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domingo, 21 de agosto de 2011

O que estão fazendo com o dízimo das pessoas?!

É espantoso como que os líderes de diversas instituições evangélicas (geralmente pentecostais ou neo-pentecostais), dentre os quais alguns chegam a se intitular até “apóstolos”, têm distorcido o instituto bíblico do dízimo. Muitos desses homens enganadores fazem constantes citações descontextualizadas do livro do profeta Malaquias, induzindo as pessoas em erro e dando uma destinação equivocada às ofertas por eles arrecadadas.

Antes de mais nada, entendo ser necessário situar a origem do dízimo e a sua finalidade, o qual é tratado inicialmente na Torá judaica (os cinco primeiros livros da Bíblia). Mencionado vagamente em Gênesis, na passagem em que o patriarca Abraão oferta o seu dízimo a Melquisedeque, rei-sacerdote de Salém (Gn 14.20), bem como no voto tomado por Jacó (Gn 28.22), será em Levítico, Números e Deuteronômio que o instituto surge como uma contribuição obrigatória para os israelitas dentro do judaísmo. E um dos textos que melhor expressa a ideia de sua institucionalização seria este:

Certamente, darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que ano após ano se recolher no campo. E, perante o SENHOR, teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu cereal, do teu vinho, do teu azeite e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer o SENHOR, teu Deus, todos os dias. Quando o caminho te for comprido demais, que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que o SENHOR, teu Deus, escolher para ali pôr o seu nome, quando o SENHOR, teu Deus, te tiver abençoado, então, vende-os, e leva o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que o SENHOR, teu Deus, escolher. Esse dinheiro, dá-lo-ás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou por ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer coisa que pedir a tua alma; come-o ali perante o SENHOR, teu Deus, e te alegrarás, tu e tua casa; porém, não desampararás o levita que está dentro da tua cidade, pois não tem parte nem herança contigo. Ao fim de cada três anos, tirarás todos os dízimos do fruto do terceiro ano e os recolherás na tua cidade. Então, virão o levita (pois não tem parte e nem herança contigo), o estrangeiro, o órfão e a viúva que estão dentro da tua cidade, e comerão, e se fartarão, para que o SENHOR, teu Deus, te abençoe em todas as obras que as tuas mãos fizerem.” (Dt 14.22-29; ARA)

Uma das primeiras observações que precisam ser feitas em relação a esta passagem bíblica é que os dízimos deveriam ser trazidos ao Templo judaico, o qual era considerado como o "lugar" escolhido por Deus para colocar o seu Nome e receber o culto prestado pelos israelitas.

Vivendo numa economia baseada na agropecuária, os israelitas de 3.000 anos atrás deveriam ofertar os bens da terra e as crias do rebanho, quando viessem ao Templo adorar a Deus. E este comparecimento acontecia durante as três festas obrigatórias para aquele povo (Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos). Então, aqueles que moravam em cidades e aldeias mais distantes de Jerusalém, onde se situava o Templo, podiam vender os seus animais e, com o dinheiro, efetuarem o pagamento ou comprarem as ofertas (os animais) quando chegassem ao local.

Embora parte das ofertas pertencesse aos sacerdotes do Templo (ver Números 18), pode-se ler no texto citado acima que também havia uma porção destinada ao ofertante, o qual poderia comer do sacrifício em comunhão com os outros adoradores, numa verdadeira celebração pelas bênçãos recebidas (lembrando a provisão alimentícia de Deus). E, naquelas ocasiões, todos se alegravam juntos. Não só o ofertante e o sacerdote comiam, como o levita e o pobre que, raramente, poderia se dar ao luxo de comer carne em suas refeições diárias.

Por sua vez, eis que, a cada três anos, os dízimos eram destinados ao sustento dos levitas que moravam nas respectivas cidades, bem como aos grupos sociais em risco, os quais o texto menciona como sendo o estrangeiro peregrino, o órfão e a viúva. Assim, as pessoas que se encontravam impossibilitadas de trabalhar (ou que não tinham uma terra para cultivar a exemplo dos levitas) seriam alimentadas através da contribuição compulsória dos dízimos, funcionando como um verdadeiro imposto vinculado à provisão dos necessitados.

Acontece que não é isto que tem sido praticado nas igrejas evangélicas que cobram o dízimo de seus membros!

Pois, além de não terem mais a justificativa de existência física de um lugar central de adoração no planeta (a festejada citação de Malaquias 3.6-11 refere-se a um compartimento do Templo judaico quando fala na "casa do Tesouro"), deve-se observar a ausência (ou a insuficiência) de tais "igrejas" quanto às obras sociais. Principalmente quando encontramos dentre os seus membros pessoas necessitadas e que são devoradas vergonhosamente pelos seus líderes.

