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domingo, 16 de fevereiro de 2014

Seria errado colocar os pais numa casa de repouso?




Muitas pessoas de bem, quando chegam a uma certa etapa de suas vidas, deparam-se cedo ou tarde com um preocupante problema: como manter o pai ou a mãe dentro de casa quando um deles, ou ambos, numa avançada idade, tornam-se doentes e passam a depender dos cuidados especiais de alguém?

Nessas horas difíceis, uns permanecem até o fim ao lado de seu genitor e compartilhando do mesmo ambiente enquanto que outros contratam um enfermeiro, ou um ajudante capacitado, para tal objetivo. Porém, há filhos que, por variadas razões, optam pelos serviços de uma casa de repouso, termo que hoje em dia seria mais digno do que o vocábulo asilo.

Ocorre que o fato dos filhos tomarem a decisão de colocar os pais num lar para idosos ainda é muito mal vista dentro da nossa sociedade. Principalmente pelas mentes hipócritas mais julgadoras sempre prontas a atirar a primeira pedra no outro sem nem ao menos conhecerem de perto a realidade fática de cada caso. Muitos até consideram essa atitude como uma violação do mandamento bíblico da Lei de Deus sobre honrar pai e mãe (Ex 20:12; Dt 5:16), o que, no meu ponto de vista, seria uma má interpretação das Escrituras Sagradas.

Como se sabe, há idosos que são mal cuidados em todos os lugares. Uns ficam esquecidos num asilo qualquer enquanto outros encontram-se assim dentro da própria casa! Não recebem um pingo de atenção, são tratados com as mais estúpidas grosserias e nem mesmo ouvem um bom dia ou ganham um beijo de boa noite antes de dormir. Isso quando não têm a aposentadoria subtraída pelos filhos, os quais só querem saber de ter o pai por perto para ficarem com o dinheiro do velho.

Por outro lado, existem aqueles idosos que, por razões éticas e psicológicas mal resolvidas, insistem em ser um peso além da conta para os filhos. Pois, por mais que estes tentem dar amor e carinho na medida das possibilidades, o pai ou a mãe estão sempre a inventar situações preocupantes com a saúde, implicam com o genro ou com a nora, criam dramas emocionais de todos os tipos, fogem de casa sem avisar deixando a família inteira em estado de alerta e não querem de modo algum tentar ser felizes na terceira idade procurando os saudáveis grupos de convivência. Enfim, conscientemente ou não, tais pessoas atentam contra o sossego, o casamento e até o desempenho profissional dos filhos de modo a tornar insuportável o ambiente no lar.

Além disso, há inúmeras situações de doença que extrapolam as condições dos filhos, os quais nem sempre dispõem de recursos financeiros para pagar pelos serviços de um cuidador especializado. E não apenas pode faltar a grana como também tempo, espaço adequado na casa, um mínimo de conforto para todos e ainda aquela dose necessária de atenção. Aí manter o pai ou a mãe dentro de casa numa situação dessas torna-se até algo desumano e irracional.

Ocorre que muitas das vezes os nossos valores morais e religiosos impede-nos de racionalizar corretamente as coisas. O honrar pai e mãe significa antes de tudo a expressão de um princípio amoroso de relacionamento familiar, um mandamento que é via de mão dupla como bem interpretou o apóstolo Paulo ao reconhecer deveres tanto para os filhos como para os genitores (conferir Ef 6:2-4). E aquilo que a Bíblia condena expressamente seria o desprezo do filho (Dt 27:16), algo caracterizado pelo abandono de fato e que costuma ser motivado por ódio, rancor e casos de extremo egoísmo pessoal.

Assim sendo, penso que um idoso hospedado num abrigo pode muito bem continuar amado pelos filhos e netos recebendo visitas regulares. Se as condições de saúde permitirem, os filhos podem, por exemplo, levar o pai para almoçar com eles nos finais de semana, trazê-los para as comemorações religiosas e familiares, estarem presentes em determinados exames e consultas médicas, bem como prestarem toda a assistência necessária. Em tal caso, o pai ou a mãe não ficariam desamparados, mas estariam sendo cuidados pela sociedade e acompanhados dignamente pelos de sua parentela.

