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terça-feira, 21 de março de 2023

Um raro despertar em tempos cada vez mais líquidos



Um homem chamado Pedro estava prestes a completar 40 anos de vida e, dentro de uma semana, seria comemorado o seu aniversário, embora sem nenhuma pretensão de fazer um festejo que fosse além das paredes de sua casa.


Vivendo há quinze anos com uma mulher próxima à sua faixa etária, sem o casal ter gerado filhos, ele trabalhava há onze meses numa empresa prestadora de serviços e de consultoria, mas estava de olho em possíveis concursos públicos que lhe proporcionassem uma relativa estabilidade futura com ganhos melhores do que recebia. Era razoavelmente dedicado, porém, às vezes, se distraía com coisas que tiravam seu foco e aí desanimava.


Certo dia, pela manhã, enquanto estava a caminho do trabalho, sentado na poltrona do ônibus, ligou o celular para acessar os recados no WhatsApp, porém o sinal de sua operadora falhou por alguns instantes. Queria assistir os vídeos do seu grupo, zoar dos colegas do time adversário que perdeu por goleada a partida anterior do campeonato e acessar algumas respostas que estava aguardando receber. Só que, daquela vez, não deu para se distrair com nada disso e nem adiantar as tarefas laborais. Foi então que acabou prestando a atenção na conversa de duas pessoas sentadas no assento duplo da frente, em que uma delas (o homem que estava próxima à janela) assim falou para o que estava ao lado: 


PASSAGEIRO DA JANELA: "Às vezes tenho a impressão de que o excesso de informações e de interatividade no mundo atual, proporcionado pela tecnologia, fazem com que muitas coisas da vida percam um pouco do sabor que elas têm em doçura e/ou amargor."


PASSAGEIRO DO CORREDOR: "Isso está fazendo muito mal para as crianças. Elas já nem brincam mais numa praça e ficam o tempo todo no celular. Minha irmã é professora e teve que chamar a atenção de um aluno durante a aula por causa disso."


PASSAGEIRO DA JANELA: "Verdade. No nosso tempo não era assim. Eu adorava roubar frutas no quintal do vizinho. Morava numa cidade do interior e costumava ir muito para a represa pescar com meu tio. Ali perto havia uma cachoeira onde era gostoso pra se refrescar no verão."


PASSAGEIRO DO CORREDOR: "Eu curtia muito a praia de Sepetiba. Meus avós tinham casa lá. Morava em Marechal Hermes e, nas tardes de domingo, depois do almoço em família, eu e meu primos subíamos no terraço para soltar pipa."


PASSAGEIRO DA JANELA: "Na primeira vez que tomei banho de mar eu quase me afoguei, porém passei a não entrar mais na água quando meus pais viajavam no verão para Cabo Frio. Só mais tarde, quando fui passar o Carnaval com os amigos em Guarapari, comecei a pegar umas ondas."


O busão parou num sinal e os dois passageiros desembarcaram pouco antes do ponto enquanto Pedro continuou a sua viagem até chegar na primeira estação do Metrô da Tijuca, na rua Uruguai, de onde prosseguiria até o escritório da empresa, perto da Cinelândia, no Centro do Rio. Começou ali a se sentir "desconectado" com o mundo porque não tinha conseguido acessar a internet ainda. No entanto, aquela conversa que bisbilhotou para matar o tédio induziu a fazê-lo pensar.


Nascido em 1983, Pedro cresceu e iniciou os seus estudos numa época em que crianças ainda brincavam mais com esportes de bola, andavam de skate, corriam, e precisavam ler os livros recomendados pela professora da escola, embora já assistissem horas de TV, jogassem videogames em casa (ou na residência de algum colega), e desperdiçavam suas pequenas mesadas comprando as fichas das máquinas de fliperamas que o seu pai sempre o proibia de brincar na ausência dele temendo que o filho fosse relaxar quanto aos estudos escolares. Somente aos 15 anos de idade, tendo iniciado o ensino médio, foi mexer pela primeira vez num computador quando frequentou um curso de informática para aprender a usar o sistema operacional, o editor de texto, de planilhas e o software de banco de dados, embora sem internet na sala, tendo desistido quando ainda aprendia as funções do Word .


