Caros leitores desse blogue,
Talvez alguns aqui já sabem o motivo pelo qual tenho postado menos vezes aqui e o porquê das minhas ausências nos blogues de alguns comentaristas que antes costumava visitar com frequência.
Participo ainda de outros dois blogues de postagens coletivas chamados também de confrarias. Um é sobre assuntos teológicos e o outro para textos digamos mais filosóficos. Contudo, quase não estou conseguindo acompanhar mais todas as discussões da blogosfera e menos ainda compartilhar regularmente os artigos de minha autoria nas duas confrarias.
As coisas mudaram muito para mim de uns tempos pra cá, como podem ler nos textos anteriores. Já são mais de quatro meses sem internet em casa e, com a mudança em definitivo para o município de Mangaratiba, em 21/08, minhas oportunidades de acesso à rede restringiram-se praticamente às salas da OAB nos fóruns das comarcas daqui e de Itaguaí, à lan house gratuita da Prefeitura no distrito de Muriqui, ao centro de inclusão digital também do governo local ou quando tenho a chance de usar o computador de algum conhecido. Neste caso, aproveito para atualizar meus contatos e informações na rede social do Facebook.
Quando bate aquela inspiração incontrolável, pego logo o meu caderninho com a capa do Flamengo e torno a rascunhar de trás para frente com a caneta esferográfica. Ou seja, faço uma paginação às avessas ainda que eu escreva normalmente da esquerda para a direita já que uso o idioma português e não algo exótico como o árabe ou o hebraico...
Confesso que a vida com menos internet tem lá suas vantagens. Agente fica mais disponível para outras coisas. Até para fins de trabalho a iniciativa aumenta assim como para dedicar-me mais à família, Igreja, ler bons livros, ter contatos com a natureza, caminhar e se divertir com maior sabor.
Dizer que o computador proporciona mais tempo livre para as pessoas não é uma verdade absoluta. Pois, ainda que certas atividades laborais possam ser resolvidas com um click do mouse, o certo é que ficamos bem mais absorvidos com o mundo virtual a ponto de não podermos aguentar nem um minuto sem ver o que está se passando aqui e ali, se a resposta do fulano já chegou, se alguém comentou algo, se tem novos emails chegando, etc. E aí o instrumento que deveria servir para nos proporcionar liberdade torna-se uma corrente de escravidão às nossas próprias compulsões.
Ainda assim, há momentos que sinto falta daquela facilidade que tinha antes para blogar quando morava em Nova Friburgo e nos poucos meses que passei no Rio. De poder digitar meus textos num ambiente mais tranquilo e passar horas debatendo assuntos com pessoas que interagem do outro lado, às vezes até em estados e países distantes. Algo que servia-me como um bom remédio para o tédio a que ao mesmo tempo diminuía a dependência do nosso mundo real.
Enquanto isso, vou tendo que lidar com aquele incontrolável desejo de querer publicar artigos novos e me curar do comportamento de compartilhar impulsivamente pensamentos, ideias e experiências. E aí a necessidade de ser ouvido, conhecido, reconhecido ou de fugir de outras responsabilidades precisará se algum modo ser encarada. E Deus tá aí para me ajudar. Ao Pai Eterno tenho sempre.
Boa semana para todos vocês!
Die Entdeckung der Erde
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Leonardo Boff Die Menschen sind neugierig und unersättlich. Sie erfinden
ständig neue Dinge und entdecken neue Lebewesen. Seit sie Afrika vor
einigen Milli...
Há 15 horas