Distantes do propósito do dízimo estabelecido na Torá e também das práticas sociais adotadas pela Igreja Primitiva de Jerusalém (ler Atos dos Apóstolos 2.44-46; 4.34-37), esses lobos que se dizem pastores usam as contribuições em benefício próprio e colocam as suas instituições religiosas acima das necessidades das pessoas. E, nestas "igrejas", a construção de novos prédios acaba vindo em primeiro lugar do que a solução dos problemas daqueles irmãos que sofrem com o desemprego, têm problemas de saúde e ou mal conseguem pagar suas contas por causa do alto custo de vida nas cidades brasileiras. Pois, se algum pobre precisar de um tratamento médico, tais líderes são incapazes de mobilizar a comunidade para conseguir recursos, limitando-se quase sempre a fazer orações pedindo cura.

Para agravar mais ainda a situação, o dízimo ainda é apresentado ao povo como um instrumento de barganha com Deus em constantes referências ao verso 10 de Malaquias 3, o qual assim diz:

"Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida". (ARA)

Ora, ao atribuírem o recebimento de bênçãos ao ato do ofertante contribuir com o dízimo, tais pregadores deturpam o propósito principiológico do texto bíblico e adulteram o Evangelho da Graça e a ideia do favor imerecido porque buscam estabelecer como condição o pagamento de um tributo a Deus.

E o que seria entender o dízimo como algo principiológico?

A meu sentir, esta seria a correta visão. Isto porque, sendo o dízimo destinado a promover uma inclusão social, obviamente que passaria a haver mais riquezas sendo distribuídas e circulando na sociedade. E, com a eliminação da miséria pela cobertura das situações de risco, o povo israelita experimentaria uma melhor qualidade baseada na justiça social.

Conclui-se que, atualmente, os dízimos cobrados pelas inúmeras igrejas evangélicas deste país em nada tem a ver com aquilo que a Bíblia prescreveu. Seja pela inexistência do Templo judaico como pela destinação dos recursos arrecadados que não são corretamente direcionados para a satisfação da necessidade dos irmãos carentes. Pois, mesmo quando essas instituições apresentam projetos na área social, fazem isto mais por jogada de marketing do que com o objetivo de melhorar a condição dos membros mais frágeis da congregação.


OBS: A imagem acima é uma foto atribuída a Andreas Praefcke e foi extraída da Wikipédia em hebraico em http://he.wikipedia.org/wiki/%D7%A7%D7%95%D7%91%D7%A5:Wechselburg_Lettner_detail_04.jpg

23 comentários:

  1. Êita tema polêmico esse heim Rodrigão!

    Primeiro devo dizer que o dízimo como instituição neo-testamentária é uma fraude, visto que a liberdade da Graça não impõe absolutamente nada como exigia a lei, e sim, convida a uma consciência de contribuição como resultado do constrangimento pelo amor dispensado por Deus que, agora deve ganhar através do "crente" uma expressão concreta que reflita na vida do próximo (indistintamente de ser cristão ou não) e da comunidade de fé a extensão dessa paixão.

    Em segundo lugar, aqueles que advogam o dízimo como prática neo-testamentária deveriam também cumprir todos os demais itens e sub-tópicos da lei, senão diz a Escritura, torna-se maldito. Não dá pra ser seletivo nessa questão: ou é tudo ou é nada!Por isso estou na Graça, pois ela supre a minha total ineficiência em cumprir o estatuto legal.

    Em terceiro lugar, como vc mesmo escreveu, existe uma cambada de marketeiro e ladrão (essa é a palavra por minha conta e risco), pois defraudam a Deus e ao próximo não empregando eficazmente a arrecadação obtida, negligenciando a assistência social, desviando o dinheiro para o benefício próprio em detrimento das demandas reais da necessidade da comunidade, e: FAZENDO DO SISTEMA UM FIM EM SI MESMO, querendo consolidar o poder através da instituição como ente político.A máquina eclesiástica é que precisa de financiadores, o movimento do amor necessita de gente que se doe sem barganhas o coação psicológica.

    Em quarto lugar, no período em que fui pastor titular de uma grande denominação, arranjei sérios problemas por ter defendido de púlpito a liberdade da graça no que se refere a contribuição, sendo que, as dívidas (que eram imensas) acumuladas pelos "gestores" anteriores a mim e que faziam invencionices para zerar o caixa sem no entanto conseguir, foram 90% quitadas com essa consciência de liberdade e não imposição, o que deixou muito claro e óbvio pra mim, que quando realmente existe consciência do amor recebido, não há necessidade de subterfúgios ou teologias tendenciosas para forçar o povo a arcar com as contas da instituição ou motivação para ações que priorizem o próximo.