Mesmo tendo alguns colegas na escola de famílias economicamente mais avantajadas, os quais já estavam acessando a rede mundial de computadores em suas próprias casas pela forma discada (sem banda larga), Pedro apenas passou a fazer uso da internet depois da virada do século, usando o laboratório de informática da faculdade ou, ocasionalmente, frequentando uma lan house. Teve que começar a trabalhar pouco antes da formatura para poder pagar as mensalidades atrasadas e, com isso, foi comprando aos poucos os equipamentos, o que passou a fazer assim que a Telemar instalou uma linha de telefone fixo em seu antigo domicílio, no ano de 2002.


Inserido já no mercado de consumo, Pedro foi acompanhando toda a evolução tecnológica conforme as suas possibilidades. Um dia vendeu o seu computador para depender unicamente de um laptop e, posteriormente, já casado, veio a ter o seu primeiro smartphone. A partir daí, foi trocando de aparelho móvel praticamente a cada dois anos, sempre atrás de um novo modelo, e passando muitas horas por dia na internet. Principalmente depois que surgiram os aplicativos de mensagens instantâneas...


Seu dia na empresa terminou não sendo muito produtivo e poucas demandas ele conseguiu resolver. Precisou visitar um cliente na Barra da Tijuca, o qual acabou furando o compromisso sem avisar. Com o avançar das horas, teve que retornar direto para casa sem voltar para o local de trabalho porque a empresa já estaria fechada. E os contratempos suportados iriam lhe obrigar a compensar as horas laborando em casa para não acumular serviços.


Em pé, viajando no BRT lotado, mal conseguindo se segurar, Pedro voltou a lembrar do diálogo dos dois passageiros pela manhã. Considerou que viveu uma parcela considerável dos seus últimos dez anos dentro da internet. Ou seja, um quarto de sua vida olhando para a tela de um smartphone!


Como acontece com muitos homens e mulheres que chegam aos 40 anos, é normal que pessoas nessa faixa etária façam uma avaliação de suas vidas sendo que, com Pedro, não seria diferente. Pela primeira vez, ele estava sentindo um desconforto existencial diante da aproximação da velhice, ainda que gozasse de uma boa saúde. Pois bastaria a passagem de mais duas décadas para ele ser considerado um senhor idoso em que ainda aguardaria, por mais um quinquênio, a concessão da aposentadoria a fim de receber um dinheiro extra enquanto tivesse forças para não deixar de trabalhar. Caso fosse aprovado num concurso público, cujo vencimento valesse a pena, permaneceria no cargo até a "expulsória".


Por algum instante, veio à lembrança de Pedro as palavras de um antigo patrão chamado Aécio para quem havia trabalhado há dezoito anos atrás em Belo Horizonte. Apesar do nome, o chefe não era nenhum político da tradicional família Neves de São João Del Rey, porém um ousado empreendedor da iniciativa privada que abria e fechava negócios conforme mudassem os interesses. E, quando vendeu a sua empresa para um grupo paulista, pretendendo recomeçar as atividades em Foz do Iguaçu, disse para todos os jovens funcionários que trabalhassem com vontade para fazerem um "pé de meia de sete dígitos", justificando que "a vida começa aos quarenta".


Entretanto, os quarenta anos de Pedro já estavam prestes a chegar e ele só ficaria milionário caso ganhasse na tão sonhada Mega-Sena que jamais jogava. Sua vida não "acabou" como no trecho da música Zé Ninguém cantada pelo grupo de rock Biquíni Cavadão, mas a desejada curtição de um playboy maduro conforme a idealização do ex-chefe, estava muito longe de começar e já tinha ficado para trás nos seus planos de vida. Sua conta bancária nem cinco algarismos tinha à esquerda da vírgula e, por diversas vezes, Pedrão ficava era no vermelho com prestações a perder de vista sendo debitadas na fatura do cartão de crédito. Quando conseguiu adquirir um carro, na segunda metade dos anos 2000, durante os melhores anos do Lula, foi perdendo as condições para manter o automóvel juntamente com tantas outras despesas depois que o Brasil passou a sofrer com uma crise econômica em 2015, iniciada no final do governo Dilma e que só piorou com o impeachment.