Sem dúvida que tudo isso precisa ser bem trabalhado com cada família. Justamente porque a casa de repouso ainda é vista por muitos como um local de abandono e de descarte de pessoas, sendo bom que uma decisão dessas seja precedida do apoio psicológico e até mesmo passar pela orientação do pastor religioso da pessoa. Aliás, a própria igreja/congregação pode desenvolver um ministério especificamente para assistir o público de terceira idade e seus parentes próximos prestando amparo espiritual afim de que o amor nunca cesse entre pais e filhos. Afinal, neste aspecto, pouco importa a forma como que a atitude amorosa vai se manifestar.

Uma ótima semana para todos!


OBS: Foto acima extraída de um site do governo do Rio de Janeiro onde a Secretaria de Estado de Saúde noticiou informações sobre cursos para cuidadores, conforme consta em http://www.rj.gov.br/web/ses/exibeconteudo?article-id=1305933

25 comentários:

  1. Gostei muito da matéria, muito esclarecedora. Cada caso é um caso. Colocar na casa de repouso, dependendo do caso, não quer dizer que os familiares deixarão de amar, visitar e sempre presente na vida deles. Em muitas situações, meu exemplo, já estou com mais de 63 anos com problemas de saúde , pai saudável aos 96 anos, mas dá trabalho, é lucido, agressivo etc. Estou sem saída de como fazer.
    Não tenho condições financeiras para manter um cuidador e nem comodidade para ambos. O que é pecado, afinal?

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  2. A matéria é excelente, esclarecedora. Meu caso é não ter mais condições físicas e emocionais de cuidar do meu pai. Ele tem 96 anos lúcido, com saúde, não usa medicamentos, é agressivo, imoral, autoritário etc. Tenho mais de 63 anos, com problemas de saúde, uso remédios controlados e contínuos. Não tenho condições financeiras e nem acomodações decentes para manter pelo menos dois cuidadores. Vivo depressiva, vegetando, à deriva. Se não vou descartá-lo, simplesmente levar para uma Casa de Repouso onde há pessoas especiais para cuidar, além do nosso apoio, conforto e atenção. Onde está o pecado? Obrigada pela matéria.

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  3. Boa noite!

    Você tocou num ponto bem interessante sobre a questão que é a necessidade de cuidadores. Pois estamos vivendo situações atualmente de pais dependentes de filhos já idosos em que penso caber ao Estado disponibilizar cuidadores para necessidades específicas conforme cada caso. E também faz-se necessário a prestação de auxílio a quem tem sido um cuidador doméstico, muitas vezes pessoa da própria família. Cheguei a escrever acerca do tema numa outra postagem de 11/08 deste ano. Confere lá:

    Os cuidadores domésticos familiares
    http://doutorrodrigoluz.blogspot.com.br/2014/08/os-cuidadores-domesticos.html

    Sobre um filho colocar seu pai ou sua mãe numa casa de repouso onde receba cuidados dignos também não vejo nada errado. Há valores em jogo que são mais de ordem cultural do que humanitários. E existem idosos vivendo melhor em alguns abrigos do que na dependência de quem já não mais forças para assisti-los. Logo, não há nenhum pecado ou falta de ética em cuidar dos pais fora de casa. Afinal, trata-se apenas da mudança de local. A aposentadoria do idoso continua sendo administrada em seu benefício assim como o filho não negligencia nas visitas mas se mantém frequente, podendo, inclusive levar o pai ou a mãe para passear, almoçar fora aos domingos com o restante da família, comemorar aniversários, dialogar, etc.

    Certa vez conheci uma família em que os filhos já estavam na faixa etária dos sessenta anos e a mãe com noventa. Acredito que ela foi uma boa mãe e não me parecia ser agressiva. Porém, os filhos ainda tinham uma vida para viver precisando cuidar dos próprios descendentes, manter seus relacionamentos afetivos, cuidar da saúde, etc. Aí colocá-la num abrigo situado em frente ao apartamento do filho numa rua tranquila em Vila Isabel, bairro da Zona Norte do Rio, em nada foi prejudicial. Diariamente este filho podia visitar a mãe e parece que permaneceu bem frequente na sua assistência.