    ZÉFINI mano!Um ABRAÇÃO!

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  2. Rodrigão, muito instrutiva sua postagem, enquanto muitas pessoas se limitam na sua ignorância a dizer que o dízimo é coisa do AT, você ensina qual a finalidade dele.
    Eu não suporto ouvir pastores vociferando Malaquias e olhar em volta e ver crentes dizimistas vivendo uma pobreza gritante.
    Acredito que se deve dizimar com responsabilidade, eu não poria o produto do meu suor em uma igreja aonde o pastor não seja um homem que teme a Deus e que a distribuição das finanças sejam claras diante da igreja.

    Lembro quando Jesus protestou: "Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do comminho, mas tê negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas, sem omitir aquelas: Guias cegos! Vocês coam um mosquito e engolem um camelo." (Mateus 23.23).

    Veja, se possível esta postagem minha, é antiga:
    http://davidguiomar.blogspot.com/search?q=os+nossos+d%C3%ADzimos+n%C3%A3o A experiência foi do meu marido.
    Abraço.

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  3. Nota dez pra Franklin. Honestidade, sempre e o mais Ele o fará em nós e através de nós.

    Beijo amigo.

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  4. Oi, Rodrigo!
    Numa sociedade capitalista, em que o consumo e a necessidade de comprar chega as raias da loucura, não é de se estranhar que haja uma relação recíproca de interesses entre líderes corruptos e pessoas interessadas em milagres financeiros. Esses dias, eu vi um homem testemunhando que estava cheio de dividas, que havia perdido casa, trabalho etc.. mas depois de participar de uma reunião tal de uma determinada igreja, a vida dele mudou. Ele havia quitado todas as dívidas, tinha agora dois apartamentos, uma casa, dois carros na garagem... bem, quem não quer tanta prosperidade?
    Um abração!
    Fica com Deus

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  5. Guiomar, Guiomar, Guiomar... Afff!!!Estou roxo pela nota dez!Menos, menos, menos...rsrsrs

    Bom, vamos lá. Reafirmo que dízimo não é sustentável teologicamente no NT. Porém, se alguém decidir contribuir de uma maneira pré-fixada seja ela com 5, 10, 15 ou quantos por cento for, acho interessante desde que não seja por barganha, coação psicológica e que, essa decisão não prive a própria família de necessidades que precisam ser supridas.Tem de ser uma decisão pessoal e não sob a falsa alegação de versículos isolados no N.T. fora do contexto!

    Quando Jesus disse a frase acima:"Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês dão o dízimo da hortelã, do endro e do comminho, mas tê negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas, sem omitir aquelas: Guias cegos! Vocês coam um mosquito e engolem um camelo." (Mateus 23.23), ELE ESTAVA FALANDO PARA INDIVÍDUOS QUE ESTAVAM SUJEITOS AINDA A LEI,e que portanto deveriam cumprí-la, MAS ISSO NÃO DÁ O DIREITO A QUEM QUER QUE SEJA DE ESTABELECER UMA TEOLOGIA DIZIMISTA N.T. FRENTE A GRAÇA, que é a DISPENSAÇÃO DA IGREJA.

    Muitos crentes simploriamente estão dando o dízimo, e deixando de pagar contas e compromissos assumidos com terceiros. Pura ignorância e irresponsabilidade.

    Novamente, quando ainda era pastor titular, uma irmã certo dia em prantos chegou até mim e disse que se sentia em falta com Deus por não dar "A Vaca Sagrada do Dízimo" na Igreja, e que quando pudesse pagaria até os atrasados.

    Quase chorei junto com a irmã por ver o desepero estampado no seu rosto devido ao terrorismo psicológico instalado pelos antecessores.

    Disse a ela que não fizesse isso, pois com toda certeza Deus não precisa de compensação compulsória, e que Ele estaria muito mais feliz se ela honrasse seus compromissos perante os homens, pois como disse o Davi, melhor é cair nas mãos de Deus do que na unha dos homens.

    Quando ouviu essas palavras a irmã transfigurou-se com um semblante de paz, sendo tirado um enorme peso de si.

    O problema é que tem uma cambada de safado que ensina justamente o contrário, que a pessoa deve primeiro dar o que é de Deus, não importa se vai dar calote no mundo e os fundos, o que importa é que seus projetos e salários megalomaníacos não sejam interrompidos!Cadeia neles!!!

    Perfeito Guiomar: "Acredito que se deve dizimar com responsabilidade, eu não poria o produto do meu suor em uma igreja aonde o pastor não seja um homem que teme a Deus e que a distribuição das finanças sejam claras diante da igreja".ASSINO EMBAIXO!!!