Diante de tantas experiências positivas e negativas que experimentou, Pedro pouco se importava se conseguiria ficar rico conforme idealizou cerca de vinte anos atrás, pois a sua preocupação agora era, no dizer popular, assegurar a "janta de hoje". Só que outros valores também batiam na porta de seu coração...


Por um instante, lembrou-se do pai que havia perdido pouco antes da pandemia por COVID-19 chegar ao Brasil. A saúde de seu velho já vinha se deteriorando e os irmãos precisavam se revezar nos cuidados com o genitor até que foi necessário interná-lo num hospital devido à hemorragia que não cessava devido á neoplasia. Era um mal de família que também matou o avô no início da década de 90 e adoeceu sua tia. 


No dia da passagem do homem que o gerou e o educou, enquanto aguardava pelo horário da restrita visita de familiares no CTI, sua mãe recebeu um telefonema para trazer os documentos pessoais dele ao nosocômio. Pedro, ao chegar no local sozinho com a identidade do velho no bolso, recebeu a dolorosa notícia do solitário falecimento nas primeiras horas da manhã.


Naquele fatídico dia, até o momento do velório horas mais tarde, a internet acabou sendo a principal companheira de Pedro que precisou ter forças para resolver toda a burocracia quanto à certificação do óbito e depois conseguir o enterro. Entrou no Facebook e digitou: "Meu pai teve complicações hoje cedo e morreu".


Como nos dias de seu aniversário, Pedro recebeu muitos comentários e curtidas na postagem que publicou sendo a maioria palavras repetidas de "meus pêsames" e "meus sentimentos" misturadas quase sempre com mensagens religiosas. Até políticos desconhecidos e que não tinham nenhuma relação com seu pai vieram lhe parabenizar. Provavelmente eram contatos de seus quase cinco mil "amigos" adicionados nas redes sociais que devem ter lido o recado no feed do sítio de relacionamentos virtuais.


Revisitando seu passado, Pedro se pôs a pensar sobre a vida superficial que passou a levar nos últimos dez anos de vida em que nenhum outro objeto ou pessoa, além do smartphone, recebeu tanta atenção. Do que lhe adiantava ter tantas contas nas redes sociais, com centenas ou milhares de perfis adicionados à sua listagem, se poucos realmente poderiam ser considerados amigos nas horas em que precisava contar com alguém?! Como que a sua atenção era roubada para cada sinal de mensagem que chegava no WhatsApp, no Telegram, no Messenger, no Instagram, no Facebook e até no Gmail exclusivamente usado para assuntos de trabalho.


Por outro lado, algumas amizades antigas foram perdidas em razão do conflituoso ambiente das redes sociais por causa de posicionamentos acerca de assuntos polêmicos. Três delas foram relacionadas às eleições presidenciais de 2018 e de 2022 dentre as quais havia um primo paulista muito radical com quem deixou de falar. Numa outra ocasião, chegou a ser surpreendido quando o Oficial de Justiça veio lhe trazer uma comunicação para comparecer a uma audiência relativa a um processo baseado crime de difamação por causa de uma resposta ofensiva que retribuiu de maneira excessiva a uma provocação num grupo de WhatsApp. O caso, porém, não foi adiante por ausência da suposta vítima e da falta de prosseguimento, embora lhe custou os honorários de um advogado para fins de acompanhamento ao Juizado.