    Para concluir, lembro que o amor ao próximo é algo que deve ser equilibrado. Devemos ser solidários na medida de nossas possibilidades e isto não significa que deva deixar de viver.

    Um abraço.

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  4. Prezado Dr. Luz,
    Muito ponderadas e claras as suas observações referentes a hospedagem de um pai ou de uma mãe em uma casa de repouso.
    Inevitavelmente chega um momento que a pessoa idosa necessitará de cuidados especiais.Isso ocorreu com a minha avó Rosa.

    Considerando-se que as pessoas estão vivendo mais, atualmente, os filhos, filhas, noras e genros trabalham fora, as moradias são muito compactas fica muito complicado para os familiares cuidar de uma pessoa idosa em casa.

    Em uma Casa de Repouso o idoso terá a convivência com pessoas da mesma faixa etária o que, muitas vezes, não ocorre no próprio lar. Além disso, terá tudo a ordem e a tempo uma vez que tudo é em função dele. Desta maneira, garante-se a qualidade de vida e o carinho que merece.

    Obvia e, infelizmente, existem instituições que deixam a desejar. Por isso, quando os familiares decidem procurar uma Casa de Repouso devem fazer uma análise muito criteriosa e comparativa entre diversas casas. A primeira delas é solicitar a apresentação do ALVARÁ DE FUNCIONAMENTO emitido pela ANVISA.

    Os demais itens a serem avaliados podem ser encontrados no site www.compare-casasderepouso.com.br

    A experiência com a minha querida avó Rosa ao mudar para uma Casa de Repouso demonstrou-me que a experiência foi excelente para ela. Eu nunca tinha visto minha avó tão feliz como nos seus últimos cinco anos de vida.

    As lições de vida que aprendi e o meu carinho pelos idosos levou-me a selecionar uma competente equipe multidisciplinar especializada em idosos para inaugurar, em 2.008, minha primeira Casa de Repouso, em São Paulo. Hoje são duas: uma no Pacaembu e outra no Jardim São Bento.

    Ficarei muito honrada se receber sua visita para demonstrar como concretizamos o sonho de proporcionar carinho e qualidade de vida aos idosos e tranquilidade para os familiares.

    Juliana Teixeira da Silva - www.casaderepousovivabem.com.br


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    1. Boa noite, Juliana!

      Inicialmente quero agradecer por sua leitura e comentários.

      Achei muito interessante o seu empreendedorismo e o trabalho que dedica com os idosos. Visitei seu site e pude ver que é um serviço de qualidade, algo que muitos estabelecimentos deveriam ter.

      O fato é que existem familiares realmente reocupado com o bem estar de seus idosos enquanto outros não. Há quem mantenha uma visitação frequente e aqueles que simplesmente esquecem do pai e da mãe depois que se acostumam com a nova situação e os compromissos de agenda vão tomando conta de suas vidas até receberem a notícia de algum falecimento ou internação hospitalar.

      Por outro lado, reconheço que para muitos idosos a oportunidade de convivência com pessoas da mesma faixa etária pode proporcionar uma qualidade melhor do que continuar sob os cuidados com a família. Existem lares em que os idosos nem sempre recebem a devida atenção e nem existe estrutura para isso como bem colocou falando do tamanho das residências.

      Com o tempo vejo que a sociedade tem mudado a sua visão sobre as casas de repouso. Eu, por exemplo, considero-as como auxílios para as famílias pois os deveres de cuidado e de assistência continuam. E quanto aos idosos, verifico que cada vez mais eles têm se mostrado abertos para essa experiência, compreendendo que pode, conforme o caso, ser melhor para eles do que sobrecarregarem a família ou viverem desconfortavelmente sozinhos num imóvel mesmo que tenham condições de desempenhar algumas tarefas com autonomia. Para restes seria mais uma mudança de endereço escolhido por conta própria.

