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sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A importância de fazer um bom casamento




“Mulher virtuosa, quem a achará?
O seu valor muito excede o de finas joias.”
(Provérbios 31:10; ARA)

Nos anos de minha juventude, vovô Sylvio orientava-me que procurasse “moça honesta e de boa família” para casamento. Eu, porém, achava o seu conselho um tanto retrógrado pois, afinal de contas, quem é que manda no coração?! Não é o que todo mundo sempre alega por aí afim de justificar as suas quebras de compromisso? Aliás, confesso que nem papai, se tivesse vivo na época, teria concordado com o conselho do pai dele que, segundo a gíria usada por sua geração do pós-guerra, seria um pensamento “quadrado”.

Mas será que o meu saudoso avô paterno, que ajudou a me criar após o prematuro falecimento de papai, estaria de todo equivocado em sua opinião?

Infelizmente, poucos conseguem controlar o sentimento arruinador da paixão ou a sua dependência afetivo-sexual de alguém. E, devido a essas escolhas, geralmente irrefletidas, muitos são os casamentos/uniões que, depois de um tempo, acabam não dando certo. Pois quando as empolgantes emoções passam, surgem a frustração e um amargurante arrependimento por estar envolvido(a) num relacionamento onde o cônjuge/companheiro mostra-se incapaz de somar. Aí uns suportam fielmente até o fim enquanto outros permanecem juntos por um considerável período de suas vidas. Mas a grande maioria hoje em dia acaba mesmo é “chutando o balde” como se fala na gíria atual.

Aprendi na igreja que o cristão deveria consorciar-se com alguém que tenha a mesma fé sendo claro que a Bíblia não encoraja casamentos mistos. É óbvio que nada disso deve ser entendido como regra absoluta pois as Escrituras Sagradas traze exemplos excepcionais de boas companheiras como a moabita Rute, esposa de Boaz, a qual veio a ser bisavó do grandioso rei Davi e citada expressamente por Mateus na genealogia do Senhor Jesus junto com as estrangeiras Raabe e Tamar. Porém, o vergonhoso comportamento de alguns israelitas na jornada do deserto (ler Números 25) pode perfeitamente ensinar às gerações do presente sobre os riscos de assimilação dos valores errados quando nos deixamos seduzir por pessoas de baixa moral. Aliás, não podemos esquecer jamais o quão trágico foi o envolvimento de Sansão com a filisteia Dalila.

Verdade é que ninguém conhece bem o outro até ambos conviverem diariamente. Por outro lado, apenas o fato da pessoa ser membro de uma determinada igreja, possuir pais exemplares e/ou ostentar uma posição honrada no meio social nem sempre serão indicativos suficientes para a sua qualificação. É nessas horas que entra a relevância do namoro sem envolvimento sexual, o qual deve ser encarado como o momento certo para os interessados avaliarem um ao outro. Por isso não é aconselhável as pessoas pularem etapas muito embora não seja possível determinar qual o tempo ideal pra duração de um namoro.

Finalmente, vale lembrar que, nesta vida, ninguém é perfeito e muito menos seria o futuro algo totalmente previsível. Contudo, creio que podemos nos desviar de muitos erros com um comportamento sábio, se formos um pouquinho mais seletivos nos relacionamentos observando o caráter e para a conduta do(a) namorado(a). Pois, se soubermos escolher a nossa outra metade, grandes serão as chances de formarmos uma boa família, o casal vir a prosperar nos seus negócios, um amparar o outro nas dificuldades ficando juntos até à velhice e ambos se tornarem uma bênção para a humanidade. Aliás, acredito ser este é o propósito divino porque cada lar é uma célula da Igreja de Cristo. Portanto, fica aí o meu conselho para a juventude brasileira.

Um ótimo final de semana a todos!

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