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sábado, 18 de junho de 2022

As terríveis jornadas de junho de 2013




Há exatos 9 anos, protestos gerais em várias cidades brasileiras reuniram mais de 1 milhão de manifestantes, através de uma série de mobilizações de massa ocorridas simultaneamente. O movimento de rua chegou a contar com até 89% de apoio da população e alcançou como resultados o cancelamento do aumento da tarifa de transporte público, a aprovação de lei que garantia royalties do petróleo para a saúde e educação, além da reprovação de diversos projetos de lei impopulares. 


Em 17 de junho de 2013, integrantes do governo federal fizeram declarações públicas sobre o movimento. Segundo a ministra da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Helena Chagas, Dilma Rousseff teria afirmado considerar as manifestações "legítimas e próprias da democracia", sendo "próprio dos jovens se manifestarem". 


Naquela mesma data, no Rio de Janeiro, foi realizado um ato com centenas de milhares de pessoas. Houve confronto em frente à Assembleia Legislativa, onde cerca de 80 policiais correram e se refugiaram após cerco e ataque dos manifestantes, que tentaram invadir a Assembleia remeçando pedras, coquetéis Molotov e rojões contra a policia, que respondia com balas letais e de borracha, gás lacrimogêneo e spray de pimenta. 


Hoje, relembrando aqueles fatos, confesso que não apoiaria tal movimento que, no fim das contas, acabou se tornando algo prejudicial à confiança institucional e abrindo portas para um momento de incertezas políticas nos anos seguintes, alimentados pelo lavajatismo e que conduziu ao bolsonarismo. Felizmente, creio que agora caminhamos para um amadurecimento democrático e um resgate institucional do Estado brasileiro com a provável volta do Lula juntamente com partidos tradicionais.

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