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  5. Parabéns pelo artigo. Eu coloquei minha mãe em uma casa de repouso pelas condições de saúde dela, e eu não ter mais condições de cuidar dela. A família, que deixou ela aos meus cuidados, sem oferecer nada para me ajudar, caiu de pau em cima de mim. Como ela já estava bem debilitada, faleceu 20 dias depois que a coloquei lá. No enterro dela, meu irmão queria até me matar, me acusando de assassina. Já fazem 6 anos, desde que ela se foi e eu ainda vejo os olhares acusadores de meus irmãos, parentes e amigos. Até meu filho ficou contra mim. Infelizmente, quando eu estava lidando sozinha com ela, tendo que trabalhar fora o dia inteiro, pagando todas as contas, plano de saúde, empregada, remedios, fraldas, etc, nenhum deles me ajudou de nenhuma forma. E então se sentiram no direito de acabarem comigo. Fiquei arrasada e até hoje não me recuperei. Já decidi no meu coração que quando estiver velhinha, sem condições, eu mesma vou me internar numa casa de repouso. Chocada com o quanto as pessoas criticam, sem no entanto fazer nada para ajudar-nos com uma solução.

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    1. Estes "parentes" que mais condenam, são os que menos ajudam. Na hora de ajudar - não me refiro aqui a dinheiro não, mas ajudar até mesmo com uma boa palavra de encorajamento ou oferecendo um pouco da sua companhia e da sua compreensão - ninguém aparece. Daí acontece o pior e são os primeiros a agredir, culpar, condenar. Zayne, viva sua vida, livre-se desta culpa e seja feliz longe deste bando de abutres. Somente você sabe o que passou, sabe dos seus limites e de tudo o que levou a tomar a decisão de internar sua mãe. Tenho certeza que foi uma decisão muito bem pensada. Foi no mínimo uma covardia e uma crueldade a atitude do seu irmão em relação a você. Afirmo porque conheci uma pessoa próxima que passou por uma situação parecida e compreendo bem toda essa hipocrisia. Abraços.

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    2. Por motivos de saúde tbm coloquei minha mãe numa clínica geriátrica sei q muitas pessoas vão me condenar chamar de filha desnaturada mas só eu sei o q vinha vivendo e chegou num ponto q ela passou a fugir de casa sou filha única e tenho duas filhas q me ajudaram e estão me apoiando não está sendo fácil mais pra mim ela com demência esquece fácil de tudo mas eu q convivi por 24 anos sempre acompanhando ela no dia e a noite estou sofrendo e me sentindo culpada com esses relatos me senti mais tranquila mais segura da atitude q tomamos já passei dos sessenta e ela chegando aos noventa

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    3. Uni' aconteceu o mesmo comigo. Tirando que minha mãe tem neto dependente químico que não dava sossego. Os parentes olham, criticam, mas não movem uma palhaçada para ajudar. Né sinto culpada...mas não dou conta.

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  6. Gostei da matéria. Eu e meu irmão decidimos colocar minha mãe em uma casa de repouso, Ela deve um AVC,com ISQUEMIA, a uns 03 anos atrás, depois desse episódio, ficou um pouco debilitada, mas com poucas sequelas do AVC, só retardou um pouco a fala,e perdeu um pouco a firmeza das pernas, ela vive sozinha meu irmão mora em frente a casa dela,leva janta e almoço todos os dias a noite, mas trabalha o dia todo,ele e a esposa; eu não moro perto,eu e minha esposa também trabalhamos o dia todo, a uns 6 meses atrás deve um tombo no banheiro, quebrou o fémur, porem não necessitou de cirurgia, se recuperou bem, agora esta andando com andador, mas mesmo assim nessas últimas semana levou dois tombos um deles machucou o joelho, não temos condições financeiras de pagar uma cuidadora dia e noite, e encontramos uma casa de repouso a onde se enquadra aos nossos orçamentos financeiros,e colocamos ela agora de inicio ela esta questionando muito ter saído de casa chora as vezes e diz que quer voltar para casa, tento ao máximo, fazer visitas constantes devido ao horário de trabalho, estou muito triste com essa situação e as vezes me sinto com remorso(arrependido) dessa situação, mas penso antes dela na casa de repouso sendo cuidada do que em casa sozinha, pois da última vez que caiu esta sozinha a sorte que consegui ligar para meu irmão que saiu as pressa do serviço, para soco-rela, sem contar que podemos ser denunciado por abandono de idoso.
    Será que fizemos o certo?