    Doutor Rodrigo, o réu está absolvido ou cadeia nele por essa heresia?! Heim...heim...heimm...?!rsrsrs

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  6. Prezados Franklin, Guiomar e Mariani,

    Primeiramente muito obrigado pelas contribuições de vocês, as quais não apenas acrescentam como também edificam.

    Gostei muito daquilo que o Franklin colocou sobre adquirirmos uma "consciência de contribuição", o que considero muito mais elevado eticamente do que cumprir a obrigação de pagar o dízimo.

    Estou de acordo que, na teologia do Novo Testamento (escrito a princípio para um público grego e não judeu), o dízimo não tem mais lugar. Pois, somente no contexto de uma teocracia israelita, como foi nos tempos do monarquia davídica (e também em períodos anteriores e posteriores), é que tem cabimento a aplicação de um preceito da Torá que era exclusivamente destinado ao povo judeu para a manutenção do sacerdócio, dos levitas e dos pobres. Logo, o dízimo confundia-se com o sistema tributário da nação e que continuou funcionando mesmo debaixo da dominação de outros povos após o exílio (sob os persas, gregos e romanos), custeando um interessantíssimo governo paralelo.

    Porém, imagino como eram as contribuições dentro do contexto daquela primeira igreja, em Jerusalém que, conforme Atos dos Apóstolos, havia irmãos desfazendo-se de suas propriedades para compartilharem com os mais pobres. Fico pensando que eles como judeus não poderiam deixar de cumprir a obrigação de dizimar em favor do Templo. Só que, ao mesmo tempo, passaram a investir nas obras sociais através de um sistema de distribuição de riquezas baseado na espontaneidade das contribuições. E aí, quando vejo o severo episódio sobre Ananias e Safira, percebo não só a seriedade da coisa como a base voluntária na qual o sistema foi firmado (o casal não precisava contribuir com nada e nem dar todo o valor do produto da venda do imóvel, mas só não deveriam fraudar).

    Fico a indagar se, por acaso, Ananias e Safira não estavam contribuindo debaixo de um resquício de legalismo ao invés de fazerem aquilo por graça? Pois, se eles tivessem dado só a metade do produto da venda, não estariam pecando. Mas, já que mentiram à congregação (como se estivessem obrigados a contribuir com tudo), parece que, naquele momento, saíram da graça e hoje servem de advertência para todos nós.

    Mas a Guiomar expôs aqui algo que vale a pena ser enfrentado e aprofundado. Pois será que o dízimo se restringe apenas ao que equivocadamente chamamos de "Antigo Testamento"?

    Indo direto a questão, eu diria que podemos extrair excelentes princípios dos institutos estabelecidos na Torá e no restante das Escrituras hebraicas. Não só com relação ao dízimo como também sobre a Shemitá, o Shabat, talvez as leis dietéticas, o sexo koshe, dentre outros. Só que a diferença está justamente no fundamento que passa a ser a nossa própria consciência e não mais a observância literal de um texto sagrado que também foi escrito com dupla função, incluindo o aspecto legislativo para um povo específico.

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  7. Contunuando...


    Neste contexto, posso dizer que estou de acordo com o Franklin quando ele não mais torna fixo o percentual da contribuição e nem considera a necessidade de alguém repor o dízimo em atraso como no conselho que ele comentou ter dado a uma irmã (se não há obrigação, não existem dívidas também). Então, se a minha contribuição na igreja ou comunidade onde congrego já não mais tem a característica de imposto de renda (rsrsrs), pra que vou me sentir culpado se não contribuí em momentos de dificuldades financeiras. Aliás, se sou parte desta comunidade, não só posso como devo suspender as minhas contribuições e, conforme a minha necessidade, passar a receber uma ajuda dos irmãos, a qual pode vir como doação ou empréstimo sem juros, conforme cada caso.

    Um dos princípios contidos na Torá judaica pode ser extraído de Levítico 25, quando, tratando da Shemitá, o texto diz: "e viva o teu irmão contigo..."

    É dentro desta visão que os israelitas deveriam praticar obras sociais e partilharem suas riquezas com os necessitados. Porém, por causa da dureza de coração dos homens, a coisa veio como uma lei consistente numa obrigação. Só que, na Nova Aliança, conforme profetizado por Jeremias, a Torá deve ser descoberta no interior do nosso coração e aí passamos a ser motivados pela essência dos mandamentos e não pela literalidade de uma norma legal.

    Baseando-nos em Jeremias, podemos compreender que muitas coisas estabelecidas na Torá de Moisés foram mesmo transitórias. Rituais como os sacrifícios de animais, por exemplo, são coisas que os próprios profetas antes de Jesus foram dando um novo significado porque, se a essência é a adoração, mais agradável a Deus é a prática do louvor. E o mesmo podemos dizer em relação ao dízimo.