Outro ruim momento foi quando sua esposa descobriu que, durante uma época, Pedro estava fazendo frequentes acessos a sites de conteúdo adulto assim como recebendo vídeos eróticos compartilhados por seus amigos, quase sempre com atrizes pornôs bem jovens. Indignada, ela ameaçou se separar e o casal passou por maus bocados sempre rediscutindo os fatos até haver um realinhamento entre os dois.


Realmente, além da pouca atenção que Pedro estava ofertando aos seus pais, algo idêntico acontecia com a sua esposa em que ambos se sentiam solitários morando na mesma casa. Com os amigos não era tão diferente e, até quando se reuniam para assistirem juntos os jogos de futebol, fosse num bar ou num estádio, ninguém largava do seu celular. Certa vez, Pedro pôde observar como um senhor já bem idoso aproveitava muito melhor os lances da partida acompanhando através de um velho radinho de pilha que segurava próximo ao ouvido de modo que ninguém na torcida comemorou o gol do Flamengo com mais entusiasmo do que ele.


Curiosamente, evento semelhante aconteceu numa festa de bodas de prata de um colega do trabalho para a qual ele e sua esposa foram convidados. Entre todos os presentes, a pessoa mais animada era justamente a sogra octogenária do anfitrião. Em momento algum ela desperdiçou um minuto da noite olhando para o celular.


Naquela viagem de volta para casa, Pedro estava sendo bombardeado por recordações que o faziam retornar a momentos nada agradáveis do passado e aumentando a sensação de vazio. Quando o trânsito engarrafou, lembrou-se de como foi ficando cada vez mais dependente do uso de aplicativos para dirigir em sua própria cidade na saudosa época em que podia se dar ao luxo de sustentar um automóvel. 


Por sua vez, a caligrafia e a capacidade de fazer contas de cabeça estavam cada vez piores, assim como o conhecimento da gramática foi ficando desatualizado com um português modificado pela linguagem comum de internet. Ou seja, Pedro tinha o sentimento de que o smartphone o deixava mais "burro" do que a TV.


Finalmente o BRT chegou ao seu destino e Pedro desceu já que precisaria ainda pegar outra condução. Contudo, resolveu entrar rapidamente num shopping para ir ao banheiro e passou em frente a uma livraria que estava prestes a fechar as portas naquele mês. 


Aquela loja Pedro frequentou por muitos anos antes de ficar tão dependente do smartphone e dedicava horas "namorando" os produtos, examinando resumo por resumo, até definir qual livro levaria ou se compraria futuramente quando tivesse dinheiro. Caso encontrasse um conhecido, tomava um café ali mesmo como várias vezes fez.


Por uns instantes, Pedro precisou se esforçar para lembrar quando foi a última ocasião em que havia lido um livro e se reportou ao inverno de 2017. Tratava-se de uma ficção do psiquiatra e professor Augusto Cury, autor da "Teoria da Inteligência Multifocal", cujas obras foi adquirindo até enjoar dos textos.


Tornando a caminhar pelo shopping, a mente de Pedro o confrontou com uma pergunta: "Até que ponto a internet deve ser responsabilizada por suas escolhas?"


A essa auto indagação certamente lhe faltava uma resposta imediata. Porém, mais perguntas surgiam na investigação das causas que o tornaram tão dependente das redes sociais de internet tal como ocorre com tantas outras pessoas.


Seria uma necessidade de fuga diante da dor pelo enfrentamento dos problemas do cotidiano tendo um atalho de escape a um click? Ou uma doença coletiva capaz de envolver a quase todos a ponto do destinatário de uma mensagem se sentir em débito com o emissor por demorar horas ou mais de um dia para visualizar e responder? Qual utilidade prática haveria alguém alimentar dentro de si um sentimento de culpa sobre condutas do passado e do presente bem como ficar nutrindo o sentimento de autocomiseração?


Quanto mais refletia, mais distante Pedro se sentia da resposta pois sua mente foi ficando cada vez mais confusa. O cansaço físico misturado ao esgotamento mental já estava bloqueando as suas emoções e ele foi ficando paralisado.