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    1. Olá Leandro,
      Achei esta matéria muito boa. Minha mãe tem 80 anos e teve sofreu isquemia também. Sou filho único e a sete anos levei ela para morar comigo, minha esposa e meu filho. Construímos uma casa para ele no nosso terreno. Mas com o passar do tempo ela começou a ficar mais dependente e necessitando de cuidados especiais. Em razão de trabalho, não podíamos dar a atenção necessária e que ela merece. Minha esposa podia estar mais em casa, mas não sempre. Cheguei a colocar câmeras para poder vê-la à distância enquanto estou no trabalho. Eu via que, apesar de morar conosco, ela ficava sozinha a maior parte do tempo, pois não temos como deixar de trabalhar. Era muito triste de ver.
      No dia anterior ao que escrevo esta resposta, coloquei a mãe em uma casa de repouso dentro das nossas condições financeiras. Um lugar muito bom e que se parece muito com um sítio, com canteiros de flores e árvores com frutas. As pessoas que trabalham lá são extremamente atenciosas. Não foi fácil tomar esta decisão, mas me pareceu a mais acertada. Está sendo difícil sair para trabalhar e ver a casa dela vazia, mas estou certo de que está sendo bem cuidada, fazendo mais atividades e com companhia de outras pessoas da mesma idade.
      Me pergunto se fiz o certo também... Apesar de estar triste ainda, penso que sim, pois não se trata de abandono, mas sim dar a quem cuidou de nós uma melhor qualidade de vida.

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    2. Amigos escrevo agora em 2020 não sei se ainda vão ler minhas questões...meu pai começou com um quadro de Alzheimer, demência senil, tenho minha mãe de 74 anos, que não conseguiu mais cuidar devido a agressividade dele, não querer tomar banho...ele tem 83 anos, nunca gostou de conviver conosco, gosta de outro tipo de vida, álcool mulheres, estou sofrendo demais por ter colocado ele lá, uma vez que era um homem ativo, cheio de si, fico imaginando ele preso ali,há 7 dias passou mal na casa de repouso e está no hospital, As vezes na visita não fala comigo...estou confusa demais me arrastando em depressão...sinto que estou punindo ele pela vida que não me deu...mas não é isso...enfim gente me ajudem se puderem!

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    3. Boa noite! Vejo a casa de repouso mais como um apoio à família. E sendo o melhor que o filho pode fazer por seus pais, deve ficar com a consciência tranquila

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  7. No meu caso sou filho único e minha mãe tem mal de Alzheimer. Mas, não quer ir pra casa de repouso. Não tenho condições e minha vida profissional está parada.

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  8. Com a minha mãe aconteceu uma história ... Eu estava aqui em casa cuidando dela normalmente. Até que um dia ela não conseguiu mais levantar. Começou a tremer e perdeu totalmente as forças nas pernas. Fiquei desesperada levamos p o PS e nada adiantou. Não vi outra saída senão colocar em uma clínica de repouso. Eu vou lá ficar com ela todos os dias menos agora devido ao Corona. Não achamos outra saída pois pelo peso dela precisariam pelo menos 3 cuidadores pois ela não mexe mais as pernas e eu não tenho condições financeiras p isso. Estou me sentindo muito triste e limitada mas fazer o que. Nunca imaginei que isso aconteceria um dia. Ela está com delirium ás vezes também. Amo demais a minha mãe e estou morrendo de remorso e pena dela.

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  9. Monica, tentei responder ao seu apelo, mas não encontrei o endereço. Por favor, acesse o linking abaixo sobre as ordens do amor e você ficará muito mais tranquila. Abraços!
    https://www.youtube.com/watch?v=pkYeaMXURkU