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  8. Mariani,

    Realmente estes “pastores”, ao invés de combaterem o consumismo, fazem deste uma justificativa psicológica para os seus propósitos corrompidos. Pois, até quando eles criticam o consumismo e o endividamento das pessoas (chegam a dizer que alguém ter dívidas é pecado0 é porque eles intencionam arrecadar mais através dos dízimos e das ofertas.

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  9. Em tempo!

    Sobre o versículo do Evangelho atribuído a Jesus em Mateus 23.23, a impressão que tenho é que Jesus estivesse criticando a conduta excessiva daqueles fariseus que se preocupavam em dizimar até na colheita de suas hortas particulares para temperos e chás (coisas que talvez nem tivessem tanto valor econômico), mas não eram capazes de praticar coisas que são mais elevadas, tendo o texto mencionado a “justiça”, a “misericórdia” e a “fidelidade”.

    Traduzindo para os nossos dias, eu citaria o exemplo da pessoa que, por contribuir com o dízimo e ofertas, a ponto de contabilizar até um cafezinho pago por um amigo na padaria, acha que cumpre suas obrigações para com Deus. Porém, apesar de toda a rigidez religiosa, o sujeito não é capaz de acolher o outro que tem uma vida desregrada, não é sincero, nem transparente e nem intenciona em seu coração cumprir a essência das coisas. Logo, o comportamento religioso torna-se doentio e desconexo com os princípios da vida, sem a alma do amor e carecedor de um propósito mais elevado.

    Estou de acordo que a citação de Mateus 23.23 não sirva para ser usada para o estabelecimento de uma teologia dizimista dentro das igrejas cristãs com base no ensino neotestamentário. Aliás, o Franklin colocou bem que Jesus estava falando para indivíduos que ainda se encontravam ainda sujeitos à Lei, visto que, conforme consta nos Evangelhos, o público alvo do ministério de Jesus era mesmo o judeu que vivia na Palestina. Desta maneira, Jesus, que certamente pagava seu dízimo à casa do Tesouro do Templo, só poderia estar mesmo discursando para judeus e a sua mensagem foi mesmo contextualizada e com o objetivo de denunciar a hipocrisia religiosa.

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  10. Em tempo 2!

    Franklin,

    Pode ficar tranquilo que não vou te queimar na fogueira como herege (rsrsrs).

    Muito pelo contrário!

    Pra mim heresia é o que esses “pastores” têm feito com os dízimos, inventando as mais absurdas justificativas.

    Continue pensando de maneira livre dessa ortodoxia cristã ou evangélica, a qual tem se mostrado contrária à essência das coisas e até mesmo à Bíblia, mesmo quando se aplica uma interpretação sistêmica ou teleológica (finalística) aos textos usados por estes falsos líderes.

    Abração pra você e pra todos!

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  11. Rodrigão, eu respondia exatamente igual como o Franklin, que Jesus estava tratando com fariseus e escribas sujeitos a lei, no entanto, hoje acredito que quando Jesus disse: Vocês devem praticar estas coisas, ou seja: dá o dízimo, mas não esquecer o mais importante a justiça e a misericórdia, Ele não estava deixando o dízimo como uma opção, depois temos Abraão que deu espontaneamente, antes que houvesse lei.

    Eu gostaria que você lesse no meu blog o que falei, é um espanto kkkk mas foi verdade.
    Abraço amigo.

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  12. Cara advogada de defesa do réu Sr. Dízimo da Lei, Dra. Guiomar Mosaica. Venho até esta corte presidida pelo magistrado exelentíssimo Dr. Rodrigo Arrepiodizimista, para apresentar minha tréplica, que é resultado de uma profunda reflexão sobre o inquérito instaurado na 10 vara civil da comarca da porcentagem dizimista.

    Fazendo uso baixo dos autos, apresento minhas teses:

    1°O MELQUI foi a primeira encarnação de um congressista brasileiro. Abraão teve de pagar propina para poder circular livremente pelas terras dele! KKKKKK

    2ºO MELQUI foi o primeiro e único apóstolo da IURD (Igreja Usurpadora Recolhedora de Dindim), e momeou o Bispo Pedir Mais Cedo como seu sucessor!KKKKKK

    3° O MELQUI era um agenciador de novos talentos, e como bom olheiro estava de zóio na Sara para contratá-la como "DIZIMETE". Abraão percebendo segundas intenções no indivíduo, molhou a mão do bacana para poder continuar com o passe legal da dona da pensão!KKKKKK

    4° É preciso uma unção especial de semântica, exegética, apologética e eu_milética, para fazer a interpretação correta dos fatos, não permitindo que o réu seja posto em liberdade vindo a vitimar novos barganhadores!KKKKKK

    Termino minha contestação, afirmando de pé junto que este parecer é a mais sensata e coerente versão da crimilalística dizimista!KKKKKK


    Ass. Doutor Encosto KKKKKK

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  13. Gui,

    Talvez Jesus nunca tenha se preocupado com a questão dos dízimos. Na certa, ele pagava todas as contribuições ao Templo porque era judeu e cumpridor da Torá.

