Pedra da Gávea. Porém, aí estou falando de uma capital estadual e umas das maiores cidades do mundo em termos e população. Talvez não ocorreria isso se houvesse um monitoramento maior do Poder Público sendo que aí o efetivo policial nunca é suficiente para todas as necessidades. Mas, se houver um estudo que comprove justificadamente que vale a pena dar uma atenção maior para uma zona turística através das forças de segurança, acredito que tornaria viável o investimento. Aliás, existem batalhões especializados da polícia ostensiva nos estados brasileiros voltados tanto para o turismo quanto para a proteção do meio ambiente a exemplo do BPMA e do BPTur no Rio de Janeiro. Algo que, inclusive, estamos reivindicando para a nossa cidade aqui no litoral.

      Finalmente, agradeço pela autorização que deu para republicar seu texto sobre a poesia conforme havia solicitado em seu blogue. E o artigo já está no ar:

      http://cpfg.blogspot.com/2017/04/por-ceu-do-blogue-ausente-do-ceu-o.html

      Desejo um excelente feriado e uma feliz Páscoa para você extensivo os seus.

      Abraços.

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  2. Olá, Rodrigo!

    Ainda bem k o tempo quente continua por aí. No Norte de Portugal as temperaturas, mesmo no Verão, são mais tépidas. Em Lisboa, considerada centro-sul, as temperaturas são elevadas, mas raramente atingem os 40ºg. No Sul, que não no Algarve, creio k já deve ter ouvido falar, as temperaturas excedem os 40ºg no Verão, nomeadamente na cidade onde nasci, Beja no Baixo Alentejo (além Tejo).

    Temos k suportar e aceitar as diferentes temperaturas nos mais variados lugares da terra, pke são mtos os fatores e elementos do clima, que tal determinam.

    Ainda bem k vais descansar, pelo menos até domingo de Páscoa. Aqui, a partir de 5ª feira ao meio-dia, os bancos e repartições do estado estarão encerrados.

    Pois, há k equacionar uma série de coisas para que a segurança seja uma realidade.

    Não tem k me agradecer, absolutamente, nada, Rodrigo. Eu é que tenho k te agradecer, e muitooooooooooooooooooooooo! Estive, agorinha mesmo no blog referido, li o meu poema, mas como não tenho, por opção, Google+, não pude deixar lá umas palavrinhas. Acredite k tenho muita pena. pergunto, se não dará para ter as duas formas de comentar, ou seja, como aqui, em seu blog e através do Google + ? Se der, muito agradeço, até pke há lá textos bem interessantes, k, vez ou outra, gostaria de comentar. Eu sei k nesse blog participam mais pessoas, para além de você, e não quero, de jeito nenhum, estar alterando regras iniciais e estipuladas, mas se der e estiverem de acordo, ficarei mto feliz e agradecida.

    Noite feliz e mais uma vez, te desejo uma PÁSCOA DE AMOR.

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  3. Desculpe, Rodrigo, mas estou tirando a estética a seu blog, pke não escrevi em Responder.

    Tudo de bom!

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  4. Olá, CÉU.

    Sinta-se á vontade em participar com seus comentários tanto aqui quanto na CPFG do qual sou apenas um dos autores, embora ultimamente o mais frequente.

    Aqui no verão, até o Rio Grande do Sul passa dos 40ºC em dias quentes. Porém, não é o que ocorre nas regiões serranas de altitude mais elevadas. E acredito que nem mesmo as cidades de Urupema e de São Joaquim, nas serras de Santa Catarina, considerados uns dos municípios mais frios do Brasil, a temperatura chegue a esfriar mais do que na Serra da Estrela em seu país. E eis aí um lugar que teria muita vontade em conhecer se fosse a Portugal ainda que a parte Sul daí também me atraia.

    Mas que bom ter gostado de minha reprodução de seu texto lá na CPFG. Conhecimento e arte são coisas que tenho o prazer de divulgar. Nisto sou um socialista (rsrsrs)

    Grande abraço e excelente Páscoa.

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    1. Olá, Rodrigo!

      Talvez eu não me tenha expressado bem na conversa anterior. Então, passo a explicar, de novo. Aqui, no seu blogue, comento sem precisar de usar Google+, mas lá no CPFG só se pode comentar através do Google+, k não tenho, como não tenho Face, POR OPÇÃO. Se desse pra comentar lá como aqui, então eu tb comentaria. Fiz-me entender?

      Você "conhece" bem meu país! Eu, nunca visitei a Serra da Estrela, pke detesto sítios frios, mais neve e gelo e sei lá k mais. Conheço algumas cidades do Norte de Portugal, mas só Braga, Cidade dos Arcebispos, situada no interior, me atrai, devido às altas temperaturas e aos bons atoalhados e roupas k lá há (tem mtas fábricas, por perto). As pessoas do Norte são mto extrovertidas e se você não falar, elas se metem com você. Dizem palavrão, a torto e a direito, mas nem dão por isso. Acho k é "genético", sei lá.

