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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Eu e os animais

Já tive alguns animais de estimação, geralmente cães e gatos, sendo que, atualmente, sou dono de uma terrível gata de nome “Sofia” que encontrei perdida na rua no Natal de 2007 e dei de presente pra minha esposa Núbia.

Contudo, ainda não me acostumei a conviver com bichos dentro de casa. Eu preferiria tê-los soltos num quintal ou num jardim. De preferência na zona rural, num sítio bem espaçoso. Só que eu vivo dentro de um apartamento de dois quartos situado no Centro de Nova Friburgo (RJ).

Ter a Sofia em casa não é nada fácil porque ela é um animal agitado, sobe nas coisas, destrói o sofá ao afiar as unhas e quer entrar dentro dos armários. Quando chega uma visita, preciso logo alertar a pessoa de que a minha gata de estimação pode morder e, às vezes, tenho até que colocá-la na varanda enquanto estou atendendo alguém que não esteja habituado com gatos. Ainda assim, não posso deixar de reconhecer que Sofia proporciona momentos de muita alegria neste lar e que ela é uma excelente companheira para Núbia. Principalmente quando estou ausente.

Entre os gatos e os cães, eu me identifico mais com estes do que com aqueles. Gosto muito dos cachorros grandes, como o labrador, que acompanham seus donos numa caminhada pelo campo. Na época em que morei no distrito friburguense de Amparo e também quando fui proprietário de um comércio na localidade de Conceição de Ibitipoca (MG), tive experiências bem significativas com os cães. Era como se eu tivesse um imã capaz de atrair esses bichos.

Lembro-me da “Cristal”, uma cadela de rua que andava atrás de mim pelo arraial de Ibitipoca e estradas de barro daquela belíssima região ecológica. Certa vez, ela me seguiu por mais de vinte quilômetros até uma cidade vizinha chamada Santa Rita e de lá retornou sozinha. Porém, depois que passei o negócio, no final de 1998, e voltei a morar no Estado do Rio de Janeiro, fiquei sabendo que alguém da comunidade matou a cachorra envenenada.

Além dos animais domésticos, admiro as espécies silvestres. Desde a infância, na Cidade Maravilhosa, um dos passeios que mais apreciava era ir ao jardim zoológico (tenho boas recordações de ter estado na Quinta da Boavista com meu falecido pai). Aí, quando mudei para Juiz de Fora (MG) e fui viver sob a guarda de meu avô, matava a saudade dos bichos na área verde do Museu Mariano Procópio, onde podia assistir os macacos brincando nas ilhas do lado dos pedalinhos.

Sou grato por viver num país rico em biodiversidade como é o Brasil e também ter conhecido um pouco dos seus ecossistemas terrestres mais significativos. Foi no Pantanal de Mato Grosso do Sul, mais precisamente na região da Nhecolândia, município de Corumbá, que me senti num verdadeiro zoológico a céu aberto com bichos vivendo soltos por todos os lados. Levei Núbia para esta viagem na época seca, mês de julho/1999, e acampamos num lugar bem selvagem, na reserva de uma fazenda de gado. E não só nas caminhadas com o guia como na própria estrada pudemos ver bastantes animais da fauna nativa. Além da grande diversidade de pássaros, encontramos jacarés e capivara em abundância. Apenas não consegui ver a onça-pintada e a anaconda, mas observamos os simbólicos tuiuiús, as araras-azuis, tucanos, ariranhas, cobras e um tamanduá bandeira. Isto sem me esquecer de um macaco de estimação da foto que o pessoal chamava de “Chico”.

Se eu fosse um animal, acho que gostaria de ser uma águia ou um falcão, visto que tenho muita vontade de voar. Pra mim a águia é um animal que transmite o sentimento de liberdade, de conquista e transcendência. É a majestade dos ares. Um símbolo de superação dos limites. Já a minha esposa, ela prefere ser um gatinho. Núbia admira muito a independência, o charme, a beleza, o temperamento e a sensualidade dos felinos.

E você? Tem algum bicho de estimação na sua casa?

Com qual animal (selvagem ou doméstico) se identifica mais?

2 comentários:

  1. e aí, rodrigo, tudo bem?

    realmente ter bichos dentro de casa é complicado, apesar de sempre ser gratificante para quem gosta deles.

    não tenho gatos mas tenho cachorros: 5...na verdade, nem todos são meus, minha sogra trouxe 3 quando veio morar no andar de baixo da minha casa.

    temos um pequeno quintal mas acho muito cachorro. apesar que são pequenos, da raça cokier. e tem uma velha vira-lata já dos seus 13 anos que inclusive está doente e creio que ela não vai durar muito mais. fico apreensivo dela sofrer e penso em sacrificá-la antes disso.

    o que você acha sobre isso?

    meu amigo, deixa eu te dizer que não estou conseguindo atualizar todos os meus 3 blogues e ainda escrever e comentar na confraria e visitar os muitos blogues de amigos.

    o meu filho, com 7 meses, requer muita atenção. e como eu me dei essa aventura, de cuidar dele a partir dos 5 meses enquanto a mãe trabalha, já que eu sou um militar precocemente reformado e sem vontade de trabalhar fora no momento, estou sem tempo mesmo.

    vou atualizar somente o meu blog mais antigo, o olhar o tempo. olharotempo.blogspot.com. até o blog de teologia vou deixar parado, talvez o tire do ar de vez. mas vez ou outra, escreverei sobre o tema lá no olhar o tempo para não perder o gostinho...rs

    valeu, abraços

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  2. Fala, Edu!

    Que coragem a sua de ter 5 cães! Mas como disse, é algo gratificante.

    Acho que não é legal praticar a eutanásia mesmo nos animais. É uma questão complicada, mas se pensarmos que isto não valeria para os seres humanos, então é melhor deixar que cada ser vivo possa viver seu próprio destino (se bem que sou a favor da castração de animais domésticos).

    Quanto aos blogues, acho que não deve se preocupar com as atuaizações. Tem gente que só costuma postar algo uma vez ou outra por mês. E há quem fique meses sem postar nada. E tais pessoas encram muito bem o que é ter um blogue, como um espaço disponível para elas publicarem suas ideias, sem nenhum compromisso sério, mas por puro prazer de compartilhar.

    Além do mais, acho que, se tirar de vez um de seus blogues do ar, você vai est ar tirando artigos interessantes para pesquisa e que são acessados, incusive, por estudantes de Teologia e pastores. E a produção do conhecimento sempre é algo útil!

    Então, minha sugestão é que não se preocupe se está podendo dar assistência ao site, responder comentários ou acopanhar debates nos outros blogues, mesmo que venha a perder um pouco a participação dos internautas. Só não tire do ar.

    Abração!

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