    No entanto, o Evangelho não ficou restrito ao mundo judaico. Segundo Atos, a palavra foi também pregada aos gentios e aí, quando ocorreu aquilo que os teólogos chamam de "Concílio de Jerusalém", isto é, a reunião descrita em Atos 15, eles acharam por bem não judaizar os novos convertidos, mas tão somente recomendaram aos irmãos que fariam bem se viessem a se abster de coisas como a idolatria e as relações sexuais ilícitas.

    Pretendo ler sua mensagem!

    Abraços.

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  14. Franklin,

    É intrigante como que muitas igrejas evangélicas continuam guardando o dízimo mas náo observam o 4º mandamento do Decálogo que é o Shabat.

    Pra mim, a essência de tudo o que está ecrito na Torá judaica seria observável dentro da graça. Sem legalismos e sem literalidades. Mas sim dentro de um contexto amoroso e voluntário.

    Assim, a Torá passa a ter o seu resgate na visão da graça como uma instrução/orientação.

    Valeu aí pelas visitas e por suas ótimas contribuições!

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  15. Em tempo!

    Diga-se de passagem que o fato de Abraão ter dado seu dízimo ao rei-sacerdote Melquisedeque não significou a imposição do dízimo a todos, ainda que, na teologia da Torá, as passagens de Gênesis sirvam para inspirar as leis tratadas nos outros livros.

    Contudo, Abraão não vivia debaixo da lei mosaica ainda que conhecesse sistemas jurídicos da antiga Mesopotâmia que eram bem parecidos com a Torá. Então, mesmo que o dízimo já fosse um costume comum aos povos do Oriente em que o devoto de um deus fosse obrigado a ofertar, observa-se que Abraão, voluntariamente, deu a Melquisedeque 10% de tudo conforme consta lá em Gênesis 14.20.

    Melquisedeque, que é uma tipologia de Cristo (não acho que tenha sido uma teofania ou uma cristofania ou muito menos o seu ancestral Sem), aparece descrito como sendo o sacerdote do Deus Altíssimo (El Elyon), dando a entender que adorava a divindade suprema dentro do panteão cananeu. E não sabemos se ele era monoteísta ou politeísta. Porém, o ato de Abraão parece mais uma oferta de gratidão e o reconhecimento de que foi Deus quem lhe deu aquela vitória na batalha para libertar o seu sobrinho Ló dos reis que tinham invadido Sodoma.

    Sinceramente, acho aquela passagem fantástica. Não tanto pelo dízimo de Abraão, mas para o diálogo inter-religioso, em que o patriarca identificou no Deus Supremo dos cananeus uma representação do Eterno que ele seguia.

    Igualmente, posso entender que Olorun da mitologia Yoruba e que é compreendido na tradição nagô, bem presente na Bahia, também é uma representação de Deus, o qual eu considero como o único. Só que aí já seria um outro assunto.

    Abraços.

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  16. Pois é Rodrigo, essa teologia é tendenciosa e seletiva.Só praticam aquilo que lhes é conveniente.

    O fato de Abraão ter dizimado, deixa absolutamente claro o espírito da contribuição: voluntaria, disposição interior (ainda que essa disposição se proponha a estabelecer um percentual seja ele de quanto for).

    Como disse Paulo que teria argumentos suficientes como judeu para advogar a pratica do dizimo no N.T., mas não o fez entendendo o Espírito da Graça: "Cada um contribua, segundo propôs (decidiu)no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade...".

    Concordo contigo também, no que se refere a representação de Olorun da mitologia Yoruba como uma representação de Deus.

    Talvez seja por isso mesmo que o tetragrama YHVH, não possui uma definição exata. Coisas do Senhor Deus!

    Um dos grandes problemas da mentalidade religiosa exclusivista, é que querem rotular a Divindade vinculando aos formatos do próprio gueto.

    Deus não se define, não se nomeia, nãop se represa, não se disseca racionalmente, se experimenta na subjetividade.É fé e nada além da fé!

    ABRAÇÃO!

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  17. Concordo contigo, Franklin!

