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quarta-feira, 19 de abril de 2017

Para mim, sempre o Flamengo...




Tudo bem que, diante de uma decisão judicial, ou você cumpre ou recorre, mas, data venia do entendimento dos excelentíssimos senhores ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal que, por 3 votos a 1, julgaram desprovido o recurso interposto pelo Flamengo contestando o entendimento que declarara o Sport como único campeão brasileiro de 1987, continuarei considerando meu eterno rubro-negro tão vencedor quanto o respeitável time pernambucano.

Aquela foi a primeira conquista nacional que acompanhei conscientemente pois, nos títulos anteriores, era bem criança ainda. Na época da Copa União (outro nome do torneio), eu tinha só meus onze anos de idade, mas lembro muito bem o quanto torci, sofri e comemorei aquele que, por muitos anos, foi considerado o tetracampeonato do Mengão, quando o mitológico Zico, apesar do joelho já lesionado, ainda exibia a sua inesquecível arte pelos gramados. Recordo até hoje dos incríveis jogos na seminal contra o Atlético Mineiro e depois na final contra o Internacional, os quais pude assistir pela TV com grande vibração.

Assim sendo, passei quase três décadas de minha vida considerando como consolidada essa emocionante conquista de modo que, no ano de 1992, acrescentei uma quinta estrela à minha camisa e, durante os meus momentos de torcedor, enchia a boca para dizer com um certo ar de provocação aos adversários: "todo mundo tenta, mas só o Flamengo é penta". No Brasileirão de 2009, entendi que já poderíamos cantar para o mundo inteiro que éramos hexacampeões.

No julgamento de ontem, somente o ministro Luis Roberto Barroso votou favoravelmente à divisão do título brasileiro de 1987 entre os dois clubes. Marco Aurélio, Alexandre de Moraes e Rosa Weber rejeitaram o recurso. Entretanto, com todo o respeito ao Poder Judiciário e ao Sport, digam o que quiserem que para mim, o Mengão continua o campeão de honra da Copa União naquele ano. Pois, afinal, para um torcedor a verdade futebolística é a versão que está dentro de si de modo que, aos meus olhos, o rubro-negro permanece hexa e tá falado!

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