      O Sul, o meu Sul, mas não o Algarve, k é mesmo no finzinho do meu país, é o oposto. O Alentejo recebeu influência árabe, durante séculos, e as mulheres não usam burka, não (rs), mas "quase" e têm um sentido de decência e postura diferentes de qualquer outra mulher portuguesa (não "tou" puxando a brasa à minha sardinha, não)! Os Algarvios são simpáticos, mas não em excesso, e vivem para e do turismo, aliás, você se visitar o Algarve, vê lá mais ingleses, alemães, etc. do k propriamente portugueses.

      Qdo vier a Portugal, o visite de Norte a Sul, pke ele tem a forma de um retângulo pequeno, pacato, com coisas bonitas e outras menos bonitas, mas mto seguro e ninguém te assalta por um celular.

      Há dias, falando com uma médica dentista de Santa Catarina, que para cá se deslocou há 10 anos, me contou k foi assaltada no metro, ou melhor, puxaram o saco dela, duas vezes, e por incrível k pareça, os assaltantes eram brasileiros. Vai ao Brasil, ano sim, ano não, pke tem lá os pais e os irmãos, mas se sente sempre insegura e morrendo de saudades de Portugal. Vive com um português, tb, dentista e tem já uma filha, mas não quer mais filhos, pke não deseja seguir a tradição brasileira (rs). Viveu 1º na cidade do Porto e agora tem consultório em Lisboa.

      Obviamente, k gostei, Rodrigo! Quem não gosta de mimos? Muito obrigada! O Alentejo teve a maior poetisa de sempre, Florbela Espanca. Nunca coloquei nada de outra pessoa no meu blogue, pke as pessoas dizem k a escrita delas não condiz com a minha, e é verdade, mas tenho encontrado prosa mto boa, textos de enorme qualidade, k gostaria de ter sido eu a escrevê-los, mas poesia, nem por isso, pke ou é mto erudita, e eu, não a "entendo" ou é tipo quadra de fraquíssima qualidade, para além dos erros ortográficos e de concordância, k encontro por aí. Sou mto franca e direta e um bocadinho antissocial (rs), portanto sou social democrata, como você, mas virada para a direita, reconhecendo, todavia, os erros dela.

      Abraços e beijinhos para ambos. Falo da "minina" que está juntinho de você na foto de perfil de seu blogue (rs).

      UMA SANTA PÁSCOA!

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    2. Boa noite, CEU.

      Como bem colocou, é um conhecimento entre aspas mesmo porque, seja através dos mapas ou visitando umas poucas vezes, não dá para se dizer que conhecemos um lugar. É preciso ao menos passar um considerável tempo em contato com uma cultura e convivendo com pessoas. E, apesar dos brasileiros falarem a mesma língua que os portugueses e terem formado no passado um único Estado, já são quase duzentos anos de História que nos separam, além de que, mesmo em épocas passadas, já havia um largo oceano entre aqui e aí. E põe largo nisso. kkkkkk

      Sinceramente, fico a imaginar o Pedro Álvares Cabral naquelas caravelas antigas enfrentando ondas enormes, sem tomar banho, tomando uma água que, como tempo, deveria ficar cheia de bichos, bem como os diversos riscos da época. Até a travessia do D.João VI deve ter sido muito dramática aponto da família real ter pego piolho. E olha que agora a TV Globo está exibindo uma novela que passa no horário das 18 horas onde a trama se desenrola na época de D. Pedro e seus pais.

      Certamente que o Brasil e o Portugal de hoje não são os mesmos de tempos passados. Digo não só da época daquele rei barrigudo e seu filho mulherengo, mas em vários aspectos. Por exemplo, se fôssemos falar dos assaltos, talvez, em 1940 o Rio pudesse ser mais tranquilo que Lisboa e muitos outros lugares da Europa. Hoje, porém, a violência é uma constante ameaça para os cariocas, exigindo em certos locais cautela e muita desconfiança.

      Falando de geração de filhos, atualmente os brasileiros já não têm tantos filhos. Em 2012, a taxa de fecundidade constatada foi de 1,81 filhos por mulher, o que é algo baixo da taxa de reposição populacional que é de 2,1. Hoje os EUA estariam acima de nós. Mas, se voltássemos a 1980, a taxa de fecundidade aqui seria de 4,07 filhos e, em 1960 de 6,21, vindo daí essa ideia de que a mulher brasileira seja uma fábrica de bebês (rsrsrs). Mas agora essa redução toda passa a gerar preocupações, inclusive com a Previdência Social.

      Sobre publicar algo de outro autor em meu blogue pessoal também nunca fiz, exceto quando faço uma citação. Mas na CPFG é diferente. Como foi um espaço que surgiu através da iniciativa de vários internautas defensores do livre pensamento, recordo que tínhamos até regras de postagem nos tempos em que a blogosfera brasileira era mais movimentada. Cada postagem deveria ficar no mínimo quatro dias no ar e depois o próximo a postar seguia uma ordem de colaboradores que passava de dez. Porém, quando as pessoas passaram a usar Facebook, houve um esvaziamento dos blogues. Tanto é que, se pesquisar, vai achar muitos que não estão atualizados há anos.

      Quanto à "minina" ao meu lado na foto é minha esposa Núbia. Poderá vê-la novamente na postagem de hoje e em outras anteriores.

      Abraços e ótimo feriado.

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