    A respeito da representação de Olorum como uma construção dos povos africanos sobre o Deus Único, apenas para enriquecer nosso papo, veja, pois, estas declarações de dois estudiosos do século XIX, conforme extraído da Wikipédia:

    "Todo o povo yoruba acredita em um Deus universal, criador e guardião de todas as coisas, a quem, em geral denominam Olorun (O-li-orun), proprietário ou senhor do céu. Algumas vezes dão-lhe outros nomes, como Olodumare, aquele que sempre é justo, Oga-Ogo, o glorioso que é elevado, Oluwa, Senhor." (Reverendo T.J.Bowen-1845)

    "Eles têm conhecimento de um Deus único, superior a qualquer outro e denominam-no Obba Ol-oroun ou rei-do-céu (diz-se também simplesmente Oloroun, isto é, olou-oroun ou senhor do céu); não lhe erigem estátuas ou templos; é o ser imaterial, invisível, eterno, a vontade suprema que criou e governa todas as coisas." (M. D'Avezac-1857)

    Por sua vez, também encontrei um excelente texto num site sobre Umbanda, cujo título é: "OLORUM, Deus, O criador".

    http://estudodaumbanda.wordpress.com/2008/03/18/2-%E2%80%93-olorum-deus-o-criador/

    Ora, quantos blogueiros evangélicos teriam coragem de publicar um texto desses em seu site? Mas confesso que, na oração feita pra Olorum, conforme consta no site acima, enquadra-se naquilo que eu oro ao Eterno:


    "Olorum, meu Deus, criador de tudo e de todos. Poderoso é o vosso nome e grandiosa e vossa misericórdia.
    Em nome de Oxalá, recorro a vós nesse momento, para pedir-lhe a benção durante meu caminhar rumo a vossa Vontade.
    Que Vossa Divina Luz incida sobre tudo que criaste.
    Com Vossas mãos retirem todo mal, todos os problemas e todos os perigos que estejam em meu caminhar.
    Que as forças negativas que me abatem e que me entristecem, se desfaçam ao sopro de Vossas bênçãos.
    Que o Vosso poder destrua todas as barreiras que impedem meu progresso rumo a Tua verdade.
    E que Vossas virtudes penetrem e meu espírito dando-me paz, saúde e prosperidade.
    Abra Senhor os meus caminhos, que meus passos sejam dirigidos por Vós para que não tropece em minha caminhada.
    Assim seja! Salve Olorum!"


    Mano, vejo o quanto os evangélicos precisam amadurecer em termos de diálogo inter-religioso se desejarem compartilhar o Evangelho com outras culturas. Terrível este proselitismo cristão!

    Abraços.

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  18. Apenas para acrescentar ao debate, lembro que dentre os vários tipos de dízimos existentes entre os judeus, havia o Maasser Ani, o qual era destinado aos pobres, peregrinos, órfãos e viúvas.

    Pois bem. Sendo as pessoas mais necessitadas destinatárias do dízimo, como que elas poderiam contribuir?

    Deste modo, conclui-se que elas só poderiam mesmo fazer caridade com outros que fossem tão pobres quanto elas.

    Portanto, na Nova Aliança, não há por que se falar em imposto do dízimo, mas tão somente em contribuições conscientes.

    Abraços.

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  19. Franklin, você é louco falar assim do Melquisedeque, alguém que não sabemos realmente quem foi? A bíblia diz que Ele não teve genealogia...

    Eu não tenho nada de lei querido, o dízimo para mim deve ser uma devolução grata do que recebemos, nem por força, nem por violência, nada de medos ou barganha. Abel ofertou por gratidão, Abraão deu por gratidão. E eu faço o mesmo.

    Beijo.

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  20. Rodrigão, você acha que na umbanda eles iriam invocar a Deus que está nos céus?
    Olorum, não seria aquele que quer a glória de Deus? E esta oração não seria enganosa? quem iria fazer esta oração chamando pelo diabo? Mas chamar olorum, todos podem fazer, porque creem que estão orando a Deus.

    Meu amigo eu ouvi uma história de uma pessoa que o Franklin conhece bem, ele esteve na macumba, após ser pregador do evangelho, eu fiquei impressionada com tudo que ele me contou, graças a Deus ele voltou para Deus.
    Conheço outras pessoas que saíram do candomblé e me contaram coisas terríveis. Uma coisa é você ler, outra coisa é você viver.

    Confesso que fiquei triste com tudo que li aqui, sobre o assunto.
    Deus te esclareça a verdade.

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  21. "(...) o dízimo para mim deve ser uma devolução grata do que recebemos, nem por força, nem por violência, nada de medos ou barganha (...)" - Guiomar


    Eu diria que não só um dízimo (eu já não me baseio obrigatoriamente mais em percentuais) como toda e qualquer contribuição deve ser fruto da nossa gratidão.