A bateria do celular já estava vermelha e o relógio do aparelho marcava oito horas da noite. Em breve, o shopping fecharia e Pedro teria que aguardar o ônibus num ponto de parada que costumava ficar deserto. Com fome foi até à praça de alimentação e pediu uma pizza de muçarela.


Enquanto saboreava, um sachê de ketchup caiu da mesa antes que abrisse. Pedro se abaixou para pegar e teve a sorte de achar uma rara nota de R$ 200,00 (duzentos reais) perdida no chão. Seria impossível identificar quem fosse o dono do dinheiro de modo que incorporou o achado ao seu parco patrimônio.


O que fazer depois de pagar a conta da lanchonete? Pedro tinha a opção de pedir outra pizza ou de sair dali pensando na sua condição sem achar resposta. Porém lembrou-se de que marcou de assistir um filme com a esposa depois da novela das nove que em breve começaria. 


Aquela nota encontrada no chão poderia ajudar no pagamento de umas continhas do fim de mês, mas Pedro logo pensou que, como o dinheiro não estava previsto em seus planos, poderia sair da rotina, comprar um, presente para a mulher ali mesmo no shopping e retornar para casa de UBER. Com isso, chegaria em casa antes do combinado. 


Mesmo sem respostas para suas indagações, Pedro decidiu chutar o balde de todos os problemas e inquietações. Passou na loja de perfume e pediu para embrulhar com papel de presente. Seu telefone tocou porém não conseguiu atender uma ligação porque a carga da bateria acabou e, quando voltou pra rua, saindo pelo portão do primeiro piso, fez logo sinal para um táxi.


Depois da corrida que custou quase cem reais, o troco do dinheiro extra ainda sobrou para ser gasto na padaria do bairro. Pedro, porém, preferiu ir logo pra casa e presentear sua amada, coisa que tinha esquecido quando completaram o último aniversário de casamento.


Aquele gesto não foi de imediato reconhecido pela esposa porque Pedro tinha chegado tarde em casa, embora antes do fim da novela. Aliás, as desconfianças quanto ao atraso e a falta de contato durante o dia, agravada pelo não atendimento da chamada da esposa quando estava no shopping, fizeram com que ela decidisse dormir mais cedo, sem filme e nem carinho.


Todavia, não há reações impensadas que durem para sempre. Enquanto Pedro estava no banho, sua mulher resolveu abrir o presente e mudou positivamente de humor. Após experimentar a fragrância, foi ao guarda-roupa e pegou a sua melhor camisola.


Desnecessário contar como o casal terminou a noite dentro dos limites das quatro paredes do quarto. Mas importa é que o final se tornou feliz mesmo diante da incerteza do amanhã, dos problemas cotidianos e das insatisfações com uma vida quase sempre sem respostas.

2 comentários:

  1. Olá, Rodrigo!

    Como está você? E sua esposa?

    Estive lendo o seu extenso texto, que me agradou muito. Vc escreve muito bem e tem uma imaginação fértil.

    A vida de Pedro é a vida de muita gente. Felizes, enquanto são crianças, mas depois descambam e as redes sociais são a causa, na maior parte dos casos. Todo o mundo vive dependente do celular e da Internet. Felizmente que não é o meu caso.

    A história teve um final bem feliz. Ótimo.

    Abraços e dias felizes.

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    1. Oi, CEU

      Tudo bem?

      Primeiramente obrigado pela leitura e comentários.

      Ficou longo o texto mas eu fiz justamente para ser uma crônica que ambientei no Rio de Janeiro, cidade onde já morei e conheço.

      Acho a dependência de muitas pessoas da internet nos dias atuais algo patológico. Isso já vem desde a primeira década do século, principalmente por causa dos jogos eletrônicos e da dependência que muitos estabelecem das interações, da aceitação nos ambientes de mídias sociais, sendo que o discurso de ódio também cresceu bastante.

      Núbia vai bem dentro das possibilidades, sempre enfrentando os problemas de saúde. Vamos caminhando.

      Um abraço e volte sempre.

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