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quarta-feira, 13 de maio de 2020

UM DOMINGO DE FESTA NO RIO OCORRIDO HÁ 132 ANOS...



Em 13 de maio de 1888, o fotógrafo Marc Ferrez registrou um momento histórico do Rio de Janeiro e do Brasil, numa imagem que mostra a princesa Isabel surgindo num dos balcões do Paço da Cidade e aplaudida pela multidão logo depois de sancionar a Lei Áurea, libertando oficialmente os escravos e, com isso, implodindo o famigerado sistema socioeconômico que vigorava desde o início da colonização. Tardiamente, o nosso país pôs fim a essa hedionda exploração do homem pelo homem, muito embora o Parlamento brasileiro tivesse aprovado tal lei em "tempo recorde", como se pode ler adiante:

"A Lei Áurea nasceu em tempo recorde. O governo imperial enviou ao Parlamento numa terça-feira o projeto de lei que aboliria a escravidão. Os deputados aprovaram o texto na quinta. Os senadores, no domingo. A lei foi sancionada pela princesa imediatamente, e o Rio, capital do Império, explodiu em festa" (Agência Senado)

Apesar de todas as críticas feitas ao 13 de maio, data hoje menos prestigiada do que o 20 de novembro, devemos considerar a abolição da escravatura como a conquista de uma longa luta que se travou no decorrer de muitas décadas durante o século XIX. É lógico que nem a princesa, os deputados ou os senadores devem ser considerados heróis, mas sim, todos os que, corajosamente (e sem hipocrisia), defenderam o abolicionismo diante das mais adversas situações.


Acredito que ambas as datas podem ser sempre lembradas em nossa nação. Pois uma simboliza, através de Zumbi, o começo de uma resistência, apesar de Palmares não ter sido o primeiro e nem o único quilombo. Já o dia de hoje significa a concretização de muitas batalhas travadas nos mais diversos campos.


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