    "Rodrigão, você acha que na umbanda eles iriam invocar a Deus que está nos céus?"

    Por que não, Guiomar? Mesmo que eles prestem cultos aos orixás (a este respeito eu sou verdadeiramente contra), penso que muitos dos umbandistas e seguidores de outras tradições afro-brasileiras desejam invocar o Deus Criador que é o mesmo que cristãos, judeus e muçulmanos invocam.


    "Olorum, não seria aquele que quer a glória de Deus?"

    Não, Guiomar! Na visão dos povos africanos,Olorum seria o dono dos céus, a divindade suprema que não tem representações, nem altares e nem sacerdotes, sendo absolutamente transcendente. Ou seja, seria o Deus Criador do Universo, Pai de todos nós. E daí a frase "KOSI OBA KAN AFI OLORUN", o que significa "Não há outro senhor senão Deus", um reconhecimento da soberania e da supremacia do Eterno, ainda que não seja nenhuma afirmação que possamos considerar como monoteísta (mesmo que muitos umbandistas digam crer num Deus só, o candomblé é inegavelmente politeísta ao considerar os orixás como deuses).


    "E esta oração não seria enganosa? quem iria fazer esta oração chamando pelo diabo?"

    O engano não estaria na oração, mas sim no fato dos umbandistas recorrerem aos orixás ao invés de adorarem unicamente ao Eterno. E eles não estão chamando pelo diabo quando se dirigem a Olorum! Porém, acho complicada a convivência dos umbandistas com os orixás, pois é como se eles não estivessem confiando em Deus plenamente e buscam o auxílio de outras consciências extrafísicas.

    Mas agora deixa eu lhe dizer. Você sabia que os cristãos árabes chamam a Deus de Allah? Pois, em árabe, Alá significa Deus assim como Olorum e outros nomes parecidos nos dialetos africanos. Logo, se os cristãos árabes podem invocar a Deus chamando-o de Allāh al-ʼAb ("Deus, o Pai"), por que haveremos de ter preconceito contra as culturas africanas.


    "Conheço outras pessoas que saíram do candomblé e me contaram coisas terríveis. Uma coisa é você ler, outra coisa é você viver."

    Gui, se você ler o texto e os comentários que escrevi ontem sobre Abraão e Melquisedeque, onde estou aprofundando o assunto que, incidentalmente, começamos a debater aqui, vai ver que o meu propósito é verdadeiramente evangelístico.

    Meu entendimento é que precisamos respeitar as culturas e as visões de mundo das pessoas afim de que possamos comunicar a elas o chamado de Jesus para construirmos o Reino de Deus na Terra. Assim, não temos que sair atropelando ou demonizando a maneira como eles compreendem a vida, mas sim iniciarmos um diálogo e tentarmos influenciar a evolução das outras culturas.

    Realmente existem pessoas vivendo coisas terríveis no candomblé assim como posso encontrar outras da mesma maneira dentro de igrejas evangélicas. E o fato de ouvirmos falar que em certos terreiros ocorrem trabalhos de "magia negra" não significa que todos os líderes deles sejam pessoas más, ainda que o candomblecista e o umbandista tenham visões de mundo bem diferentes da nossa.

    Todavia, temos pontos de contato. Tanto as religiões tradicionais da África que vieram para o Brasil quanto o judaísmo original são animistas. E mais! Todos os povos tiveram uma revelação do Deus Criador, pois é como Paulo disse:

    "Porque os atributos invisíveis de Deus, assim como o seu eterno poder, como também a própria divindade, claramente se reconhecem desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas." (Romanos 1.20; ARA)

    Portanto, acho que precisamos abrir mais a nossa mente ou do contrário não vamos conseguir evangelizar as pessoas como Jesus quer que façamos.

    Abraços.

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  22. Rodrigão, como lhe falei: lê é uma coisa, vivenciar é outra. É claro e gritante que nestas religiões eles são possuídos por espíritos malignos que vêm como anjos de luz e muitos sabem que servem a espíritos malignos, mas não têm como cair fora a não ser que tenham um encontro poderoso com Jesus.

    Eu tive em mãos livro de magia negra e sei a luta que travei com a moça que levou as macumbas para eu destruir. Ela mesma via o demônio ao meu lado vestido de negro e estava apavorada. E eu lhe disse que os que estavam comigo eram maiores. E Venci!

    Ele entra em cada lugar de uma forma diferente, sabe como enganar...

    Abraço amigão.

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  23. Gui,

    Respondi você lá no texto que escrevi sobre Abraão:

    http://doutorrodrigoluz.blogspot.com/2011/08/abraao-o-pai-do-dialogo-entre-as.html?showComment=1314289620548#c7605124801138681970

    Abraços.

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