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  10. Estou passando por isso, colocamos meus pais numa casa de repouso. Primeiro foi minha mãe pois está com Alzheimer e ficava agressiva. Eles não tem casa, pois perderam porque vendiam o que tinha e não investiram na velhice. Enfim estavam na casa dos filhos, sendo cuidado pelas noras que acabaram ficando doentes uma delas com depressão. Sou a única filha mulher, vieram ficar com agente, no dia 13 de março, plena pandemia. Sou professora e tive que reinventar a forma de ensinar por internet, ainda estou aprendendo. Meu marido aposentado passou a me ajudar a cuidar. Acabamos estressados, perdi 11 quilos em 4 meses. Decidimos colocar minha mãe primeiro e meu pai quis ir também, porque sentia falta da minha mãe. Estão bem, o lugar é simples. Lá tem as enfermeiras que dão os remédios na hora certa, a pessoa que cozinha, a que cuida da limpeza. Vem a culpa , porque jamais pensei em coloca-los longe de nós, mas moramos longe uns dos outros numa cidade grande. Vou visita-los a cada 15 dias pra levar algo que precisem. Isso dentro dos protocolos por causa da pandemia. Infelizmente, existem pessoas parentes que acham errado. Mas pra ajudar nunca apareceu ninguém. Então, entrego a Deus quem me julga. Se um dia eu tiver a sorte de ficar numa casa de repouso porque meus filhos me colocarem, será o melhor pra mim , não quero que deixem de viver por causa de mim. Amei sua reportagem, Rodrigo e Também dos depoimentos.

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    1. Estou no mesmo dilema e é muito confortante ver que não estou sozinha tbm coloquei nas mãos de Deus se estou pecando ele pode me punir mas ao visitar minha mãe vejo ela conversando bem limpinha coisa q comigo ela não aceitava fazer lá ela faz levo coisas q ela gosta de comer quando vou com minha filha tiramos ela pra um café coisa q aqui ela não tinha pois dizia não gostar de sair l.endo os relatos estou ficando mais calma me sentindo menos culpada

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  11. Com certeza bem esclarecido essa matéria !
    Muitos estão perto dos pais ,porém distante ao mesmo tempo as vezes na mesma casa , maltratando por questão emocional da pessoa estar dando trabalho .
    Seria melhor estar numa casa de repouso do que ser maltratado pelos filhos e fazerem eles se acharem um peso .
    Parabéns !!!

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  12. Estou precisando de.um conselho seria errado.colocar minha madrasta na casa de repouso está muito isquimiia de uns tempo piorou muito está debilitada usa fralda as família ninguém se oferece para ajudar a mim.e a minha irmã que também tem problemas de saúde fica cansativo e já chorei muito por isso não quero colocá-la numa cada de repouso mas está ficando difícil e fico pensando por não naoser minha mãe a família dela vai me julgar o que faço

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    1. Sugiro conversar isso com os filhos e parentes próximos dela. Pois, se algum deles se dispuser a cuidar em casa, acredito que estará resolvido o problema. Se ninguém se opusera ou falar nada, significa que consentiram.

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  13. Sinto que muitas pessoas se sentem embaraçadas ao tomar decisoes como essa, mas é algo que deve ser baseado tanto no que for melhor para o idoso e as possibilidades do filho

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  14. Sou filha unica e estou cuidando sozinha de meus dois pais idosos. Meu pai tem 89 anos com demencia e sequelas de 4 avc´s que sofreu e da minha mãe de 74 anos que ja tem a mobilidade reduzida e ja anda com andador, não conto com o apoio de ninguem da familia ate porque eles moram na bahia e eu em são paulo, tenho apenas um vizinho que me ajuda de vez em quando. Estou em depressão e tive um surto psicotico a cerca de 3 meses por aguentar essa barra toda sozinha, tenho procurado casas de repouso e conversado com minha mãe a esse respeito, ela concorda em colocar meu pai em uma casa de repouso mas se recusa a ir para uma, vivemos em condições precarias e eu já não tenho condições de cuidar deles sozinha, penso que o melhor seria colocar os dois na mesma casa de repouso, no momento estou desempregada e minha mãe diz que não posso trabalhar para cuidar do meu pai, eu tenho 34 anos e acabei de terminar um casamento pq meu parceiro tbm não aguentou a situação, estou fazendo tratamento psiquiatrico. Não tenho encontrado apoio sobre essa decisão, sinto que preciso cuidar da minha saude psicologica e fisica que já vem sendo prejudicada, mas não tenho apoio para discutir e decidir essas questões, sou muito julgada por sequer pensar nisso e cogitar essa possibilidade, preciso de apoio e auxilio. As casas de repouso são em geral bem caras e só teriamos um salario minimo disponivel do beneficio deles para pagar por eles. Agradeço desde ja por tudo, pela materia que foi como uma inspiração e conforto e por todas as partilhas. Obrigada

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