Achei interessante esta nota da imprensa e resolvi divulgá-la aqui no meu blog. Vale ressaltar que, há milênios, o povo judeu tem sido vítima de preconceitos étnicos e religiosos, sendo que os atuais conflitos com os árabes não superam as perseguições impostas pela sociedade cristã ocidental que duraram séculos na Europa, tendo como argumento a improvada culpa pelo assassinato de Jesus. Somente depois do holocausto ocorrido na 2ª Guerra Mundial foi que a sacrificada nação de Israel conseguiu o direito de viver em sua própria terra. Todavia, até hoje a paz ainda não se estabeleceu definitivamente nas ruas históricas de Jerusalém.
Hoje em dia, muitos dos direitos humanos que as gerações nascidas após a 2ª Guerra conquistaram devem-se às sementes plantadas pelos iluministas antes da Revolução Francesa acontecer. E, como bem sabemos, os judeus sempre foram habilidosos em colaborar secretamente com tais movimentos, através dos quais hoje podemos gozar de uma considerável liberdade religiosa, da proteção contra o racismo e de inúmeras garantias democráticas.
(Carlos Corach - Clarín, 08) 1. Na sessão da Assembleia Nacional Francesa de 23 de Dezembro de 1789, o deputado por Arras, Maximilien-Marie Isidore de Robespierre, pede a palavra. Robespierre era respeitado por seus pares como um homem que analisava com inteligência a grave situação que a Revolução atravessava, acossada em suas fronteiras e com graves dissensões internas. No entanto, o deputado, despojando-se de todos os preconceitos religiosos sobre os “judeus deicidas” com os quais foi formado no colégio parisiense Luis-lhe Grand, um dos mais importantes da França, assume com vigor sua defesa.
2. Ele disse: "Todo cidadão que cumpra com os requisitos de elegibilidade que vocês estabeleceram, tem direito de ocupar qualquer função pública. Como se pode opor aos judeus as perseguições que diferentes povos os fizeram vítimas? Pelo contrário, são crimes nacionais que devemos expiar, restaurando-lhes os direitos inalienáveis do homem, dos quais nenhum poder humano pode privá-los. Eles são acusados ainda de vícios e preconceitos: do espírito sectário e do lucro exagerado, mas a quem podemos culpar se não a nós mesmos e as nossas próprias injustiças? Depois de tê-los excluído de todas as honras, do direito à estima pública, não lhes deixamos mais do que o espaço das especulações lucrativas. Devolvamos-lhes a felicidade, a pátria e a virtude, reconhecendo-lhes sua dignidade de homens e de cidadãos".
3. É, sem dúvida, o primeiro discurso contra o antissemitismo pronunciado publicamente na França. A moção foi rejeitada pela Assembleia.
QUE HAJA PAZ SOBRE ISRAEL!
OBS: A ilustração acima refere-se ao retrato de Maximilien de Robespierre (1758-1794) pintado por um artista anônimo. Já o texto jornalístico eu extraí da edição de hoje do informativo Ex-Blog do César Maia, de autoria do ex-prefeito do Rio de Janeiro. Os destaques acima são meus.
Na edição do dia 10 deste mês do Ex-Blog, consta a informação que "60 anos depois, um judeu não podia ser eleito na Câmara dos Comuns na Inglaterra. Disraeli - depois grande primeiro ministro - judeu de origem - D´Israel - só foi deputado por seu pai ter se convertido cristão e mudado de nome".
¿Por qué hemos llegado a la pavorosa situación actual?
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Leonardo Boff* Es un lugar común afirmar que estamos en el corazón de una
gran crisis de civilización. No es una crisis regional sino global. A decir
verda...
Há uma hora
Sou contra toda fobia de qualquer natureza que despreze a vida e a faça objeto de ódio.
ResponderExcluirConfesso que repudio toda barbárie cometida contra esse povo, mas temos que reconhecer que em alguns momentos eles mesmos procuraram o mal manipulando os meios, e em outros não se diferenciaram de seus perseguidores cometendo barbáries também.
Olá, Franklin!
ResponderExcluirRealmente o povo de Israel não é perfeito e ninguém deve ter ilusões acerca disto. E, inegavelmente, alguns que se tornaram ricos e poderosos vieram a se esquecer da missão do "servo sofredor", passando a cuidar de interesses pessoais.
No entanto, devemos admitir que a nação judaica ainda tem sido vítima até os dias de hoje de diversas érseguições sendo também muito mal compreendida. Um exemplo seria a desproporcionalidade nas negociações entre o governo e o Hamas em que os terroristas exige a libertação de centenas de presos políticos por apenas um soldado judeu.
O jovem Gilad Shalit, sequestrado em junho de 2006, tem vivido este tempo todo longe de sua casa e a sua vida será trocada por um bando de terroristas que voltarão às ruas para na certa continuar seus ataques contra Israel.
Ora, será que aquelas pessoas que adoram malhar Israel, responsabilizando indevidamente os judeus pelos problemas da economia do planeta, não observam o outro lado da questão palestina?
De qualquer modo, não concordo com todas as políticas adotadas pelo Estado de Israel, sendo que muitos judeus que vivem lá também não.
Abraços.
Rodrigão, que bom que você conhece bem a história de Israel.
ResponderExcluirPara mim Israel é especial é, até hoje ninguém conseguiu exterminar este povo peculiar, apesar de todas as investidas...
Beijo.
Olá, Guiomar!
ResponderExcluirGraças à Palavra manifestada pelo povo judeu, nós desenvolvemos muito daquilo que hoje é chamado de "direitos humanos". Uns entendem que foram heranças dos gregos. Eu, porém, coloco a Torá na base de tudo e acho um equívoco Israel não ter sido habilitada entre as nações clássicas, visto que nenhuma das antigas civilizações souberam tratar os estrangeiros melhor do que os judeus. Nas assembleias gregas, por exemplo, um estrangeiro poderia ser expulso violentamente. Já em Israel, o estrangeiro peregrino deveria ser assistido com o dinheiro arrecadado pelo imposto do dízimo e, no decorrer das gerações, seus descendentes poderiam vir a fazer parte do povo.
Abraços.